Capítulo 4: Lysandre.

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Do lado de Jannie ( narrando em primeira pessoa)

Quando voltei pra casa, meus pais me passaram um sermão por eu não chegar na hora certa. Eles estavam muito preocupados, meu pai dissera que quase ele e mamãe foram ir no campo para ver se estava tudo bem. Mas no fim acabei explicando tudo a eles, sobre Lysandre e as frutinhas e principalmente sobre o cara com a arma querendo me atirar. Ambos ficaram muito assustados e disseram que queriam que eu trouxesse ele para conhecê-los.

Antes de chegar em casa nesse mesmo dia, eu e Lysandre conversamos um pouco e ele me disse onde morava. Então falei a papai e ele disse que amanhã antes do almoço ele iria na casa de Lysandre convida-lo para vir almoçar aqui, fiquei feliz. Ele era um moço bem bonito e vamos dizer educado, e a partir de hoje posso dizer que ele também era um herói para mim.


Acordei hoje mais cedo do que o normal para ajudar a mimha mãe arrumar a casa e fazer o almoço, segundo ela, o almoço tinha que ser perfeito e muito bom.

Para o almoço tinha: lansanha. Eu gostava muito de lasanha, mas minha mãe só fazia quando vinha alguma visita. Depois da chegada de Lysandre em casa, fiquei conversando com ele sobre algumas dúvidas que tinha.

- Oi! - disse animada. Ele parecia assustado mas quando me viu abriu um sorriso lindo, talvez o mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida, existia felicidade nele, além que era branco feito neve.

- Oie Jannie! - ele disse e me abraçou, mas quando percebeu que meu pai estava olhando, se afastou.

- Sente-se e se sinta a vontade! - disse super feliz.

- Quero te perguntar uma coisa.

- Diga!

- O que eu estou fazendo aqui?!

Naquele momento que ele me perguntou, me senti como se ele não quisesse estar ali, logo ele percebeu minha expressão já se justificou.

- Quer dizer, é muito bom estar aqui, é bom também conhecer a sua família. Mas as pessoas não me convidaria para um almoço sem um interesse.

Me senti mal de novo. Bem, pelo que eu sabia os meus pais queriam pedir para ele me acompanhar na minha saída para a colheita das frutas, e claro ele ia pensar que só chamaria ele por causa de interesse. Não quero que ele pense assim.

Fiquei em silêncio por alguns minutos, não queria falar porque ele estava aqui. Ainda bem que minha mãe nos chamou para almoçar. Parece que ele ficou bem satisfeito com a comida, e minha mãe claro, ficou muito feliz, ela gostava quando alguém apreciava as coisas que ela fazia.

- Então Lysandre, eu queria lhe pedir... - logo que vi que meu pai ia falar sobre aquele assunto, lancei um olhar para minha mãe de 'por favor não diga nada' e ela o interrompeu para que não falasse nada.

Achando muito estranho nossas ações, logo se pronunciou:

- Você queria me pedir... - ele disse incentivando a continuar.

- Bem, - minha mãe começou falando - nós queriamos lhe pedir para ficar mais um pouco conosco.

- Ah, me perdoe, mas eu não posso, preciso terminar de ajudar meu pai a vender o restante dos quadros.

- Ah que pena! Então nos veremos mais vezes? - ela disse sorrindo.

- Bom, - agora ele disse olhando pra mim com aquele sorriso que eu gostara de ver desde que chegara aqui - receio que sim.

Sorri também, nós ficamos nos olhando até meu pai "limpar" a garganta. Lysandre voltou o olhar pra ele, e se levantou.

Antes dele ir em bora não pude disfarçar minha tristeza. Abaixei a cabeça e fiquei com ela assim.

- Ei! - ele disse e levantou minha cabeça com o dedo indicador - Não fica assim, um dia nós vamos nos ver de novo.

- Eu sei! Mas ninguém sabe o dia que isso vai acontecer novamente! Só queria ter certeza que vamos nos ver logo!

Ele olhou pra mim e me abraçou, depois disse ao meu ouvido me fazendo arrepiar.

- Eu prometo que nós vamos nos ver de novo e logo.

Depois da saída de Lysandre e meu pai, minha mãe ficou sem saber o que tinha acontecido nesses últimos minutos.

- Mãe eu não deixei papai falar aquilo para Lysandre, porque antes de nós irmoa jantar ele me dissera que, ninguém iria convida-lo para um almoço sem um interesse. Não queria que ele se sentisse assim.

- Oh filha! Querida. - ela não conseguiu continuar, então me conteve com um abraço.

- Você acha que eu fiz bem, em não ter deixado papai falar?

- Acho que sim filha. Pelo que percebi, aquele menino gosta mesmo de você, além de ser um moço bem bonito. - ela também me garantiu que o meu pai não ia falar nada a Lysandre.

Ri e fiquei contente por não ter destragado tudo e deixado ela triste. Não gostava de ver pessoas tristes ou infelizes com sua vida.


A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora