one

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mais uma noite em que eu não conseguia dormi, aquilo já era normal mas nada que um pouco, talvez muito, de maquiagem não ajudasse no dia seguinte. minha cabeça estava a mil, girava feito uma roda gigante desgovernada e eu me sentia tão mal. já tinha se passado seis meses mas para mim era seis dias. aquela dor era incurável.

02:02 da manhã e eu desejei ter amnésia para esquecer de tudo. é claro que eu não conseguir, era impossível escolher ter ou não, não era uma escolha naquele momento eu só queria. no meu quarto, de luz apagada mas sentada na minha mesinha da janela com o abajur aceso eu desenhava. fazia me sentir talvez um pouco melhor. na verdade, eu só estava ocupando a minha mente.

gostava de desenhar, mamãe, papai e ele diziam que eu tenho talento e devo investir nisso mas bom, eu não sou um picasso da vida. suspirei.

tirando mais um gole da minha garrafa de budweiser eu continuava a traçar sobre o papel branco. era só mais um desenho para o meu álbum. eu estava quase acabando quando senti um olhar sobre mim. não era a primeira vez mas hoje, especialmente hoje, me encomendei.

passei os olhos por toda a casa ao lado da minha que eu podia ver por minha janela e não encontrei nada. talvez eu estivesse maluca. depois que tudo aconteceu eu já não me sinto normal. quando eu deixava a minha assinatura no canto da folha mais uma vez me senti vigiada e foi aí que eu finalmente vi quem era.

"algum problema?" eu perguntei para o garoto que me olhada da sacada do seu quarto.

eu já o tinha visto outras vezes. estava sempre com amigos na sua casa e sempre que sua mãe não estava rolavam festas irritantes. sua mãe era amiga da minha mas nós mal nos falávamos tanto eu e sua mãe ou eu e ele. eram simples "bom dia" ou "boa tarde" ou até mesmo "boa noite" para não ser taxada de mau educada. além do mais, eu não tinha vontade de sair do quarto. sim, olivia rae, fracassada e otaria.

"comigo nenhum" ele respondeu sem gritar para que não acordasse mais ninguém. mexeu-se um pouco parecendo encomendado mas não tirava os olhos de mim. o que ele queria? nunca nos falamos antes "e com você olivia ? algum problema"

abaixei a cabeça. mas é claro que eu tinha problemas mas ele já devia está morto junto com o causador há seis anos atrás. mas que droga. uh, espera aí, ele sabe o meu nome?

"você sabe o meu nome?" perguntei confusa com uma das sobrancelhas arqueadas

ele riu e olhou para baixo mas logo voltou a me olhar. eu também sabia seu nome, era tão bonito quanto ele, me permiti olhá-lo várias vezes mas ele é um garoto confuso.

"sei olivia rae" ele respondeu

aquilo estava mais que estranho. há anos eu não converso com mais ninguém além do meu melhor amigo e meus pais. com outras pessoas eu procuro ser sempre breve e com ele não seria diferente.

"tudo bem, uh, tenha uma boa noite cameron dallas"

foi a última coisa que eu disse e ouvir depois de fechar a janela e cortina na sua cara. ok, isso foi tão estranho.

🐨🐨🐨

olá pessoinhas
como vocês estão?
espero que gostem da fic e bla
votem e comentem sz

the cure  ❁ cameron dallasOnde histórias criam vida. Descubra agora