Capitulo 3 - O convite

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Depois do jantar com meu pai, ele foi para restaurante, e eu aproveitei pra ligar para Sandy, conversei com ela por quase 3 horas. Sentia falta dela e de suas maluquices.

Resolvi não contar sobre Mike, até por que não havia muita coisa pra falar, desde que Sandy e eu somos amigas nunca tive nenhum interesse por algum garoto, não que Mike fosse um garoto. Ele estava longe disso. Eu é que não estava preparada para falar dele para minha melhor amiga.
Não era hora e muito menos o momento pra isso, nem eu mesma sabia quem ele era. Já ele, parecia saber muito sobre mim. Eu não sabia nem se ao menos iria vê-lo novamente.

Isso era frustrante

Quando encerrei a ligação, liguei para Marvi logo na sequência, eu conhecia Sandy bem o suficiente para saber que ela iria contar pra Marvi que eu havia ligado.
Marvi provavelmente faria um drama sem fim e dramas era tudo que eu estava evitando ultimamente. Essa era a parte ruim de sermos um trio. Sempre rolava esses ciuminhos. Adormeci antes do meu pai chegar em casa, pra variar depois de muito pensar no magnata bonitão.
Meu domingo foi bem tranquilo, fiquei a manhã no quarto, fiz alguns trabalhos escolares, ouvi música e pensei mais um pouco no magnata. Ele não saia da minha cabeça confusa. De tardezinha meu pai seguiu pro seu trabalho.

Domingo é sempre um bom dia pra se abrir um restaurante.

Pensei em ir com ele, ajudar e colaborar, quem sabe até provar a ótima culinária que eu sei que o restaurante oferece, mas acabei por preferi ficar em casa, não ajudei muito da última vez. Tomei um banho, coloquei uma calça de moletom cinza e larga, uma regata branca, fiz um rabo de cavalo bem no alto e coloquei minhas pantufas ridículas do Bob esponja, mas eram macias e confortáveis. E eu sou uma pessoa que sempre opto pelo conforto. Fiz pipoca de microondas, com chocolate quente.

Meus favoritos

Me deitei no sofá de baixo das cobertas, estava um domingo frio, meio chuvoso, coloquei o primeiro filme que achei jogado na estante.
300. Gosto de ação, apesar de preferir sempre romance, não que eu seja uma romancista incurável, longe disso, mas gosto de histórias de amor. Acho fascinante a forma que elas transformam tudo em correto. Não importa o quão errado duas pessoas possam ser ou estar, se elas se amam, parece justo que fiquem juntos e que sejam felizes. Romeu e Julieta sempre me chamou a atenção exatamente por isso, por mais que eles tenham morrido tragicamente, tudo me leva a crer que finalmente estavam juntos e felizes.

Enquanto mastigava minha pipoca eu via rios de sangue se espalhar pra todo lado na tevê, era um filme sangrento, mas tinha lá sua honra. Fui tirada de minha sessão filme sangrento com a campainha que tocou.

Quem poderia ser?

Levantei do sofá e caminhei até a porta. Quando a abri, paralisei sem reação.
Lá estava ele, alto, forte e imponente. O homem que vem atormentando meus pensamentos e meus sonhos.

Mike Sanches.

Ele estava absurdamente lindo, com uma calça jeans escura, uma camisa branca de malha lisa que ostentava o pequeno logotipo de uma marca ao lado esquerdo. Pude sentir seu perfume invadir minhas narinas. Era um cheiro amadeirado com uma fragrância de gel de barbear que quando se misturavam chegava a ser delirante de tão bom. Era um cheiro de homem. Um cheiro delicioso. Ele me olhou de cima em baixo.

-Belas pantufas senhorita Maia. - Me senti ridícula. Minhas bochechas pegaram fogo. Abaixei a cabeça envergonhada.

- O que esta fazendo aqui? - Mesmo Totalmente envergonhada o encarei. Eu desejava que ele não pudesse ver o quanto eu estava desconsertada.

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