Dois

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As pessoas sempre estranhavam quando me viam no meio de tanta baderna e bagunça. Os alunos nunca respeitavam quem quer que fosse dar aula, eles só ouviam funck no volume máximo e destruíam os ventiladores jogando diversos objetos pequenos no ventilador em movimento.

Eu por outro lado, sempre estava atenta a tudo que tinha pra fazer e nunca faltava um dia sequer na escola. Os professores sempre me disseram pra me mudar de sala pra uma mais comportada, o problema, é que eu já me apeguei muito a eles.

Senti um estralo contra o meu ombro e mesmo não ter doido, me extressei.

-Quem foi que tacou isso em mim? - segurei o giz e entrei no meio dos garotos que se divertiam com a minha cena.

-Enfia isso no rabo de vocês pra ver como é gostoso! - gritei -Eu já avisei pra vocês pararem, o próximo que fizer isso, vai levar tanta joelhada no saco que nunca mais vai voltar pra fora!

-Tá loca minina? - um deles falou zombando de mim.

Sim enlouqueci!

-Ainda não! - taquei o giz nele que acabou batendo na testa branca.

Voltei pro meu lugar bufando.

-Olha ela! - as meninas fizeram um uníssono.

-Tá de revolts, Aria? - perguntou uma menina sentada do lado da janela.

Fechei a cara pra ela.

Minutos depois, outra vez um giz foi tacado em mim.

Eles estão pedindo pra morrer mesmo? Terei o maior prazer em me acabar de felicidade!

Levantei com toda a minha fúria e fui até um garoto que o denunciaram.

-Sério? - gritei.

-Relaxa Aria! - ele disse.

-Eu tô relaxada! - dei um murro no maxilar dele que por sua vez se contraiu para frente com a boca sangrando.

-Você tem demência? - disse
Gabriela e veio um mundarel de garotas em volta dele.

-Aí tadinho! - uma delas a Laryssa veio ao seu socorro.

Nunca me importei quando as pessoas me julgavam com o que eu já tenho feito certo. E errado eu não fiz em dar uma lição naquele garoto que sempre me atormentava.

Fui chamada na direção que parecia minha segunda casa
Eu mais passava o tempo lá do que em casa.

-Eu não aguento mais Elisangela! - supliquei quase chorando a minha madrinha que também era a diretora.

-Eu sei querida que eles não param de te encher. - ela acariciava a minha cabeça deitada no seu colo da sala dela. - Mas você tem que tomar mais cuidado com o que você faz!

-Você sabe que eu perco a paciência muito rápido.

-Tá certo. - senti a sua mão ficar tensa - Você é igualsinha a seu pai.

-Não ele é mais velho e homen. - olhei pra ela brincando.

-Não é disso que eu estou falando, Aria. - ela revira os olhos - Assim como ele, você é uma pessoa de pavil curto e que perde a paciência muito rápido.

-Todo mundo da família fala isso. - murmurei.

Antes de amar, ame-se Onde histórias criam vida. Descubra agora