What is this

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-Eu não... Não consi...Não... Eu tenho uma amiga que posso ficar. -Camila tentava de milhares formas explicar, escondendo que sua vida não era como a da professora, ela precisaria voltar para a sua daddy, senão não sobreviveria.

Lauren massageou as têmporas, tentando ignorar o fato de que o rosto angelical da garota em sua frente estava coberto de lágrimas, arranhões, roxos e vermelhidão.
Respirou fundo, inalando todo o ar possível, o suficiente para encher o cérebro de um dinossauro de oxigênio.

-Está bem, eu entendo que não se sinta confortável. Mas eu irei te levar lá. Ligue para essa garota, seja lá quem for, agora. -Ordenou e Camila retirou o celular do tênis, o que causou a sua professora um franzido de sobrancelhas.
A latina discou um número e parecia impaciente.

-Dinah? -Um sorriso feliz foi estampado no rosto da garota. -Sim, recebeu minha mensagem? Sim, não, ta bem, okay, até lá então, tchau. -Desligou e encarou sua professora, com um sorriso inocente. -Pronto Mrs. Jauregui.

-Pronto o que, garota? Ainda vai prestar depoimento contra agressão, danos morais, e de forma alguma vou deixar você andar por aí sozinha, a cidade está um caos, eu vou te levar. -Disse mandona, o que fez a latina bufar, fazendo bico.

-E minhas roupas? -Bateu os pés no chão como um bebê.

-Se vire, agora vamos. Certo, Srta. Cabello?

-Claro, Mrs. Jauregui. -Respondeu, assentindo com a cabeça.

As duas desceram o prédio e Lauren não podia deixar de notar o nervosismo da garota, ela parecia eufórica por dentro, quase relutante, ela diria.
Á cada segundo, Camila ajustava o laço em sua cabeça e girava o elástico de cabelo em seu pulso.
O destino foi escrito no GPS do carro de Lauren, e as garotas foram até a casa de Dinah em completo silêncio, porém por motivos diferentes: Lauren estava preocupada. Já Camila estava envergonhada.

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No dia seguinte, Camila entrou bem antes do horário, como previsto por Lauren, saltitante e com um sorriso sapeca no rosto.

-Bom dia Mrs. Jauregui! -Ela estava louca? Havia esquecido que fora agredida na noite passada? Ela tinha memória seletiva? Não seria possível a garota estar tão feliz.

-Srta. Cabello. -Respondeu seca, voltando seus olhos para o livro de forma indiferente.

Camila mordeu o lábio, se sentando na carteira da frente, como sempre, e abrindo sua mochila, retirando uma caixa com um laço vermelho em cima e a colocando em cima da mesa. Ela passou a mão pela saia para ajusta-lá.
Se levantou e segurou a caixa firme, caminhando até sua professora com um sorriso simpático e parando em sua frente, imóvel, esperando a professora lhe notar.

-Sim? -Perguntou, levantando os olhos do livro para as orbes castanho chocolate.

-Isso é pra você. -Lhe entregou a caixa. -Por ontem. -Disse ainda parada na frente da professora, brincando com os próprios dedos esperando a mulher em sua frente abri-lo.

Lauren estava em um estado de choque por uma fração de segundos, era realmente muito agradável da parte da aluna lhe dar um presente. Balançou a cabeça, voltando seus pensamentos ao seus devidos lugares e abrindo a caixa. Nela havia uma manta vermelha, com L escrita bem grande.

-É uma capa de super herói. -Camila explicou, o que causou Lauren a sorrir fraco, concordando com a cabeça. -Você é minha... Bem... Minha heroína. -Disse nervosa, ainda assim com um ar inocentemente infantil.

-Ah! Srta. Cabello! Obrigado, de verdade, não sei nem o que dizer, não precisava, mas estou extremamente grata. -A maior dizia meio nervosa, o que era raro. Lauren sempre tinha controle da situação.

Camila nada respondeu voltando a se sentar, já que alunos iriam chegar brevemente.

A aula se passou rápido, Lauren ensinou técnicas novas de desenhos em grafite para sua sala, expulsou um piadista, e principalmente observou a menina latina, que agora lhe intrigava. Tudo naquela garota soava perigo e intriga. Mas Lauren adorava o fogo, principalmente se ela fosse o isqueiro.
O sinal bateu e os alunos se retiraram lentamente, ao contrário da latina, que saiu em tanta pressa que deixou seu caderno cair.

Após todos se retirarem e a professora ter certeza que Camila não retornaria pelo caderno tão cedo, resolveu abri-lo.
Á cada desenho que Lauren passava mais ela ficava confusa. O caderno continha milhares de cenas sexuais que até onde o alcance de Lauren atingia, era de uma condição sexual denominada infantilismo. A professora franziu a testa.
Se bem que fazia sentido. Camila era praticamente uma criança, as roupas, o modo que fala, até seu presente. Mas Lauren já havia lecionado milhares de alunos muito mais estranhos que a garota latina, e que no final, não eram nada que lhes transpareciam.

Lauren estava um tanto assustada com o quanto essa hipótese lhe parecia tentadora.

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ALO ALO EU VOLTEI

Pacify Her (Camren)Where stories live. Discover now