A manhã do dia seguinte veio com muitas névoas e chuviscos, um ar frio, uma terra molhada da noite anterior e um clima de despedida na casa de Elzia. Ao acordar, Munique percebeu algo em baixo de seu travesseiro. Um revólver com o nome de seu pai inscrito e ao olhar para a cômoda, viu três caixas cheias de balas de cor prata. Ela não pôde evitar e então soltou uma leve gargalhada. Entendendo que se tratava de uma luta com lobisomens, nada como a velha e fatal arma contra eles. Ao mesmo tempo, caiu na realidade de que uma carga estava sobre ela. Tratou de levantar da cama depressa, ainda eram seis da manhã e sua mãe já à esperava na pequena cozinha com uma caneca de chá nas mãos.
(Elzia)- Já deve ter pego a arma e as caixas de bala!
(Munique)- Foi surpreendente ver essas coisas. Tem mais alguma coisa que não sei e você guardou para cima da hora?
(Elzia)- Tem sim filha. Essas coisas à que você se refere... as munições que lhe dei, eram do seu pai. Ele caçou essas criaturas... quero dizer uma criatura, pelas florestas de Bucarest. Nunca o apoiei. Não era necessário. Tínhamos paz (no sentido de que não estávamos sendo ameaçados pelos LIONANS). Mas seu pai descobriu uma carta de Tobias enviada à mim. Disse à ele que nunca olhei com desejo para Tobias. Lhe contei toda a história. A mesma que lhe contei ontem Munique. No começo, me pareceu convencê-lo, mas passaram-se os dias, ele começou à me evitar. Estava claro pra mim que ele duvidava de mim. Se você soubesse como suas dúvidas, seus olhares reprovadores, seus comportamentos frios me feriam, me consumiam dia e noite...
(Munique)- A senhora deveria ter contando à mim e a Hannah. Somos mulheres e entenderíamos.
(Elzia)- Você eu sabia que entenderia. Me desculpe filha, mas o medo de perder a confiança de vocês duas me apavorava.
(Munique)- Um dia isso acaba. O medo dá lugar ao desespero e a confissão de um coração bom vem. A senhora sabe quem é. Não precisa mais remoer esse passado nebuloso. Eu sei que o pai era um homem rígido e intolerante. Mas acabou! Vem aqui.
Nesse momento as duas se abraçam como no dia anterior. Selando assim a confiança, o amor e o cuidado que sempre tiveram uma com a outra. Lágrimas e mais lágrimas. Goles de chá e café e então, Elzia termina de contar que seu marido não conseguiu matar Tobias. E que desde então, passou à se proteger com esse revólver e suas balas de prata. Elzia ainda contou que depois da morte de seu esposo resolveu manter tanto o revólver como as munições por proteção às filhas.
(Elzia)- Filha, está tudo certo então. O resto é lá em Bucarest com seu tio. Ele vai te deixar informada sobre o combate... sobre tudo.
Neste momento de tantas surpresas pela manhã, Luca bate à porta e interrompe a conversa. Elzia o recebe com muita alegria e o mantém informado de tudo.
(Elzia)- Bom, é tempo de vocês partirem. Quanto mais cedo em sair, vocês chegarão no final da tarde no segundo vilarejo. Vamos, se apressem.
E, então, depois de um forte abraço com sua mãe, Munique e Luca caminham rumo ao que para eles é o desconhecido. Apenas um mapa das regiões de Bucarest os levava vilarejos após vilarejos. Ao chegar na saída de villages of the hills, Munique bradou em alta voz com pulmões à todo vapor
(Munique)- Amo meu povo.!!! Vou ser voz e arma do meu povo!!! Viva Romênia!!! Sonhe liberdade!!!
Luca e Munique começam à sentir o frio dos ventos que anunciavam a grande chuva que logo, logo cairia. Vinte minutos depois da saída do vilarejo, a chuva forte começou a golpear os rostos de ambos, forçando-os à uma parada debaixo de uma velha e grande árvore cujas folhas conseguiam mantê-los um pouco secos. Ali, Luca soube de toda a história. Munique achou propicio o momento para revelar o perigo que viria pela frente.
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A lenda de Bucaresle (em revisão - volta em 2020)
FantasyMunique está pronta para a jornada por Bucaresle... lugar de muitas neblinas e clima invernal, onde a noite chega às cinco da tarde e o povo vive na pobreza e refém dos opressores. Decidida à lutar contra os opressores dessa pequena cidade medieva...