Segunda feita para destruir

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Acordei, peguei o celular 4:45, ótimo. Levantei, fui ao banheiro.
Observei a imagem refletida no espelho: Meu Deus! Eu estava com o cabelo bagunçado, mas de um jeito que eu gosto até, o meu rosto com algumas espinhas desnecessárias e a sobrancelha por fazer. Esbocei um sorriso, meus dentes que são a única coisa que me lembra perfeição: brancos e certos, 4 anos de aparelho e um clareamento doloroso serviram para alguma coisa.
Não me sinto linda, mas me sinto bem.
Lavei o rosto, tentei ajeitar os cabelos: não deu. Prendi-os em um coque não muito firme. Escovei meus dentes, vesti minha roupa de escola (sim, não era nem um pouquinho glamourosa) e minhas sapatilhas guerreiras. Sem maquiagem. Ótimo.
Só faltava a mochila, o celular, o fone e o meu tio que sempre me busca em casa.
Olhei para o espelho de novo: dessa vez para ver meus olhos, eu gosto deles. Têm um tom castanho escuro quase preto que às vezes ficam mel.
"Tão instáveis quanto eu. Típico." Pensei. Agora o cabelo, castanho também porém com algumas mechas mais claras, resultado de 2 anos de progressivas. Era liso, mas não natural. E eu também gosto, sinto-me bem assim, embora também ame os cachos.
Só me toquei da hora quando minha mãe gritou:
- Lana, seu tio já está na porta, vamos.
- Claro mãe, beijos, te amo.
- Não esquece de mandar mensagem para o Mateus hein?
- Nem se eu quisesse mãe. Tchau
- Tchau
Mateus é meu namorado, estamos juntos há 10 meses e somos felizes, embora tenhamos problemas sérios às vezes. Ele tem os cabelos quase loiros, pele bem branquinha e um sorriso tortinho que eu amo muito. No geral temos bastante coisas em comum, e muitas nem tanto. Mas damos um jeito. Sempre damos. Agora ele está mais ocupado por causa do trabalho, porém ainda nos falamos muito. Eu o amo.
<Bom dia meu bem, bom trabalho, te amo, beijos>
Agora, vamos lá começar mais uma semana.

Lana Onde histórias criam vida. Descubra agora