Hugo
Acordei com uma dor de cabeça insana, olhei em volta e não reconheci onde eu estava, olhei para o meu lado na cama e havia uma garota ali comigo, minha cabeça deu uma pontada latejante, encarei a garota e percebi que a conhecia de algum lugar, mas não conseguia me recordar de onde, e essa dor de cabeça que me incomodava não me deixava pensar direito, a garota ao meu lado se mexeu mais um pouco e então percebi quem era, e a merda que eu fiz, ela não, ela não, merda.
Comecei a me lembrar da noite anterior.
Iria ter uma festa na casa de um de nossos colegas de curso, Mathew de ultima hora decidiu não ir, e Fernando teria um jantar em família e também não poderia ir, por fim eu decidi ir sozinho.
A festa não estava tão agitada assim, para falar a verdade, estava parada até demais
Já estava decidindo ir embora quando pararam na minha frente
- Foi largado sozinho hoje também?
- Oi, é fui deixado de lado hoje, essa festa tá super parada também, eles quem ganharam em não vir
- Realmente está bem chato por aqui, eu vou para a praia, tem um barzinho lá perto, pego uma bebida e fico curtindo a maresia a noite, quer ir comigo? isso aqui vai acabar cedo, o pessoal já está até indo embora
- Não é perigoso a gente ficar sozinho na praia, com celular, carteira, e bêbados?
- Se eu que sou mulher nunca sofri nada, acredito que na sua companhia eu realmente não vá ser perseguida por algum pervertido
- Tá mas e bandidos?
- Se quiser a gente pode passar na minha casa que é pertinho daqui e deixamos nossos celulares, carteira e levamos apenas uma quantia de dinheiro e identidade
- Bom, dessa forma, tudo bem, não estou muito afim de voltar para casa e aguentar a minha família em clima de sono
- Como assim clima de sono?
- Bom, meus pais tem costume em dormir cedo, com isso qualquer coisinha que iremos fazer tem que ser com o mínimo de barulho possível, minha mãe parece ouvir uma pena caindo no chão, e ai ela começa a dizer que não é hora de estar acordado e bla bla bla, você não tem noção de como foi um porre para começar a sair para festas, ela simplesmente me ligava de cinco em cinco minutos, depois de um tempo ela entendeu que eu era assim, e que sou jovem, mas quando estamos em casa, e eles vão dormir, é um silencio absoluto, tanto que Mathew e eu usamos fones conectados por bluetooth na tv para podermos assistir sem incomodar
- Credo, tenso, ainda bem que meus pais mal ficam em casa, mas e quando você leva alguma garota para sua casa?
- E quem disse que levo? nenhuma garota dormiu na minha casa, nunca
- Uau... Mas e ai, vamos?
- Vamos
Deixamos as coisas na casa dela e fomos para a praia, me lembro de comprarmos duas garrafas de bebida, sentarmos na areia da praia e depois disso, só lembro de alguns borrões
Mas que merda havíamos feito, levantei levemente o edredom e estava nu, não só eu, mas ela também
Tentei me levantar para procurar minhas roupas e minhas coisas e sair sem acorda-la, depois conversaríamos sobre, mas agora, não sabia como, porém infelizmente quando me mexi, ela acordou
- Bom dia - Bocejou, não demorou muito para processar o que estava acontecendo quando agarrou o edredom em volta do corpo - O que você está fazendo aqui? Quer dizer, nós dois? Ah merda!
- Eu... eu... - Eu literalmente não sabia o que dizer
- PAMELA VOCÊ ESTÁ EM CASA FILHA? - Uma voz feminina a chamou
- Você tem que ir embora - Me olhou com os olhos arregalados - SIM MÃE, JÁ VOU DESCER - Gritou de volta
- È melhor eu ir... - Tentei falar mais alguma coisa porém não saia nada - Depois a gente se fala
Caminhei em direção a porta quando ela levantou em um pulo da cama
- Está maluco? se sair por essa porta estaremos condenados, meus pais vão nos comer vivos - falou baixo
- Melhor você se vestir, eu vou sair pela janela
Percebendo então que ainda estava sem suas roupas puxou o roupão que estava pendurado ao lado da porta e se cobriu
- Hugo nós dois certamente tivemos um contato mais.. sexual, será que usamos preservativos?
- Eu não sei, estou tentando me lembrar de qualquer coisa que seja, mas de toda forma, te dou dinheiro e você compra a pílula
- Eu tomo anticoncepcional, se eu tomar a pílula uma corta o efeito da outra, eu não sei muito bem, eu vou passar com a minha ginecologista pra saber, mas... - Bateram na porta
- Filha, posso entrar?
- Vai, Vai logo - Abriu a janela para mim e eu sai escondido
Minha cabeça estava a mil, vi um taxi próximo e entrei, passei o endereço e voltei para casa, quando entrei Mathew deu um pulo do sofá
- Onde você estava? A mãe perguntou de você inúmeras vezes, tive que pegar a chave do seu quarto e trancar por fora, falei pra ela que você chegou tarde e estava dormindo
- Vamos subir que eu te conto
subimos e entramos no meu quarto então comecei a contar a historia pra ele.
- Caralho, você é louco, e se ela engravidar
- Ela disse que toma remédio e que vai falar com a médica dela, falei para ela que compraria a pílula mas ela disse que cortaria o efeito do anticoncepcional
- Namoral, quero ver como vai estar o clima quando a gente se esbarrar por aí
- Normal, eu acho que nenhum dos dois vai querer tocar neste assunto
- Como se ela não fosse contar para as amigas
- Isso já não é comigo, enfim, vou dormir um pouco e qualquer coisa, já sabe, me cobre aí
- Como sempre né
Ele saiu do meu quarto em completa negação sobre o ocorrido, rindo da minha cara, eu tranquei a porta e entrei para o banheiro e tomei um banho gelado, sai do banho vesti apenas uma boxer e cai na cama, dormi rapido.
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Um Amor De Infância (EM REVISÃO)
JugendliteraturQuando o destino te olha, não tem para onde fugir... Laís e Fernando, cada um com sua vida, cada um em um país. Os dois amigos de infância que sequer pensam na hipótese de se reencontrarem, mesmo tendo mães tão decididas a encher a cabeça deles de...