Capítulo 3: O Novo Garoto.

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Ainda na floresta: (narrando em terceira pessoa)

Depois que o rapaz de cabelo castanho liso, olhos verdes, alto e pardo, caiu em cima da Jannie, ela não conseguiu falar nada, ela simplesmente, ficou admirando o brilho daqueles lindos pares de olhos verdes. Era um brilho que Jennie nunca tinha visto, um brilho de felicidade misturado com um pouco de medo e coragem. Só quando o menino se pronunciou que ela voltou ao normal.

- Você é louca garota! - ele disse saindo de cima dela.

- Ah, você pula em cima de mim, e eu que sou louca. Faça mil favor né?!

O rapaz ficou paralizado com a inocência daquela linda garota.

- Sério?! - ele fez uma pausa para uma risada irônica - Você não viu? Tinha um homem a poucos metros de distância de você, com uma arma na mão e ele ia te atirar.

- Garoto. Você deve estar vendo coisas. Não tem ninguém nesse campo, exceto eu e você.

- Ah,então quer dizer que eu salvo a sua vida e você me chama de doido?

- Não importa. - depois percebeu que sua frutas colhidas estavam todas jogadas pelo chão de terra e algumas estavam amassadas. - Ai meu Deus! Olha isso! Olha o que você fez! Agora eu vou ter que pegar as que estão boas, e colher outras frutas, e você vai me ajudar.

- Por que eu?! - Jannie lançou-o um olhar que ele começou a pegar as que estavam boas.

Depois de eles separarem, eles se levantaram do chão e passaram a mão pelas suas roupas, para tirar um pouco da terra.

- E agora?! Você vai colher outras? - o rapaz perguntou para a menina.

- Sim, estas não são suficientes. Aliás eu nem sei qual é o seu nome! - a menina disse sorrindo, e aquele garoto ficou pensando naquele sorriso por algumas frações de segundos.

- Meu nome é Lysandre, e o seu?

- Ah, meu nome é Jannie!

No palácio: (narrando em terceira pessoa)


A Majestade acordou com uma baita ressaca. Ela tomou seu banho - Lúcia que preparou -, e depois tomou um remédio para a dor de cabeça. Desceu para comer o seu almoço, mas quando ela passava pelos corredores não avistava nenhum soldado. No caminho encontrou Grace - sua secretária particular - e era a pessoa ideal para responder a suas perguntas.

- Grace! Grace! - a Majestade chamou-a em um tom mais alto do que o normal.

Ela parou de andar, e virou para trás.

- Oi Madame.

- Grace, - Suzana disse aproximando mais dela - me responde uma coisa: porque os soldados não estão em nenhuma parte do palácio?

- Simples Vossa Majestade: porque ontem eles trabalharam a noite inteira, e você fez questão de usar até os soldados reservas, os soldados do turno da manhã e do turno da tarde, e não sei se você lembra, mas ontem no final da festa você não deixou eles descansarem.

- E quem vai vigiar o palácio? Além disso a onde eles estão?

- A onde mais? Em seus quartos descansando né? - Grace disse como se fosse óbvio.

- Então ordeno que eles levantem agora e venham trabalhar!

- Acho isso uma péssima ideia.

- Não pedi sua opinião.

- Sei que não, mas vou falar do mesmo jeito. É uma péssima ideia porque, se eles fossem trabalhar agora, eles estariam exaustos se houvesse uma invasão rebelde. E também alguns deles, por conta do cansaço, iria até durmir nos cantos por aí, e sabendo como você é, ficaria irritada facilmente.

- E como eu vou fazer sem soldados aqui no palácio? Além que as visitas achariam estranho.
- Não sei. - ela disse dando uma pausa - Mas isso serve para você aprender que antes de usar toda sua reserva de soldados, tanto do turno da manhã quanto o da tarde, para você pensar melhor.

E ela saiu, e deixou a Madame de cara feia no meio do corredor. Depois do almoço as visitas começaram a perguntar sobre os soldados e a Majestade inventou uma desculpa esfarrapada como: ' Eles foram fazer um treinamento fora da cidade,mas em poucas horas estão de volta.' Logo pelas 11:00 não havia nenhuma visita no palácio, todas já haviam ido.

E assim por fim o Hércules apareceu, para a má notícia.

Na mesma hora, Lúcia estava descendo as escadas quando escutou Suzana dizendo:

- Se livrou da garota?

Nesse exato momento Lúcia parou, e se encondeu atrás de um vaso de planta.

- Não. Quando eu ia atirar na garota, um menino pulou em cima dela e os dois acabaram caindo no chão, então decidi voltar.

- Parece que hoje está dando tudo errado pra mim!! Eu vou pensar numa maneira mais fácil de nós nos livrarmos dela. Ah já ia me esquecendo de uma coisa: quando der meio dia e meio acorde todos os soldados, preciso deles!

Depois que Lúcia viu que eles já tinham ido em bora, sentou com tudo no chão, não estava acreditando no que ouvira, naquele momento ela duvidava dos seu próprios ouvidos. A Rainha queria que Hércules matasse uma menina, só que ela tinha sido salva por um menino. As únicas perguntas que martelavam na sua cabeça era: ' Quem era a menina? E o menino que a salvou? E a pergunta principal: 'Por que a Rainha queria matá-la?

A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora