Neste último domingo para a mídia, a manifestação do dia 13 de março de 2016 foi a maior da história política do Brasil, passando até a manifestações das Diretas Já, mas os interesses políticos para os dias de hoje são bem diferentes das outras que fizeram parte da nossa política.
O cenário político hoje é o mais complicado e indeciso possível. A corrupção está em toda parte do nosso país, passamos por uma crise econômica com mais de 9 milhões de desempregados, considerada a maior dos últimos anos. A crise econômica está em quase todos os setores, além da alta do dólar. Podemos considerar como os principais problemas atuais em nosso país, pois ainda tivemos um mosquito que já era um problema com uma doença, agora traz três doenças, uma educação precária, com escolas abandonadas e professores mal remunerados e claro, a segurança, com um aumento de assaltos e assassinatos em alguns estados como o Rio de Janeiro por exemplo, isso faltando alguns meses para as olimpíadas. Com todos esses motivos, poderiam ter sido essas as principais reivindicações dessas manifestações, mas não foram.
Assim como toda democracia, toda manifestação é considerada legitima, mas o que vimos é um show de horrores e o famoso bordão como "faltaram as aulas de história". Claro que a situação política que envolve o governo,sobretudo o Partido dos Trabalhadores gera motivos para irmos nas rua, mas o PT não é o único envolvido na corrupção que mancha a história do país desde a época da colônia. O que não podemos é culpar apenas um partido e isentar outros, como o PMDB, que sempre esteve no governo em quase todo o período desde a redemocratização em 1989, o PSDB, que também tem políticos citados na Lava Jato, além do roubo da merenda em São Paulo e o caso do "Tremsalão", além disso, outros partidos como PP, que até semanas atrás era o partido do Jair Bolsonaro e DEM, também fazem parte da história da corrupção do país. Esses não foram citados entre os milhões que foram para as ruas, apenas um grupo chegaram a vaiar Aécio Neves e o Geraldo Alckmin. Além disso, vimos também alguns grupos que defendem o fim do comunismo no Brasil, algo que não existe no país, como a intervenção militar e a volta da ditadura. Vendo essas coisas, fica até difícil de acreditar que ainda há pessoas que defendem isso.
Não há defesa ao PT, tenho criticas sobre a governabilidade deles, mas a maneira como as manifestações em se pautado, geram uma preocupação em relação ao rumo que podem tomar. Em algumas leituras, resolvi fazer uma pequena comparação das manifestações do último dia 13 com as manifestações de junho de 2013. O que vimos por exemplo nas manifestações nas manifestações atuais, começa com as lideranças que organizam o movimento, onde o objetivo é apenas por fim a um partido e sua ideologia, mas sem uma objetivo para um futuro impedimento. Muitos defendem uma linha conservadora e já posaram com outros nomes também envolvido na Lava-Jato, como o Deputado Eduardo Cunha. Esses grupos também tem apoio grupos ligados a movimentos pentecostais, ou seja, muitos querem uma alternância de poder, mas não uma solução, por isso, muitos deverão vir como candidatos nas próximas eleições, assim como aqueles que também iniciaram as manifestações de 2013, mas as pautas eram bem diferentes ou comuns como no dia a dia, como passagens baratas, melhorias na educação, saúde, segurança e saneamento, assim como outras coisas.
Precisamos pensar um pouco sobre isso e analisar a situação política do país, principalmente do que vamos absorver e analisar o que é verdade ou não. Esses grupos políticos, partidos, mídia e redes sociais querem impor o que seria bom para o nosso país, assim foi o PT quando era o oposição, chegaram ao poder e destruiu o sonho de muita gente e queimando sua própria história. Junto com eles, temos os partidos como PMDB, PSDB, DEM e entre outros, além de sub partidos como PPS, PSB, PR, PC do B e entre outros. Entre esses, devem ter pelo menos um envolvidos em corrupção ou pouco fizeram em suas cidades ou estados onde governos. Além disso, precisamos ter cuidado de nomes como Silas Malafaia, Marco Feliciano, Jair Bolsonaro e entre outros, que utilizam discurso conservador, mas não apresentam propostas concretas para o país.
Lula assumirá a casa civil do governo Dilma, isso certamente fará crescer uma revolta nacional, e ampliará a possibilidade de protestos contra o atual governo, é um tiro no pé, pois apesar do argumento de que "Lula é um ótimo articulador político", a nomeação justo nesse momento indica um suposto travamento das investigações, algo que o Planalto sempre rechaçou. Isso complica portanto a situação do governo, afinal, á cada citação que for feita ao ex-Presidente, a ilação direta a Dilma será inevitável.
Essas manifestações podem ser legitimas, mas em sua maioria servem para defender interesses e em maioria, o povo que realmente padece e pede mudanças, não comparecem, e claro que é necessário também que as manifestações tenham uma ideologia não-seletiva, é preciso protestar também contra desvio de dinheiro de merenda e nos transportes, contra o calote e o desrespeito aos servidores públicos, contra os problemas que atingem as áreas de saúde educação e segurança nos estados. Precisamos mudar isso nas urnas para que o país mude, não podemos ficar elegendo os mesmos e seus parentes fazendo com que nada mude no nosso querido Brasil.
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Leituras sobre política
Non-FictionSerão textos extraídos dos blogs que escrevo sobre política, tentando ser o mais imparcial possível sem está no lado da direita ou da esquerda.