Já se passaram alguns dias e ainda não me acostumei com isso.
Tudo por aqui é muito novo e ao mesmo tempo muito antigo, é como se o passado e o presente andassem de mãos dadas por aí.
Sem contar com as estranhas experiências que tive, como: deixar de ser filho único e morar numa casa repleta de irmãos e irmãs, isso em menos de uma hora.
Ou talvez, descobrir que crianças se preparam dia e noite para combater monstros mitológicos só para sobreviver mais alguns anos, meses, ou apenas alguns poucos dias.
Descobrir, também, que essas crianças são filhas de deuses e deusas da Grécia antiga ou quem sabe, descobrir que também sou uma dessas crianças e minha mãe, a quem tinha por morta, estava vivendo no Monte Olimpo como uma dessas divindades.
Para falar a verdade, acho que o pior de tudo foi descobrir que se eu errar uma vez que seja numa missão, as chances de sair vivo são mínimas. Isso porque, no melhor dos casos, eu sou o único que morre.
Infelizmente, o meu não é o melhor dos casos e as chances de errar são muito grandes.
Pode até parecer muita pressão para uma criança de treze anos, mas não é nada incomum na vida de um semideus.
Na vida de um meio sangue.