Há dois anos, uma noite de inverno, final de novembro, passava o final de semana na França, mas precisamente em Paris.
Vim para poder recebe um prêmio literário, pelo meu último livro "Primavera do amor" um romance que se passa na Roma. Eles escolheram Paris para a entrega do prêmio , por ser considerada a cidade do amor , e o prêmio julgava o melhor romance do ano.
Eu , uma pessoa que não acreditava no amor, que não via beleza nessas palavras, ou significado nesse sentimento, sou um romancista premiado. Que irônico, não?Essa noite, estava eu a observa a torre Eiffel, um símbolo romântico para todos, e eu só conseguia ver falo de 300 metros, que para os simbologistas retratava p machismo dos franceses, (eu me interessava um pouco por simbologia).
Pensava olhando aquela imensa torre, no amor, no que as pessoas pensariam ao descobri que não acredito no que é escrito por mim, ou empregado como belo.
Pra mim o amor era uma ação e reação , como na física , ou como tudo na vida.
"Preciso voltar pro hotel logo " pensei olhando o relógio , "Já é tarde" .