O Diário de Hope Mikaelson

Eu sou, a esperança ou a destruição?

  Querido diário, primeiramente gostaria de me desculpar por minha ausência, sei que estou sumida á meses, mais as coisas aqui em New Orleans não estão muito boas, ou melhor, estão péssimas, tia Rebekah nos deixou novamente atrás de uma vida normal, as bruxas estão se voltando contra a minha família novamente, meu tio Elijah discute constantemente com meu pai e vai embora, mais sempre volta, provavelmente por mim e eu me sinto mal por ele, só aturo o Klaus por que ele é meu pai. Minha relação com ele está indo de mal á pior também, antes eu podia sair toda lua cheia para ver a Hayley, agora preciso fugir para vê-lá, além disso meus poderes estão crescendo tão rápido quando eu, ás vezes sinto muita dor de cabeça, vejo coisas de quando estava na barriga da minha mãe e até coisas horríveis que a minha família fez, meus poderes me consomem cada dia mais, tudo que está á minha volta flutua ou acaba virando pó, principalmente quando tenho visões com a minha avó Esther, ontem, durante uma dessas visões acabei machucando Marcel, por sorte Davinna o ajudou e me botou para dormir, ultimamente ela é a única que consegue me ajudar nesses momentos, mesmo com essa guerra acontecendo, desde então, estou trancada em meu quarto, tenho medo de machucar mais alguém ou á mim mesma!   

Enquanto eu observava New Orleans da janela do meu quarto, com um belo vestido vinho rendado combinando com meus cabelos ruivos e bagunçados por causa do vento, alguém bateu na porta... Pela milésima vez essa semana.
- Quem é? - Respondi as batidas e esperei ouvir uma resposta.
- Sou eu, Davinna, nós podemos conversar? - Eu poderia dizer que não, assim como fiz com todos os outros que tentaram me ver esses dias, mais Davinna é minha melhor amiga e eu quase matei o Marcel que é como um pai para ela, então como sinal de boa fé...
- Claro! - Em seguida desfiz o feitiço que trancava a porta, ela entrou e veio se aproximando de mim perto da janela.
- Eu jurava que não ia me deixar entrar! - Parou na minha frente, enquanto a porta se fechava novamente.
- Oque quer conversar? - Disse seca e desviei o olhar dela.
- Na verdade, só queria saber se você estava bem.
- Não se preocupe, eu sou imortal.
- E também queria te contar uma coisa...
- Oque?
- Consegui o feitiço para reverter o que o Klaus fez com a sua mãe e o Jackson!
- Como? Davinna, isso é impossível... - Meu coração gelou e minhas pernas bambearam de felicidade.
- Não é impossível, o Klaus compeliu todas as bruxas de New Orleans á pensarem isso, mais Elijah me devolveu o diário da sua avó e eu consegui, a Hayley vai ser livre !
Minha garganta fechou e meus olhos encheram de lágrimas.
- Me perdoa Davinna, por favor me perdoa, eu não consegui me controlar, eu não consigo! - Desabei em um choro convulsivo e ela me abraçou se afogando em meus cabelos.
- Eu sei, todos nós sabemos, não precisa se desculpar, eu já passei por isso e consegui superar, assim como você também vai...
- Será? - Sequei minhas lágrimas e olhei para ela em questionamento.
- Eu prometo! - Sorriu para mim e eu sorri de volta.
- Podemos ir testar esse feitiço? Já não aguento mais de saudade da minha mãe.
- Sim, mais o Klaus não pode saber, ele me mata!
- OK, Nós saímos dizendo que eu preciso de ar fresco, ele não vai desconfiar, nem é lua cheia.
- Tudo bem...
Passamos pela sala e não tinha absolutamente ninguém, nem meu pai, nem meus tios Kol e Elijah, nem Marcel ou os vampiros dele.
- Cadê todo mundo? Perguntei á ela.
- Não faço ideia, quando cheguei já estava assim...
Continuamos andando e alguns minutos depois, chegamos á floresta, andamos pelas redondezas e encontramos a matilha da minha mãe.
- Olá. - Meus olhos brilhavam ao me aproximar daquela loba, me abaixei na frente da mesma e fiquei fazendo da carinho nela, enquanto Davinna preparava o feitiço.
- Hope, tudo pronto, agora eu só preciso que você me dê sua mão.
Me levantei, andei até ela e nós demos as mãos, Davinna falava o feitiço e eu repetia, após alguns segundos, uma força jogou nós duas longe e quando percebi, os lobos estavam voltando á forma humana, sorri comigo mesma e em seguida agradeci a Davinna por telepatia.
"- Obrigada".
"- Você merece".

Algum tempo depois, eu e Davinna estávamos na cabana dos lobos com a minha mãe, observando a felicidade de todos e Jackson chegou.
- Muito obrigado Hope! - Deu um beijo na minha mão e abraçou minha mãe.
- Não é á mim que deve agradecer, Davinna foi quem conseguiu o feitiço, eu só ajudei. - Disse enquanto segurava a mão da Hayley.
- Ele sabe, está agradecendo por não se voltar contra nós, certamente seu pai não sabe disso e obrigado Davinna! - Disse em tom afirmativo.
- Era o mínimo que eu podia fazer Hayley. - Sorriu para ela.
- Meu pai não sabe, mais quando souber, com certeza vai vim direto para cá!
- E ele vai levar uma surra...
- Ótimo, pode começar!
Klaus disse interrompendo ela e entrou na cabana com sorrindo sarcásticamente, em seguida, Elijah apareceu.
- Klaus!
Hayley levantou assustada.
- Pai?
- Hayley?
Elijah disse se aproximando devagar.
- Elijah... - Ela respondeu e desviou abraçando Jackson.
- Eu sabia que a intrometida da Davinna estava tramando algo, o que me surpreende é minha própria filha participar da traição!
- Eu só queria minha mãe de volta. - Entrei na frente da Davinna.
- Ótimo você tem, agora vamos embora. - Papai me puxou pelo braço.
- Larga ela, Klaus! - Hayley empurrou ele.
- Você não vai querer começar uma briga na frente da sua filha... - Klaus ironizou e percebi o olhar de reprovação que Elijah desviou para ele.
- Então larga ela, não vou repetir de novo! - Segurou minha mão e fui andando para perto dela e do Jackson.
- Vamos embora Niklaus, Hope precisa de um tempo com a mãe. - Disse Elijah.
- Meu tio está certo, eu quero ficar.
- Até o fim do dia quero você em casa, ou eu volto aqui e arranco a cabeça de cada um dos lobinhos desse lugar.
- Ninguém aqui tem medo de você Klaus! - Afirmou Hayley.
- Deviam ter! - Sorriu sarcasticamente e saiu andando, Elijah saiu em seguida e o agradeci por telepatia.
"Obrigada"
"Não me agradeça, apenas volte para casa até o fim do dia"
"Eu voltarei"
- Vai voltar mesmo para casa? - Mamãe me perguntou.
- Queria que você voltasse comigo.
- Sabe que isso é impossível, seu pai me odeia.
- Mais e o Elijah?
- Hope! - Desviou o olhar para o Jackson e ele saiu da cabana.
- Ai me desculpa, juro que não fiz por mal...
- Tudo bem, ele confia em mim!
- Então, acabou mesmo?
- Não depende de mim.
- Claro que depende, é a sua vida, são seus sentimentos e os do meu tio, ele te ama.
- Vamos mudar de assunto...
- OK, você que manda!
- Estava com saudade!
- Eu também mamãe, eu também... - Sorri para a mesma e nos abraçamos.
Quase 22:30 da noite e eu estava exausta, me despedi da Davinna agradecendo pela décima vez e entrei em casa, para a minha infelicidade, meu pai estava sentado me esperando na sala.
- Senta!
- Prefiro ficar de pé.
- Mandei sentar! - Me sentei obedecendo e com muito medo. - Eu vou ser bem claro...
- Pai espera! - Interrompi o mesmo.
- O que?
- Eu... é... Me desculpa... Não pretendia fazer nada pela suas costas, mas, eu preciso da minha mãe e sei que se você tivesse a oportunidade de ter tido uma mãe como a minha, faria de tudo para ficar ao lado dela. - Meus olhos começaram a encher de lágrimas. - Talvez... Você odeie ela, por ter tentado me tirar de você... Mais eu a amo, assim como amo você e... Nunca, jamais, vou deixar de amar !
- Tudo bem, mas, nunca mais minta para mim Hope, nunca mais.
- OK, Klaus Mikaelson! - Sorri, dei um abraço nele, um beijo no rosto enquanto ele passava a mão em meus cabelos e fui andando até as escadas, á caminho para meu quarto.
- Eu te amo, mais que tudo nesse mundo! - Gritou.
- Eu também papai.
Continuei andando, entrei em meu quarto, fiquei deitada por alguns minutos e então, Elijah entrou no mesmo.
- Vai morar com a Hayley agora?
Parou na minha frente e eu me levantei.
- Não, essa é minha casa!
- Ela concordou?
- Sim... Klaus pode ser uma coisa horrível, mais é um bom pai e ela entendeu isso quando me viu, além disso, tem você...
- E o que eu tenho haver com isso? - Sorriu meio bobo, é estranho ver meu tio assim.
- Ela confia em você e eu também. - Sorri.
- Bom saber, agora vai dormir, precisa descansar.
- Eu sei, esse drama familiar acabou comigo...
- Boa noite. - Começou a andar em direção á porta do quarto.
- Boa noite... ah... Elijah, espera.
- O que? - Parou e se virou para mim.
- Não deixa o Klaus fazer nada com a Davinna, ela só me ajudou.
- Já cuidei disso.
Saiu do quarto, me levantei, tomei um banho e fiquei parada na janela observando as pessoas passarem na rua, alguns minutos depois e eu peguei no sono, indo parar direto em mais um dos meus sonhos com a minha avó.
Sonho On:
- Olá, tem alguém ai? - Disse enquanto andava pelos corredores escuros de uma mansão desconhecida.
- Hope? é você? - Olhei para trás e era a Esther.
- Sim, sou eu.
- Que bom que veio, já estava com saudade.- Sorriu e me abraçou.
- Eu também, estou tão feliz vovó!
- Venha comigo, vamos nos sentar e você me conta o motivo dessa felicidade toda.
Segurei na mão da mesma, entramos em uma sala e nos sentamos no sofá.
- Então, é a maldição que prendia minha mãe na forma de lobo, Davinna e eu conseguimos desfazer!
- Inacreditável... - Resmungou olhando para baixo.
- O que disse vovó?
- Nada demais... Estou muito feliz por você minha querida, você merece!
- Obrigada. - Sorri.
- E oque seu pai disse sobre isso?
- Ele ficou irado, mais depois baixou a guarda.
- Klaus Mikaelson baixando a guarda? Você faz jus ao seu nome mesmo, Hope, pequena esperança.
- Digamos que ele conhece muito bem a filha que tem. - Caímos no riso. - De quem é essa casa?
- Aqui ficava a casa onde nossa família morou antes das tragédias começarem a acontecer...
- Tragédias?
- Eu transformar seu pai e seus tios em vampiros.
- Odeia tanto assim vampiros?
- Odeio...
- Você me odeia?
- Não, você não, eu te amo, eu te amo muito.- Segurou minha mão e ficou sorrindo para mim.
- Poderia amar seus filhos também, eles te amaram um dia...
- Eles não tem mais salvação, você nunca matou ninguém, é pura!
- Ainda..
- Como assim?
- Não me entenda errado, eu não quero matar ninguém, mais toda vez ao fim das nossas conversas, eu acordo e meus poderes ficam fora de controle, eu quase matei o Marcel...
- É uma pena que seu pai não tenha te deixado aos cuidados de Dahlia, ela iria saber o que fazer.
- E o que eu faço?
- Eu vou te ajudar e você também pode pedir o auxilio da sua tia Freya, ela foi criada por Dahlia, vai saber como te ajudar.
- Obrigada vovó!
- Não se esqueça, ninguém pode saber que nós conversamos, ninguém!
- OK, pode deixar.
Sonho Off:
Tudo ficou preto, abri meus olhos e as coisas no meu quarto estavam flutuando, comecei sentir falta de ar, dor de cabeça, meu corpo queimando de dentro para fora e então comecei a gritar, não demorou muito e meu pai e Elijah entraram no quarto, em seguida eu desmaiei.
- Hope, acorda. - Papai dizia baixinho enquanto me acolhia em seu colo.