Capítulo 2

1K 61 16
                                    


(Escutem a música Boston- Augustana no topo do capítulo)

15 de Janeiro de 1942

Alfonso chegou a casa dos Puente, no dia seguinte muito bem vestido, usava uma calça de linho beje com um terno de mesma cor, o colete era marrom e a gravata listrada em tons de beje e branco. Antes de tocar a campainha checou a roupa e e ajeitou o chapéu.

Tocou a campainha esperando com um buquê de flores na mão, as rosas era perfumadas, um mordomo atendeu e o anunciou pedindo que o mesmo aguardasse na sala que ela logo viria com a mãe, olhou o relógio o pai o havia proibido de se atrasar, mas não demorou e Anahí desceu, ela usava uma saia abaixo dos joelhos bonita de cor cinza, e uma blusa branca com um casaco por sobre a mesma, o enfeite no cabelo a deixava mais que bonita a maquiagem era bonita combinando com as faces dela, mas ao vê-lo ela ficou vermelha com o olhar dele.

Alfonso tinha pensamentos nada inocentes e seu olhar não deixava oculto seus pensamentos, céus tinha que casar-se com aquela menina ou enlouqueceria, por todos os deuses ela estava um pecado mesmo vestida de modo recatado, quando ela lhe sorriu ele retribuiu, se aproximou estava sozinho com ela e aproveitou a oportunidade para roubar um beijo dela que correspondeu timidamente.

—Estás linda, jamais vi beleza igual a tua.

—Não se põe nada mal— disse ela tímida após o beijo.

—Vamos, vou levar a senhorita até o Restaurante La Rose, vai adorar.

—Creio que posso confiar em sua escolha— sorriu.

Os dois se retiraram em direção a porta quando já estavam do lado de fora os dois desciam as escadas em direção ao carro parado em frente a casa quando um rapaz de cabelos lisos e penteados para trás apareceu, ele devia ter seus 19 anos os olhos ainda tinham uma graça infantil, quando pós os olhos em Anahí abriu um largo sorriso.

—Anahí!— Exclamou avaliando— Como mudastes desde tua última visita a cidade.

—Como vai Sebastián?— Disse ela educadamente de cabeça um pouco baixa.

—Esse deve ser um de seus irmãos, que mora fora prazer sou vizinho de vocês— sorriu educado olhando sempre pra Anahí.

—Muito prazer, mas não sou irmão de Anahí— disse sério.

—Um primo creio eu então— avaliou— eu e Anahí crescemos juntos. Mas ela foi pro Colégio de Freiras e eu fui para o Colégio Preparatório Sain't Drummond— sorriu— Any pergunte ao seu pai se ele não permitira você dar uma volta comigo hoje a noite— a olhou de cima a baixo.

—Deixe-me esclarecer alguns pontos rapaz, eu não sou primo e não tenho grau algum de parentesco com os Puente, mas em Maio ou Junho passarei a ocupar o posto de marido de Anahí, então eu sugiro que você mantenha essas suas mãos e olhos longe dela ou eu tomarei algumas precauções— disse grosso e Anahí corou tímida, o linguajar dele era considerado obsceno para a época.

—Perdão— disse o rapaz cabisbaixo, era louco pela filha dos vizinhos e nunca imaginou que se casaria tão logo retornasse a cidade, ainda mais com um homem que parecia bem mais velho que ela e ele próprio.

—Não peça desculpas, só fique longe— disse Alfonso com um sorriso nos lábios— vamos querida ainda tenho que voltar ao trabalho até as uma— pós a mão na cintura de Anahí com firmeza demonstrando possessividade e intimidade.

Alfonso abriu a porta do Buick Super Coupe 1941, era um carro lançado no ano anterior, haviam poucas pessoas que podiam adquirir um carro como aquele, era caro o sonho de qualquer rapaz, Anahí sentou-se e Alfonso deu a volta sentando-se ao lado de Anahí, arrancando com o carro e dando partida.

Come Wake Me UpOnde histórias criam vida. Descubra agora