Trapped

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                                                                                   INTRODUÇÃO

Eram 4 da manhã quando acordei. Sentia-me pesada, cansada, de uma certa maneira sentia que era obrigada a viver. Decidi ir até à praia, já que não ia voltar a adormecer. O verão tinha começado e o tempo estava agradável à beira mar, mas apesar de tudo continuava a sentir me apertada por dentro, como se estivesse prestes a rebentar de sentimentos impossíveis de descrever.

        Não queria saber, ninguém queria saber, a minha mãe não queriam saber. Não conseguia parar de pensar nele, na sua voz, no seu sorriso, nos seus olhos azuis, nos seus dentes tortos, que eu achava irresistivelmente fofo, no seu cabelo loiro despenteado, nas suas mãos sempre quentes, enquanto as minhas permaneciam frias, adorava a maneira como falava….Adorava tudo o que tínhamos passado….Não conseguia para de pensar na maneira como ele me tinha agarrado naquela noite, no colar….

Como é que nos separámos, como é que de repente nos sentimos protegidos e amados e depois tudo acaba como se não significasse nada, como se não tivesse acontecido. Continuava a sentir-me apertada, não sabia o que fazer…O mar está bravo, parece que sabe como me estou a sentir, o sol deve nascer daqui a uma hora, e só consigo pensar: onde é que ele está?

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