Capítulo X

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2° PARTE


  Depois de um sono maravilhoso com aquelas penas me cobrindo, infelizmente eu acordei. Desci, tomei café, tomei banho e nós fomos para a igreja.

  Quando cheguei em casa, liguei para Jhulia e Évele. Dessa vez, nós iríamos nos encontrar na casa de Jhulia depois do almoço.

  Eram 10h00 da manhã quando minha mãe veio falar comigo.

  – Filho, você e Jhulia estão tendo um caso? – Perguntou-me.

  – Mãe! Assim você me deixa envergonhado! – Sorri.

  – Pode contar filho! Não vou brigar!

  – Estamos namorando!

  – Imaginei!

  – Então por que perguntou? – Gargalhei.

  – Filho, você sabe muito bem das responsabilidades de um homem em um relacionamento. Apesar de que nunca imaginei meu filhinho namorando, mas irei me acostumar.

  – Então ta! – Falei tentando desviar do assunto que me deixava um pouco constrangido.

  Estávamos sentados no sofá da sala e quando eu iria me retirar, mamãe me pega de surpresa.

  – Filho, volta aqui, não terminei!

  – Então termine mãe!

  – Olha aqui, eu tentei me segurar, mas não consegui! Ontem você ficou horas no quarto com aquelas meninas, tem certeza que estava estudando?

  "O que minha mãe está dizendo? Ela acha que eu estava fazendo...?"

  – Claro mãe! – Gargalhei. Nunca imaginei que minha mãe, um dia, me questionaria com esse tipo de pergunta.

  – Se você aparecer com alguma menina grávida, o negócio não vai ficar bom pro seu lado! – exaltou-se.

  – Calma mãe! Eu nunca teria um filho antes de arrumar um trabalho e sair de casa – falei tentando acalmá-la.

  – Acho bom! – Exclamou mamãe me deixando sentado sozinho na sala com cara de tacho.

  "Sério isso? Mamãe acabou de me fazer esse tipo de pergunta?"

  "Nunca imaginei isso em minha vida, eu, Miguel Coury, com 17 anos engravidar alguém?"

  Almocei um pouco pasmo com aquilo tudo, minha vida estava completamente estranha.

  – Mãe, vou ir à casa de Jhulia – gritei indo para o jardim.

  – Está bem, mas olha lá em – respondeu-me.

  Gargalhei e segui a pé até chegar à varanda e gritar por Jhulia. Ela me atendeu, Évele já estava lá.

  – E então, vamos voltar pra Ór? – Perguntou Jhulia.

  – Lógico, temos que saber mais sobre esse tal de Admon – respondi.

  Fomos para seu quarto, Carlos e Fernanda assistiam TV na sala.

  Chegando lá, as meninas pegaram o anel e o colocaram no bolso.

  – Bugor Morrand! Queremos ir para Ór! – Sussurrei.

  Não demorou muito, um vento suave nos cercou, fazendo tudo, mais uma vez, ficar branco.

  Pousamos no mesmo lugar de sempre, em meio aquele enorme campo com grama fofa, cercado por montanhas que pareciam delimitar o Vale e animais fantásticos.

Anjo BélicoOnde histórias criam vida. Descubra agora