Camila acordou cedo naquela manhã. Ela não queria encontrar sua colega de quarto novamente depois da mesma tê-la machucado.
A morena sentiu-se constrangida ao lembrar que sua professora a viu chorando, ela deveria pensar que a latina era uma bebê chorona.
Camila realmente era uma bebê chorona, mas ela estava chorando por algo com motivos quando Lauren praticamente a atropelou.Trocou-se para um crop top branco do arctic monkeys, uma saia, agasalho felpudo, meia três quartos e all stars da mesma cor do top.
Prendeu seu cabelo em um coque e trocou a bandagem do joelho.
Correu para a faculdade, mais uma vez esperando ter uma conversa agrádavel com a professora, e talvez desculpar-se por destruir o passeio da mesma.
Adentrou na classe da Mrs. Jauregui, e sentou-se na frente, como fez da última vez. Percebeu a mesma mudar a posição para uma mais tensa.
-Me desculpa. –Camila finalmente falou, fazendo beicinho e segurando o choro.
-O que? –Lauren pareceu confusa com a fala da latina.
-Eu não quis estragar seu passeio, de verdade professora. –Assumiu. Sua consciência um dia a mataria. Lauren sorriu e fechou seu livro.
-Achei que estaria triste de eu ter te atropelado. –Riu com sua voz rouca, o que fez a latina cobrir o pescoço ao sentir os pelos do local se eriçarem.
-Nunca.
-Mas eu te machuquei?
-Não também.
-E então o que é isso em seu joelho? –Apontou para a bandagem e a sua aluna arregalou os olhos. A menor não queria contar o verdadeiro motivo de seu joelho estar machucado.
-Eu não sei. –Deu de ombros, porém a mulher de olhos verdes descobriu o desconforto.
-Se não sabe por que colocaria bandagem?
-Droga. –Bufou como uma criança. –Eu caí...Na entrada. –Lauren percebeu que a frase soou mais como uma pergunta na qual sua aluna tentava convencer a si mesma.
-E deu tempo de cuidar assim rápido e limpar?
-Não. Não daria.
-Não quer falar sobre isso não é? –A professora arriscou, recebendo uma assentida de sua aluna.
-Não... –Murmurou. Camila queria falar sobre isso, apenas não podia. –Mas você não é culpada. Nem está envolvida. A única estúpida culpada sou eu. –Bateu em seu próprio rosto, concluindo. As lágrimas começaram a descer do rosto da menor e ao ver os olhos amendoados de perto tão feridos, a professora sentiu uma facada em seu peito.
-E então... Assiste algum seriado? –Lauren tentou desviar o assunto.
-Só assisto desenho. –Respondeu, limpando as lágrimas.
-E que desenhos assiste?
-Muitos. Porções e porções de milhares de desenhos. –A latina falou. Lauren sorriu de canto, ela parecia um bebê.
-Qual é o seu preferido?
-Charlie e Lola. –Sorriu animada.
-O que acontece nesse desenho?
-A Lola é irmã pequena do Charlie. O Charlie sabe de tudo, e a Lola é uma boba que ainda está aprendendo da vida, como eu.
-Como todos nós. –A professora corrigiu. –Esse Charlie é um sensei de dois mil anos?
-Não! –Pareceu ofendida. –É um loiro de doze anos!
-Não acredito! Me sinto uma tola agora! –Brincou.
O sinal bateu, e os alunos eufóricos passaram a invadir a sala de aula, poluindo sonoramente e mentalmente o local.
A aula se passou rápido, e com de previsto, Lauren não teve nenhuma surpresa além de alguns alunos perversos, e outros audáciosos.
A mesma ouviu o sinal bater e saiu antes de qualquer aluno. Ela precisava de um banho ou iria arrancar os olhos de cada estudante daquele local.
Dirigiu como uma maluca para sua casa, aproveitando para passar em uma cafeteria e comprar um café, e mesmo assim o trajeto foi longo. O engarrafamento de Londres era caótico, as ruas eram lotadas de gente, turistas malucos e desatentos, guardas e crimes por toda parte.
Mas esta era a parte favorita da cidade para a professora inglesa. O caos. A poesia dos gritos, sirenes, do por-do-sol coberto de túneis e estradas o cortando em meio de arranha-céus. Aquilo lhe deixava sã.
Respirou fundo e sentiu o ar congelante entrar em seu organismo. Apertou-se em seu sobretudo.
Adentrou no grande prédio aonde morava. Por mais que o local fosse alto e enorme, os apartamentos eram simples e pequenos.
Cumprimentou o porteiro que a parou:
-Senhora! –Chamou.
-Sim?
-O elevador está em manutenção, pode subir pela escada?
-Claro! Obrigado por avisar. –Sorriu simpática.
Passou a subir no lance de escadas. À cada degrau a professora podia ouvir melhor uma briga violenta.
Não conseguiu conter sua curiosidade quando captou o andar na qual os gritos vinham.
Engoliu o resto do café de uma vez e então pensou em fingir que iria jogar a embalagem fora no andar na qual a briga violenta estava acontecendo.
-Sua vadia de merda! –Ouviu. –Quando eu falar para calar a boca e fazer algo é para fazer está escutando? Você está me escutando sua merda? –Abriu a porta da escada e assim que levantou seu rosto deu de cara com sua aluna latina da primeira aula, Camila, com o rosto roxo sendo arrastada pelo cabelo pelo andar.
A professora ficou estática por algum segundos, porém as duas não perceberam a presença de alguém.
-Você é uma menina má! –A outra garota gritou. –Você sabe o que eu vou fazer com você não sabe? –Camila recebeu um tapa forte em seu rosto, que estava inundado de lágrimas.
-A única coisa que vai fazer com ela é deixá-la ir, babaca. –Lauren interviu, empurrando a outra garota com tanta força que a mesma foi estatelada no piso do local.
A professora deu a mão para a menor, ferida e imóvel, que se levantou e pulou nos braços da professora, desabando em lágrimas dolorosas.
-Obrigado. –Sussurrou.
-Vamos para a minha casa.
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EU SEI QUE ESTÁ EXTREMAMENTE CURTO VCS VAO ME PERDOA MAS NAO TA FACIL PRA ARRANJAR TEMPO NAO
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Pacify Her (Camren)
Fanfiction"Dê a ela uma chupeta, ela está dando nos meus nervos. Você não a ama, pare de mentir." Camila Cabello, uma recém graduada visita Londres, sua cidade preferida, para persuadir seu sonho de ser artista, porém a garota é julgada po...