Partida

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POV Dulce

Acordei com o pior sonho da minha vida, tinha perdido minha mãe nele e que nós não éramos uma família feliz até que duas batidas na porta decidem me tirar dos meus sonhos.

- Dul, filha está acordada? - papai disse colocando a cabeça pra dentro do quarto.

- Oi papai, agora estou. - ironizei. - Como está a mamãe?

- Bom...levei-a em um hospital. - suspirou, sabendo que não iria gostar. - Mas se tranquilize, ela ficará melhor.

- Como papai? Você não podia ter feito isso sem me avisar. Quero saber em qual hospital ela está. - disse me sentando na cama vendo ele se aproximar de mim.

- Te passo o endereço mas prometa para mim que não fara nenhuma loucura. - me olhou sério. Apenas disse que sim e me passou o endereço, vesti uma roupa e sai correndo para o hospital.

- Olá. - disse a recepcionista do hospital. - Em que posso te ajudar?

- Vim ver Blanca Espinoza Saviñón. - estava sem folego, quase não saiu.

- Me desculpe senhorita, para casos assim igual ao dessa senhora, os horários de visita são mais rigorosos.

- Como assim casos iguais ao dessa senhora? - preocupada.

- Bem, Blanca está com câncer de mama, não sabemos como faremos seu tratamento, pois o único Oncologista que tínhamos aqui, saiu. E um tratamento de câncer pode custar caro.

- Ah, com licença. - claro que sai dali, não conseguia ficar, estava chorando muito, o que seria de minha mãe, como conseguiremos dinheiro para esse tratamento? - Meu Deus, por que isso comigo? Por que me odeia tanto? - a única coisa que pensei era sair de Monterrey, ir para a capital e conseguir esse dinheiro. Cheguei em casa, papai não estava, entrei no meu quarto, arrumei minhas malas e fui para a rodoviária. - Mas como sou burra, como vou viajar sou menor de idade, tenho que ter uma autorização de um responsável. - como sou muito inteligente, dei meus jeitos falsificando, comprei uma passagem e fui embora.

Trim..Trim..Trim

Meu telefone começou a tocar no ônibus, era papai.

Telefone ON:

- Alô, papai. - um pouco com medo.

- Dulce Maria, onde você está? - sim, ele estava totalmente bravo, falou meu nome composto.

- Acalme-se papai, estou indo para capital, arranjar um trabalho, para conseguir dinheiro. Vou para a casa de Poncho - tentei acalma-lo.

- Dul, minha querida por que não me falou, não iria ficar estressado, mas sem me avisar eu fico. Não posso fazer nada agora, mas seus estudos? - sabia que ele entenderia, nunca foi chato comigo, mas ele se preocupava comigo.

- Largo tudo por minha mãe, mas posso estudar online. - sei que meu pai não sabe o que é isso, mais também é estudar.

- Tudo bem, vá com Deus filha. - desligou.

Telefone OFF.

Money Money (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora