A Canção da Morte

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Perto de um ilha navegava,
Minha mente não parava,
Eu sempre lembrava...
Com essas lembranças ela me atormentava,
Aquele capuz acinzentado,
Me deixava assustado,
Asas esqueléticas,
Não pareciam sintéticas,
Em sua mão, uma foice,
Que medo me trouxe...

A única coisa que eu ouvia,
Era uma canção sem alegria...
Ela estava parada ao longe em uma ilha,
Olhava para o mar, como se fosse sua filha,
Lentamente ela se virou e começou olhar para mim,
Não enchegava seus olhos, escondidos pelo capuz,
Dentro dele não havia nenhuma luz,
Mas sentia seu olhar penetrar minha alma,
Eu mantive a calma,
Continuei a navegar,
Para longe da Ilha do Mar...

Tudo estava muito silencioso, estranhei,
E então pensei,
Onde está minha tripulação?
Ancorei o navio e andei em direção a cabine do capitão,
Não encontrei nenhuma alma viva,
Toda minha tripulação havia sido desaparecida,
Ou quase todos...
Me virei e estava lá,
A morte conseguira me encontrar,
A criatura estava a me encarar,
Agora eu via sua face,
Dos seus olhos o desespero nasce,
Uma boca com milhares de dentes afiados,
Pensava em meus aliados...
Será este o fim?
A morte estava diante de mim,
Ela havia devorado os tripulantes?
Eram questões instigantes...
Rapidamente saquei minha cimitarra,
Mas a criatura aparou meu ataque com sua garra;
Tento acerta-la novamente,
Porém, ele se defaz e refaz estranhamente,
Como se fosse água,
Então percebo que lido,
Com um inimigo,
Que por minha espada, não pode ser ferido...

A criatura tenta ceifar minha vida,
A criatura salta em minha direção enfurecida,
Então, com a foice em mão, divido ela ao meio, desaparece lentamente,
A foice em minha mão se desfaz,
Mas mesmo assim, não fico em paz,
Pois, sei que ela voltou ao seu lugar de origem...

Nunca mais vi minha tripulação,
Até hoje me lembro daquela canção,
A canção do dia sem sorte...
A canção... da morte...

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