Peçonha mata querida

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Livy é minha arqui-inimiga de infância ela tem a pele morena, cabelos cacheados com luzes loiras e olhos castanhos, é muito magra para alguém com 15 anos e muito irritante. Ela chegou, me olhou de cima abaixo e disse:
- Oi A La Na.- detesto que me chamem assim
- Oi Livy
- Que calça linda, onde comprou? No brechó?
- Não querida, e mesmo se fosse, prefiro brechós a bordeis, não é mesmo?
-Falou a piriguete
-Querida licença, cuidado que peçonha mata, não vai morder a própria língua hein?- Sai andando divamente, aliviada e relaxada depois de deixá-la sem resposta.

Lana 1 Livy 0

Meu Deus que saudade do Mateus, ele é incrível e como o cheiro dele fica preso em mim é muito viciante.
Sinto que ele está estranho, distante, não sei o que fazer mais. Já pensei em muitas causas, e não quero acreditar em nenhuma.
Voltando a realidade, hoje tenho natação, e é meio frustrante não ser exatamente "boa"... ok, eu sou péssima. Isso é bem triste, mas vale a pena porque fiz bons amigos com a natação.
Já estou imaginando o que eu vou passar hoje, e não curto nem um pouco a ideia.
Também não vejo a hora de encontrar com minha mãe, isso me acalma bastante. Porque encontrar com a mãe significa não só relaxar, mas também comer e quem não ama comer? Imagino que hoje será coxinha, eu amo tanto coxinha.
Ela tem me alertado sobre peso, e eu tento muito levar a sério.

Foi um dia muito corrido e um pouco triste, quando cheguei pensei em ligar para o Mateus, mas sabia que ia chorar então deixei para ligar mais tarde. Acabei me fechando o resto da noite e só me permiti chorar antes de dormir. Não sei porquê, mas chorei baixinho no meu quarto. Há tempos não me sinto assim, perdida, mas me permiti.
Acabei caindo no sono

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