Nós já estávamos cansados de ficar naquela floresta e eu acho que a barraca que a Tianna tinha feito não ia durar mais tanto tempo. Claro que houve o enterro da Night e todos ficaram comovidos com a morte dela e choraram quase o enterro todo, mas eu fui a que chorei mais. Eu a enterrei e pus uma placa que dizia: "Descanse em paz, Night e que a vida sempre lhe traga rosas vermelhas. Da sua melhor amiga: Mikaelly". E eu pus, em volta do túmulo dela, rosas vermelhas: as minhas preferidas e as dela também. Mesmo com o beijo do Allan fazer eu sentir-me mais calma e aliviada, eu não conseguia mais sorrir, não conseguia mais rir, não conseguia mais fazer piadas. A minha companheira, a minha melhor amiga que sempre esteve comigo nas horas boas e ruins, que sempre foi minha guardiã, não estava mais entre nós.
— Hey... - o Allan disse, ao ver que eu estava pensando nela. Nós só nos conhecemos à cerca de um mês e ele já sabia decifrar meus pensamentos. — Pensa assim: pelo menos a Night não vai mais sofrer. Ela está em um lugar melhor que nós agora.
— É, acho que você tem razão... - cheguei perto do túmulo da Night e deixei uma lágrima escorrer pelo meu rosto e cair nele. Logo depois disso, nasceu uma rosa preta, bem no túmulo dela. — Ai meu Deus!!!
— Viu só? Essa é a prova do amor de amigas entre vocês duas. - o Allan disse e todos os outros chegaram perto para ver e ficaram adimirados.
— Night, eu te amo... nunca esqueça disso... - eu disse, enquanto recomeçava a chorar. Eu pensei em pegar aquela rosa, mas eu sabia que, se eu a pegasse, toda vez que olhasse para ela eu me lembraria da Night e isso só faria eu sofrer mais. Além disso, se eu pegasse a rosa, era como se eu tivesse arrancando o coração da Night, então, decidi deixar ela alí.
— Gente, nós temos que sair daqui! - eu disse, de repente, e todos concordaram comigo. — Já sei. Depois do almoço, nós vamos sair daqui.
— Mas eu tenho duas perguntas... - a Natasha disse. — Primeira: o que nós vamos almoçar? A carne do coelho só deu para aquele dia... Não tem mais!
— Apesar de ser difícil para mim, eu vou ter que... caçar de novo.
— Mikaelly, você não precisa caçar se não quiser...
— Eu tenho que caçar, Allan. Não vou deixar vocês com fome. Além do mais, eu preciso comer também, pois vocês não sabem, e nem vão querer saber, como é um vampiro com muita fome.
— Tudo bem para você? - a Tianna perguntou
— Sim... Qual é a segunda pergunta, Natasha?
— Quando nós saírmos daqui, para onde nós vamos? E, se nós voltarmos para a escola, o que vamos fazer?
— Espera aí, já foram 3 perguntas! - o Allan disse, tentando fazer a gente rir, e conseguiu.
— Quando nós saírmos daqui... - começei a falar. — Nós vamos ter que voltar para a escola e eu vou ver se os agentes ainda estão lá. Se estiverem, deixem que eu cuido deles, enquanto vocês ficam escondidos.
— Nem pensar! - a Chirley disse. - Nós vamos te ajudar! - todos concordaram com ela.
— Vocês estão doidos?!! Se os agentes souberem que vocês sabem que eu sou uma vampira, sabe lá o que eles podem fazer com vocês! Eles podem tentar fazer lavagem cerebral em vocês, sei lá!
— Você está exagerando, Mikaelly. Eles não seriam doidos á ponto de fazer isso, seriam? - a Tianna perguntou.
— É claro que seriam!
— E como você sabe tanta coisa sobre eles? Você, por acaso, conhece eles? - a Annah perguntou.
— Bem... Sim... - eu disse, meio sem graça. — Eles são da família que... matou meu pai...
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O Diário De Mikaelly{EM REVISÃO}
VampireEu não pedi para nascer assim... Eu não pedi para nascer com pele pálida, uma cicatriz passando por um dos meus olhos vermelhos e caninos maiores do que o normal. Tenho 16 anos. Pelo menos é a idade que todos pensam que eu tenho. Não sei como vou me...