Júlia... minha irmã?

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Acordo no dia seguinte com tontura, fecho os olhos esperando ficar um pouco melhor até escutar batidas na porta

— Entra- Falo alto o suficiente para a pessoa do outro lado escutar

Escuto a porta e ser aberta revelando uma garota loira, acho que mais alta do que eu, com um sorriso no rosto. Tenho a leve impressão de conhecer ela de algum lugar

— Oi, fiquei sabendo que você é nova aqui- A garota diz

— Sim sou, como é seu nome?- Pergunto

— Sou Júlia Jackob- Diz Júlia

Júlia Jackob? Hmm, não deve ser coisa da minha imaginação

— Prazer Júlia, sou a Amanda Bloom- Falo

Ela sorri e se senta na minha cama

— Adorei seu pijama- Ela fala me olhando

— Você gosta?- Pergunto

— Amo caveiras, amo todo estilo de música, principalmente rock e k-pop- Diz Júlia

— Também, qual banda você mais gosta?- Pergunto

— Ultimamente tenho escutado mais Pitty, mais adoro Evanescence, BTS, Taemin, One Direction, 2NE1, Linkin Park e Guns N' Rose- Diz Júlia

— Amo muito- Falo sorrindo

Ficamos conversando quando meu celular toca, vejo o nome no ecrã "Pai♡", atendo

Ligação On

Eu: Oi pai, já estou com saudades
Pai: Também minha filha como você está?
Eu: Estou bem e você?
Pai: Estou levando a vida, sua mãe é louca
Eu: Novidade
Pai: Hoje vou te visitar as 15:00 ta bom?
Eu: Tudo bem!
Pai: Tenho que ir filha beijos
Eu: Beijos te amo
Pai: Te amo pikena

Ligação Off

Após alguns minutos Júlia foi embora e eu fui tomar um banho [...] após meu banho coloco uma meia-calça preta, um vestido azul marinho e faço uma trança lateral, calço minha botinha preta, passo uma base pra me dar um pouco mais de cor e coloco várias pulseiras por cima do novo curativo que fiz. Escuto batidas na porta do meu quarto

— Pode entrar- Falo

A porta se abre revelando meu pai sorrindo.

Saio correndo e o abraço. Ele me tira do chão e me gira no ar

— Filha vamos ir pro shopping que tal?- Meu pai pergunta

— Claro!- Falo alegre

Pego meu celular e vou com meu pai pro carro --ele já falou com a diretora sobre os finais de semana eu vou poder sair--, entramos no carro e ele arranca até o shopping

XXX

Estamos saindo do cinema agora, vamos em direção ao Burger King, fazer nossos pedidos, quando o nome do meu pai é chamado fomos pegar nossos lanches, logo depois fomos nos sentar em uma mesa mais escondida

— Como foi ontem? Depois que te deixei lá?- Meu pai pergunta

— Foi chato, mas, foi melhor do que ficar sendo espancada pela minha mãe- Falo

Meu pai sorri, antes de da uma mordida em seu lanche

— Eu preciso te contar uma coisa- Diz meu pai sério

— Fala pai, pode me contar- Falo curiosa e um pouco preocupada

— Sua irmã Júlia, está no mesmo internato que você- Diz meu pai abaixando o olhar

— Como?!- Fico em choque

— Sim, sua mãe colocou ela lá, sem a minha autorização- Meu pai diz, agora me olhando

— Júlia... minha irmã? Como ela pode? Porque nunca me contou?- Pergunto

— Eu não podia, sua mãe não deixava ninguém te fala nada sobre Júlia, caso ao contrário ela acabaria com a pessoa- Diz meu pai

— Você corre risco pai! Não pode continuar com essa víbora que me deu a luz, por que o senhor não denuncia?

— Não posso minha filha, mas tudo irá se resolver.

— Só toma cuidado, você é o único que tenho, sem você não vou ter mais ninguém.

Ele assente e continuamos a comer, agora conversando sobre as coisas que meu pai aprontava na época do colegial

— Nossa pai que mico em- Acabo rindo

— Pior que todo mundo ficou me olhando e por um mês fiquei sendo zuado na escola.

— Também, sair correndo de boxer nos corredores da escola, meu Deus essa eu queria ver.

— Uma vez me pegaram beijando uma foto que eu tinha da minha primeira namorada, na porta do meu armário.

— Isso que é saudade.

— Não muito, eu já tive que me declarar pra uma garota, que tinha um estilo bem tenebroso, na frente do colégio inteiro.

— Adoro estilos assim!

— Eu sei amor.

Conversa vai, conversa vem e continuamos ali sorrindo e dando risada até que eu precisava fazer uma pergunta que --na maioria das vezes-- tirava meu sono

— Pai, por que a mãe me odeia?

— Não sei filha, não sei.

Little Suicide [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora