Eu não pedi para nascer assim... Eu não pedi para nascer com pele pálida, uma cicatriz passando por um dos meus olhos vermelhos e caninos maiores do que o normal. Tenho 16 anos. Pelo menos é a idade que todos pensam que eu tenho. Não sei como vou me...
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Só havia passado um mês de aulas e eu já não aguentava mais aquela escola. Quanto ao Taner, ele faltou cerca de uma semana, mas depois, mesmo ele fazendo tudo aquilo comigo, fiquei aliviada por ele não ter morrido, mas ele olhava-me tão raivosamente que podia se pensar que a cabeça dele iria explodir á qualquer momento.
Eu tinha ido para a escola com uma blusa branca uma outra calça jeans, minha botas preferidas, um casaco e um chapéu. A Night já estava no sótão e daqui á pouco as aulas iriam começar. Foi aí que tocou para a primeira aula e, segundo o meu horário, era português. Quando eu estava indo em direção à sala, esbarrei em alguém que deixou seus livros caírem. Era uma menina morena, com cabelos pretos bem cacheados presos em um grande rabo de cavalo e olhos verdes.
— Ai, desculpa! Deixa que eu te ajudo a pegar os livros. - falei.
— N-não precisa! E-eu pego! - ela estava gaguejando e eu supus que ela era mais tímida do que eu. Nós chegamos bem perto uma da outra e eu, mesmo sem querer, cheirei seu sangue. A+. Meu segundo tipo de sangue preferido, sendo o primeiro: O-. Mas eu tinha que resistir. Ajudei ela a pegar seus livros e, quando eu ia para a sala para não acontecer o risco de eu ficar louca pelo seu sangue, ela disse:
— Obrigada! Meu nome é Tianna.
— O meu é Mikaelly.
— Ah, sim... é a que entrou na escola esse ano... Prazer, Mikaelly.
— P-prazer... - então, fomos para a sala. Percebi que nós éramos da mesma sala. Quando chegamos lá, a professora Sheyla, de português disse:
— Mikaelly e Tianna... estão atrasadas.
— Desculpe, tia Sheyla.
— Tudo bem... Sentem-se.
Ainda bem que, dessa vez, tinha uma cadeira do lado do Allan e foi lá que eu sentei-me.
— Oi. - ele sussurrou.
— Oi. - falei.
Antes dela começar a aula, dois caras de preto, parecendo guardas, entraram na sala, do nada. Um era branco com cabelo preto e algumas sardas no rosto. O outro era moreno com cabelo castanho. Não dava para ver a cor dos olhos deles por causa dos óculos escuros que eles estavam usando. Rapidamente, reconheci eles. Em suas roupas tinha o símbolo da Inglaterra. Eles eram da família que tinha matado meu pai!! QUE RAIVA!! Então, eles disseram:
— Desculpe estarmos atrapalhando sua aula, professora.
— Tudo bem... - ela disse. — Mas quem são vocês?
— Eu sou o agente Clark e esse é o agente Johnson e somos agentes vindos lá da Inglaterra. - o branco disse. — E viemos para levar todos os jovens dessa escola para um centro de cuidados, onde eles ficarão seguros.
