Unbreakable [Z.M]

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|Maya

Dizem que nada caí do céu, e mesmo assim as pessoas crêem nessa metáfora.

Pessoas são muito inocentes, acreditam em tudo...ou quase tudo. Mais o que importa — ou nem tanto assim — é, que eu fui uma dessas pessoas.

Sometime before

“– Sinto como se eu não fosse o suficiente. Como se eu fosse uma taça de cristal, extremamente frágil, que qualquer palavra fora do contexto já me quebra.” – Suspirei brincando com os dedos [...]

Passava as paginas do meu caderno de esboços enquanto deixava longos goles em meu café — um vício podem se dizer — Estava sentada ao lado da janela, um pouco distante das outras mesas do chalé, os floquinhos de neve presentes no vidro me distraíram e por um momento não notei a chegada de um garoto na cafeteria, bom, não até o sininho da porta soar em meus ouvidos.

Deveria relevar o fato que dentre todas as mesas do local o moreno escolheu justo a minha? — os fios de cabelo muito bem aparados caindo sobre o rosto, os olhos brilhando em um tom amendoado a luz da lâmpada, o ornamento do preto com sua pele não muito morena. Um moreno que chama-me muita atenção — Se sentou ao meu lado pousando um respectivo iPhone 5s em cima da mesa. A perfeita forma como seus lábios se movem ao pedir um frapuccino cujo no copo tem em letra desenhada um Mr. Malik é tentadora.

“— Muita falta de educação encarar as pessoas...” — Sua voz era grave quase como a de um cantor renascentista.

Dou-me conta de que estou a encarar desde o momento em que pisou nessa cafeteria, mesmo ainda querendo saber o por que de se sentar na mesma mesa que eu sendo que o estabelecimento está aos ventos — e sua beleza ser extremamente conveniente — dou-lhe uma resposta a minha altura.

“— Se sentar na mesa dos outros sem ser convidado também... ” — Rebato ouvindo seu riso abafado pela xícara.

“— Me chamou a atenção, por isso me sentei aqui.” — Arqueio um cenho me inclinando um pouco para o lado levando minha atenção para o moreno de topete. “— Seu caderno. Você desenha bem!” — Proceguiu desviando seu olhar para meus esboços.

Me mantenho em silêncio apenas prosseguindo com o que de início seria um pássaro porém com traços errados se transformou em uma boca, muito parecida com a do garoto ao meu lado.

“— Faça assim...” — Pegou o lápis ao lado e puxou o caderno para si corrigindo os traços e sombreando o desenho. “— Fica mais interessante e menos ridículo.” —Reviro os olhos e deixo um gole no meu café.

Por mais um espaço mínimo de tempo puxou outro assunto me fazendo deixar o lápis de lado e empilhar o caderno em cima do livro deixando-os organizados em cima da mesa.

“— Ms. Heatklyn? Nome francês, rosto de americana e sotaque russo, afinal, você é o quê? ”

“— Errou, meu sotaque é alemão. E se quer mesmo saber sou daqui mesmo, nasci em Nova Yorke desde hoje estou bom...aqui, mais não sei por que quer tanto falar comigo!” — Recolho minhas coisas e deixo cinco dólares ao lado do copo vazio, me levanto e antes de sair pela porta, dou uma última olhada para o moreno. “— A propósito, me chamo Maya!”

—//—

Hellou mi amigos!

Esse foi o primeiro capítulo, (estou tentando fazer capítulos menores) gostaram? Comentem por partes isso me incentiva.

Xoxo,
Gabs