Capítulo 09

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Hugo

Acordei com uma dor de cabeça insana, olhei em volta e não reconheci onde eu estava,  olhei para o meu lado na cama e havia uma garota ali comigo, minha cabeça deu uma pontada latejante, encarei a garota e percebi que a conhecia de algum lugar, mas não conseguia me recordar de onde, e essa dor de cabeça que me incomodava não me deixava pensar direito, a garota ao meu lado se mexeu mais um pouco e então percebi quem era, e a merda que eu fiz, ela não, ela não, merda.

Comecei a me lembrar da noite anterior.

Iria ter uma festa na casa de um de nossos colegas de curso, Mathew de ultima hora decidiu não ir, e Fernando teria um jantar em família e também não poderia ir, por fim eu decidi ir sozinho.

A festa não estava tão agitada assim, para falar a verdade, estava parada até demais 

Já estava decidindo ir embora quando pararam na minha frente 

- Foi largado sozinho hoje também?

- Oi, é fui deixado de lado hoje, essa festa tá super parada também, eles quem ganharam em não vir 

- Realmente está bem chato por aqui, eu vou para a praia, tem um barzinho lá perto, pego uma bebida e fico curtindo a maresia a noite, quer ir comigo? isso aqui vai acabar cedo, o pessoal já está até indo embora 

- Não é perigoso a gente ficar sozinho na praia, com celular, carteira, e bêbados?

- Se eu que sou mulher nunca sofri nada, acredito que na sua companhia eu realmente não vá ser perseguida por algum pervertido 

- Tá mas e bandidos? 

- Se quiser a gente pode passar na minha casa que é pertinho daqui e deixamos nossos celulares, carteira e levamos apenas uma quantia de dinheiro e identidade 

- Bom, dessa forma, tudo bem, não estou muito afim de voltar para casa e aguentar a minha família em clima de sono 

- Como assim clima de sono? 

- Bom, meus pais tem costume em dormir cedo, com isso qualquer coisinha que iremos fazer tem que ser com o mínimo de barulho possível, minha mãe parece ouvir uma pena caindo no chão, e ai ela começa a dizer que não é hora de estar acordado e bla bla bla, você não tem noção de como foi um porre para começar a sair para festas, ela simplesmente me ligava de cinco em cinco minutos, depois de um tempo ela entendeu que eu era assim, e que sou jovem, mas quando estamos em casa, e eles vão dormir, é um silencio absoluto, tanto que Mathew e eu usamos fones conectados por bluetooth na tv para podermos assistir sem incomodar

- Credo, tenso, ainda bem que meus pais mal ficam em casa, mas e quando você leva alguma garota para sua casa? 

- E quem disse que levo? nenhuma garota dormiu na minha casa, nunca 

- Uau... Mas e ai, vamos? 

- Vamos 

Deixamos as coisas na casa dela e fomos para a praia, me lembro de comprarmos duas garrafas de bebida, sentarmos na areia da praia e depois disso, só lembro de alguns borrões

Mas que merda havíamos feito, levantei levemente o edredom e estava nu, não só eu, mas ela também

Tentei me levantar para procurar minhas roupas e minhas coisas e sair sem acorda-la, depois conversaríamos sobre, mas agora, não sabia como, porém infelizmente quando me mexi, ela acordou 

- Bom dia - Bocejou, não demorou muito para processar o que estava acontecendo quando agarrou o edredom em volta do corpo - O que você está fazendo aqui? Quer dizer, nós dois? Ah merda!

- Eu... eu... - Eu literalmente não sabia o que dizer

- PAMELA VOCÊ ESTÁ EM CASA FILHA? - Uma voz feminina a chamou 

- Você tem que ir embora - Me olhou com os olhos arregalados - SIM MÃE, JÁ VOU DESCER - Gritou de volta  

- È melhor eu ir... - Tentei falar mais alguma coisa porém não saia nada - Depois a gente se fala 

Caminhei em direção a porta quando ela levantou em um pulo da cama

- Está maluco? se sair por essa porta estaremos condenados, meus pais vão nos comer vivos - falou baixo

- Melhor você se vestir, eu vou sair pela janela 

Percebendo então que ainda estava sem suas roupas puxou o roupão que estava pendurado ao lado da porta e se cobriu 

- Hugo nós dois certamente tivemos um contato mais.. sexual, será que usamos preservativos? 

- Eu não sei, estou tentando me lembrar de qualquer coisa que seja, mas de toda forma, te dou dinheiro e você compra a pílula

- Eu tomo anticoncepcional, se eu tomar a pílula uma corta o efeito da outra, eu não sei muito bem, eu vou passar com a minha ginecologista pra saber, mas... - Bateram na porta

  - Filha, posso entrar? 

- Vai, Vai logo - Abriu a janela para mim e eu sai escondido 

Minha cabeça estava a mil, vi um taxi próximo e entrei, passei o endereço e voltei para casa, quando entrei Mathew deu um pulo do sofá

- Onde você estava? A mãe perguntou de você inúmeras vezes, tive que pegar a chave do seu quarto e trancar por fora, falei pra ela que você chegou tarde e estava dormindo

- Vamos subir que eu te conto 

subimos e entramos no meu quarto então comecei a contar a historia pra ele.

- Caralho, você é louco, e se ela engravidar

- Ela disse que toma remédio e que vai falar com a médica dela, falei para ela que compraria a pílula mas ela disse que cortaria o efeito do anticoncepcional 

- Namoral, quero ver como vai estar o clima quando a gente se esbarrar por aí

- Normal, eu acho que nenhum dos dois vai querer tocar neste assunto

- Como se ela não fosse contar para as amigas 

- Isso já não é comigo, enfim, vou dormir um pouco e qualquer coisa, já sabe, me cobre aí

- Como sempre né

Ele saiu do meu quarto em completa negação sobre o ocorrido, rindo da minha cara, eu tranquei a porta e entrei para o banheiro e tomei um banho gelado,  sai do banho vesti apenas uma boxer e cai na cama, dormi rapido. 

Um Amor De Infância (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora