Significado de paixonite: 1. Designa uma intensa paixão amorosa. 2. Inclinação afetiva e sexual intensa, no entanto, boba e fútil.
Joguem pedras ao ar quem nunca teve a droga de uma paixonite. Sério, é impossível ninguém nunca ter tido uma paixonite. Eu acho que é impossível, pelo menos. Vai saber, não é. Não é?
Especialmente quando se é uma adolescente cheia de hormônios e que se vê cercada por opções. Ora, vamos lá pessoinhas! Isso é completamente normal, certo? Sim? Não?
Bom, sim. Mesmo que seja uma merda. Bom, quase tudo que é comum de se acontecer na adolescência é uma merda. Ou é uma merda no começo, ou é uma merda no final.
De verdade mesmo.
Enfim, quando somos espetados por aquelas flechas de amor que nos mata aos pouquinhos, tudo parece lindo e cor-de-rosa (figurativamente falando, é claro) e você pensa: "Ah, minha vida mudou, me sinto outra pessoa". Pois é. É a mais pura verdade, coleguinhas de fossa de curto período. Você REALMENTE se torna outra pessoa.
Aí, nesse processo, você digievoluí.
E olha que essa digievolução nem chega perto das digievoluções de Digimon (só algumas pessoas recebem uma digievoluída generosa, e, infelizmente, eu não tive essa graça divina, ao menos nem tanto assim). Triste, muito triste.Já vi pessoas mudarem de estado espiritual em segundos só por conta de quem é o alvo de sua paixonite. Alguns, mais para mais do que para menos, mudam para obcecados, revoltados e deprimidos. Qualquer ação da pessoa que se gosta gera uma reação destruidora e você se sente um lixo humano, desgrenhado e inútil por ter se apaixonado por uma pessoa que só faz merda.
P.S.1: a autora é meio exagerada, só para avisar mesmo.
P.S. 2: você, meu querido leitor, ou leitora, e eu, claro, também só fazemos merda na vida.Outros mudam de "ai, sou tão infeliz" para "ai meu santo Odin, ele me notou, estou ridiculamente feliz, ui, vou ligar para todas as minhas amigas para dizer que o meu crush me notou, omg". Pois é, pequenos gafanhotos, é exatamente desse jeitinho. Nem tanto assim (ou é assim mesmo?), porém creio que vocês entenderam.
Assim espero, pelo menos.
Como eu disse no capítulo anterior (que eu não reli para escrever este daqui e não lembro de quase nada dele mesmo tendo sido eu quem o escreveu), se apaixonar por um amigo é a pior merda que pode te acontecer, pelo menos enquanto você ainda acha que sua vida gira em torno disso.
Você está ali, sossegada (o), em pleno estado de paz interior (novamente, nem tanto) e aquele demônio surge para te fazer suspirar e pensar em como você é patética (o) sem se dar conta de que talvez, só talvez, você mesma (o) esteja se tornando patética (o) por pensar que é patética (o). Isso faz sentido? Espero que sim.
Eu sei que a sensação de ver a pessoa que achamos serem imaculadas é ótima e no meu caso, sempre sentia um aperto no ventre que pelos deuses!, no entanto, não exageremos, certo? Não faz bem pro coração.
Ah, só para deixar claro: eu NÃO sou uma maníaca. Okay? Okay. E não me lembrem de "Toda Sua", da Sylvia Day, porque é difícil lidar com meus sentimentos (que por sinal, quase me fizeram ter um ataque cardíaco de tanto que amei a saga inteira) quando lembro de algumas das inúmeras páginas que li. Pois é.
P.S. 3: se vocês não conhecem essa saga, leiam logo, pelo amor do universo!Enfim, se tiverem coragem, digam que NUNCA tiveram aquele momento em que você olha a pessoa e pensa em todas as coisas que poderia fazer com ela (com o consentimento dela, é claro) e suas partes baixas te dão aquele aperto familiar e gostoso...
Nossa, será que crianças lerão isso? Papais e mamães, por favor, expliquem para seus filhos que esse aperto é algo natural, apenas isso. Obrigada.
No momento em que isso do aperto ocorrer, você vai se ver diante de duas opções mais óbvias: a primeira é se confessar e ganhar o coraçãozinho da pessoa, para você ser uma pessoa mais feliz do que já é (ou acredita que é); ou se esconder em algum canto e ficar repudiando a ideia de se confessar e acabar levando um fora (o que todos sabemos que pode acontecer mesmo, claro, dã, autora lerda).
Das duas acima, a maioria de nós, meros e covardes mortais, acabamos optando pela segunda, que supostamente, é a mais segura.
E é segura mesmo? Será? Bom, depende muito do ponto de vista.
Se você quer passar a vida fugindo das coisas e acredita que não irá se arrepender, a resposta é sim. Já se você sabe que pode ou não se arrepender, e mesmo assim ergue a cabeça e decide que QUER tentar, bom, aí é outra história.
Para aqueles que tomam as rédeas nesses momentos, só tenho uma coisa a dizer: parabéns, sou sua fã.Eu particularmente QUASE sempre optei pela covardia, e isso me poupou perdas. Mas espera aí, perdas? Oi?
É, jovem gafanhoto (a), têm gente que te chama de bff e quando descobrem que você gosta deles, te afastam. Te deletam. Vivi na mentira de achar que não perdi ninguém por muito tempo.Não cometam o mesmo erro.
Aí vem o outro "mas": você, querida autora que basicamente escreve sobre qualquer coisa que passe pela sua mente no momento em que deveria estar escrevendo seriamente o capítulo, sem se dar conta do quão atrapalhada você é, fisicamente e psicologicamente, está nos incentivando a correr atrás de quem gostamos sem ficarmos preocupados com a questão de perdê-los ou não?
Longe de mim fazer isso, sério. Só estou dizendo para vocês, jovens padawans, deixar as coisas acontecerem do jeito que acontecerem. Se essas pessoas que vocês gostam/gostarem forem embora quando souberem, nunca estiveram realmente ligados à nenhum de vocês.
Portanto, batam o cabelo, se olhem no espelho e digam: " Eu valho muito. Garnier.". Brincadeira. Tirem o "Garnier" da frase.Mas se amem em primeiro lugar.
Por hoje é só, jovens e promissores padawans. Beijos da titia Helena (lembrando que a autora tem somente 17 anos e fala como se tivesse 30).
E mais uma coisa: só eu reparei ou vocês perceberam que isso aqui está mais parecido com aquelas seções de conselhos amorosos de revista de banca de jornal do que um livro propriamente dito?
Oh, God.
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Como NÃO se apaixonar se apaixonando
ChickLitEssa é parte da minha vida, a qual eu orgulhosamente (ou nem tanto), estou disposta a falar. Como é se apaixonar sem estar apaixonada? Como é não se apaixonar se já está apaixonada?