Capítulo 3

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Já deve ter passado mais de uma hora e o Jonathan ainda está sentado no banco na mesma posição de à uma hora atrás.

Reparo que a Riley está um bocado aborrecida. Acredito que deve ser chato para ela, ter vindo comigo só para "espiar" o meu ex-namorado.

Estivemos a falar sobre ir sair este fim-de-semana mas a conversa acabou depressa porque não consigo tirar os meus olhos do Jonathan.

Um rapaz aproxima-se do Jonathan e a cara é-me familiar, e apercebo-me que é o melhor amigo dele. Jonathan e Ross desde que os conheço fazem sempre tudo juntos.

Por incrível que pareça eles vêm na direção do café e entram, sentando-se na mesma mesa onde Jonathan e a rapariga estavam sentados à uma hora atrás.

Depois de uns minutos a Riley disse que tinha mesmo de ir embora por isso fico ali sozinha no café com o Jonathan a alguns metros de distância.

Fico por uns momentos distraída a pensar no que poderá acontecer a seguir e nesse momento ouço uma voz masculina a perguntar se pode sentar-se na minha mesa.

Quando olho para a cara do rapaz que está à minha frente, fico de certo ponto um pouco triste.

Não faço a menor ideia quem é este rapaz, mas de certo ponto até o acho atraente e talvez não tão desconhecido, e sinceramente não consigo lembrar-me onde eu já o poderia ter visto.

O rapaz misterioso volta a perguntar-me a mesma coisa depois de não lhe ter respondido da primeira vez, ainda um pouco confusa e distraída a minha resposta é simplesmente sim. Ele senta-se sem dizer nada, fica a olhar para mim por uns instantes e desvia o olhar para a suas mãos. Como não aguento este silêncio constrangedor com um estranho sentado na mesma mesa que eu, pergunto-lhe:

- Desculpa, isto é um bocado constrangedor, mas eu conheço-te? – Depois de ter dito isto ele parece ter ficado ofendido.

Neste momento, esta situação toda passou de constrangedor a esquisito. Não fui eu que fui sentar-me numa mesa qualquer com outra pessoa ainda lá e fiquei ofendida por não me conhecer.

Reparo que ele abre a boca para dizer alguma coisa mas não diz nada de imediato. Esquisito como já estava, ele levanta-se e começa a ir embora. E estúpida como sou, impeço-o de ir embora agarrando-lhe no braço dizendo:

- Sei que isto não é o que todas as raparigas desejam que lhes aconteça todos os dias mas acho que me deves uma explicação.

Não sei o que me passou pela cabeça para o impedir de ir embora, mas ele não diz nada e volta a sentar-se à mesa.

Fica um silêncio por uns momentos e este rapaz misterioso começa a falar.

- Desculpa por me vir sentar na tua mesa, mas eu queria mesmo falar contigo.

Pois. Diz-me isto sempre a olhar para as mãos, nesta demonstração de medo ou vergonha, não sei o que pensar de toda esta situação.

- Estavas para te ir embora sem me dizer nada. Acho que não foi um bom plano.

- Sim, eu sei. Mas não sei como começar. – No final de dizer isto olha para mim – Há muito tempo que não te via por aqui.

Agora não sei mesmo o que pensar.

Fico a ponderar muito bem a minha resposta e quando já a tenho na minha boca eu deito-a cá para fora.

- Sabes! No início estava confusa e agora tudo ficou pior. Por que razão é que me estás a dizer isso.

The Coffee ShopWhere stories live. Discover now