Capítulo 16

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Voltei para o hospital e já era 17:00 (Cinco da tarde), já entrei e fui direto na recepção,tinha duas mulheres no telefone que nem me deram atenção,fiquei esperando mais um pouco e elas na mesma,não mexiam um dedo.

-Ouu,da pra vim aqui ou você prefere que eu vá ai te buscar querida. -Digo alto e uma delas faz cara de poucos amigos,a outra vem até mim.

-O que deseja?

-Cadê o paciente do quarto 110?

- Já foi. -Ela disse, fazendo pouco caso.

-Olha aqui sua filhote de crus credo,eu quero saber dele agora,direitinho ta me ouvindo? Meu pai é policial é pra mim denúnciar isso aqui é rapidinho, então vai logo antes que leve um coro por aqui mesmo. -Grito,apontando o dedo em sua cara,e chamando atenção.

-Calma senh...

-Calma o cassete,vai logo!

Ela fez cara feia e saiu,respirei fundo e olhei o relógio ao lado,sem nem prestar atenção nas horas,a outra mulher estava me encarando.

-Que foi? Tem nada o que fazer não? Cuidado para não sumir mais gente... -Falo seria e ela fica calada, voltando a mecher no computador.

Depois de longos minutos a coisa aparace,com uma cara preocupada.

-Desculpe... Ele não está mais aqui. -Ela disse e eu passei pela mesma a esbarrando.

Fui andando em passos rápidos até o quarto 110 e lágrimas já desciam de raiva,de preocupação,de tudo.

Entrei no quarto,vasculhei e realmente não tinha nada lá.

Sai de lá o mais rápido que pude e peguei um taxi que por sorte já estava parado logo a frente. Entrei nele e falei o endereço ao motorista... O percurso todo fui olhando as ruas pela janela mesmo sem prestar atenção.

Comecei a lembrar do Diego,onde ele poderia estar? Na casa dele? Mas a mãe dele nem foi ao hospital, provavelmente nem sabe o que aconteceu com o filho.

Chegamos ao destino,minha casa. Paguei o motorista e entrei em casa,minha mãe não estava e o Gabriel agora só vive na casa da Letícia...

Subi pro meu quarto e joguei a bolsa e as chaves por qualquer canto,tomei um banho rápido e coloquei um pijama de seda.

Fiz um coque mal feito e me joguei na cama,peguei o celular e disquei o numero dele,mesmo sabendo que pudesse não estar com ele...

"O número que você ligou,não recebe chamadas ou não existe."

Isso se repetia a cada vez mais que eu insistia,e eu cansei. Liguei para a irmã do Diego,que já estava gravado no meu celular por um dia ele ter ligado pra ela,pedindo não sei o que.

Chamou,chamou e ninguém atendeu.

Resolvi ligar de novo e no terceiro toque uma voz feminina disse:

-Alô.

-Oi,aqui é a Beatriz.

-Não conheço. -Ela diz com tédio.

-Sou amiga do Diego. -Digo e ela se cala por longos segundos.

-Ele está aí?

-Meu irmão morreu. -Ela diz seca.

-Oi? -Lágrimas já descem desesperadamente.

-Isso mesmo,o Diego morreu, agora da licença.

-Não calma,não desliga por favor...como ele morreu quando?

-Morreu morrendo né garota, o coração para os olhos se fecham. -Ela fala debochando e eu respiro fundo.

- Cê tá brincando né? -Pergunto e ela desliga.

Eu já estava me tremendo mais que vara verde,mas me controlei e liguei agora para sua mãe. Sim, eu tenho o número dela salvo também.

- Alô.

-Boa noite. Sou a Beatriz,amiga do Diego.

-Não quero falar do meu filho por favor...

-Calma,me explica isso direito,por favor.

-Boa noite. -Ela diz e desliga.

Ligo de novo, e de novo mas ninguém atende,e finalmente dessisto.

Meus olhos já estavam vermelhos e ardendo por conta do meu choro descontrolado,e eu já estava com bastante sono.

Me cubro e ligo o ar. Amanhã é um novo dia,e novas coisas vão acontecer,só espero que eu receba mais notícias dele,e que essa morte seja apenas uma brincadeira sem graça.

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