Luke, você é um filho da puta

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Mais uma merda de segunda feira convivendo em uma sociedade desagradável com pessoas desagradáveis. Sinceramente? Não aguento mais.

Me levanto e tomo um banho rápido, só no corpo. Coloquei uma calça jeans escura, uma camiseta branca simples, uma jaqueta de couro preta e uma bota cano curto marrom. Dei uma ajeitada nesse ninho de rato que eu chamo de cabelo.

Fiz um misto quente e tomei um suco.

Escovei os dentes. Passei base, pó, rímel, delineador e um batom nude.

Peguei minha bolsa e sai.

Coloquei os fones e fui andando até o ponto de ônibus. Ele logo chegou.

Cheguei na faculdade e fui direto pra minha sala.

Sentei na cadeira e coloquei os pés em cima da mesa. Fiquei ouvindo música e jogando Fishdom.

Logo todos entraram. E começou mais uma aula.

[...]

-SEU FILHO DA PUTA! EU VOU TE MATAR! - eu gritava enquanto corria atrás do Luke pela sala. Eu estava dormindo no sofá e esse idiota jogou um balde com água fria na minha cabeça.

-Calma, menina! Era só água! - ele disse se protegendo com uma almofada.

-Só água... - fiz uma voz fina, revirando - Meu pinto que era só água! Era puro gelo aquela porra.

Desisti e deitei no sofá.

-Tá brava?

-Não. Só quero arrancar seu pinto fora.

-Agressiva.

-Puto.

-Babaca.

-Meu ovo. - levantei do sofá e fui pro meu quarto.

Tomei um banho rápido. Sai e fiquei só de shorts e sutiã, ninguém vai entrar mesmo.

Deitei na cama de bruço e tentei dormir.

-Soph... Eita porra! - Daniel exclamou, tampando os olhos.

-Puta merda, Daniel! Não sabe bater não?! - gritei enquanto colocava uma camiseta. - Pode olhar.

-Desculpa. Se bem que é uma boa visão - ele disse, joguei um travesseiro na sua cara. - Então, eu preciso da sua ajuda. Na verdade, não sou eu, é minha irmã.

-Por que sua irmã, que eu nem conheço, quer minha ajuda?

-Eu falei de você pra ela, e ela disse que te achou legal e viu algumas fotos suas nas redes sociais e gostou do seu estilo. E ela queria saber se podia passar um tempo com você. Eu disse pra ela que era bem nada a ver isso, mas ela insistiu, então não tem o que eu faça pra ela por na cabeça que nem te conhece e que isso não faz sentido. - ele disse.

-Ela é patricinha?

-Não.

-Nome?

-Luiza.

-Idade?

-Quatorze.

-Ok, posso ficar com ela.

-Obrigado. - ele disse e pulou em cima de mim e começou a dar beijos no meu rosto. - Posso dormir aqui hoje?

-Pode - revirei os olhos. - Mas só pra avisar que eu to morrendo de calor e vou dormir sem camiseta. Isso pode ser um problema pra você.

-Tudo bem - ele disse. - Vou tomar um banho, já volto.

-Ok.

Ele saiu do quarto e eu fui fazer alguma coisa para comer.

Fiz um macarrão e esquentei uma carne moída que tinha sobrado do almoço.

Misturei e coloquei em dois pratos.

Ele voltou. Jantamos e dormimos.




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