Insensato

Numa noite dessas

Caçando sentindo em mim
Caçando sentido em meus atos
Vivendo uma noite por vez
Vivendo um passo de cada vez
Fecho os olhos e parece passar uma eternidade no mundo em que apenas eu não existo, mas que apenas eu importo
Até respirar é egoísmo, por isso não me demoro

enquanto todos dormem
Me torno um estranho pra mim mesmo
Fechando os olhos, preparando para calar todas as vozes em minha cabeça ou todas que não forém convenientes

Então me deixo ser quem a anos em segredo sou
Caçando a morte
Ou qualquer coisa que me faça se sentir mais vivo

Adrenalina me levando ao céu ou
Quem sabe ao inferno
Numa noite dessas qualquer eu ainda vou encontra-la

Não temo a noite e nem o escuro
Estes me agradam
Não temo o fogo e nem seus perigos
O calor me conforta
Não temo a solidão, nem o poder, nem o amor e nem o ódio
Não temo mentiras, mas talvez tema a verdade
Mentiras podemos criar, moldar, manipular, as tornamos convenientes
Mas Verdades são incontestáveis
As aceito por mais duras que sejam
É o destino incerto que tanto procuro
É o meu aceitar a morte de braços abertos, olhando de frente pra ela
A verdade é a morte que tanto procurei
É a morte das minhas incertezas
Ou talvez apenas o achar de algumas verdades pessoais
Que para bem ou para mal são minhas e apenas minhas
Numa noite desssas
Ainda encontro o meu EU perdido