Talvez se não criássemos tanta expectativas, o outro poderia se encaixar perfeitamente em nosso eu. Depois de uma hora, um dia, um mês, não importa......depois da ausência, esperamos com eloquência um abraço forte, daqueles que seus pés ficam suspensos no ar por alguns segundos. Depois de uma briga, aquele pedido de perdão com os olhos carregados de lágrimas e mãos pesadas de arrependimento. Depois de uma demonstração gigante de carinho, aquela declaração de amor retirada dos livros de Shakespeare. Depois de um presente entregue, aquela fila da floricultura na porta de casa, com flores exalando o perfume da retribuição. Mas vem um oi, às vezes nem um oi, o pedido de perdão não chega, a declaração nunca escapa dos lábios e as flores murcham na floricultura. Criamos expectativas errôneas ou amamos muito mais do que recebemos? Criamos expectativas absurdas ou fizemos escolhas erradas? A resposta....melhor não buscá-la, ou corremos o risco de sermos um só! Paula Toyneti Benalia
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