Capítulo 39

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Estávamos todos com a maior cara de bosta do mundo, esperando a boa vontade do Théo para podermos ir fazer as gincanas.

- Vem cá, eu não tenho todo tempo do mundo não. - Uma garota Morena disse revirando os olhos e se ajeitando no "braço" do sofá.

Eu estava cantando Lerigou baixinho no colo do Diego que estava sentado no sofá, a Sara estava ao nosso lado direito segurando a cabeça com as mãos, e o Ed estava ao lado dela mechendo no celular.

- To com sono. -Diego disse.

- Não dormiu por que?

- Passei a noite com uma loirinha no quarto. -Ele brincou sorrindo e eu fechei a cara.

- Então, todos pronto turma? - O Théo disse finalmente descendo as escadas, ele que está passando as gincanas ou atividades, o avô dele só fica em um "escritório" dizendo o que ele tem que fazer, e fica com o grupo dos meninos.

O povo bufou e se levantaram com cara de tédio. Todos saímos da casa, e foram ambos para seus grupos.

- Então pessoal é o seguinte: Hoje é a nossa primeira Gincana e acho que a única - ele curvou a boca com certa dúvida - Será assim: Os dois grupos iram se disputar entre sí, o trajeto será o seguinte: Cada um de vocês passaram pela tirolesa, sendo que o grupo dos meninos irão por outro caminho, em cada ponto terá uma bandeira, serão 5 bandeiras no total. Uma na tirolesa, outra no Rio, outra nas árvores, e duas no fundo do rio ok? -Todos assentiram. - O grupo que ganhar vai dormir no quarto essa última noite, já o que perder, irá dormir em cabanas lá fora. -Ele sorriu de lado, e todos se entreolharam.

E então fomos nós, dividimos os grupos, e ja começamos a correr pela longa trilha em direção a tirolesa enquanto os meninos foram por outro caminho, mas claro que os mesmo tinham a mesma distância.

- Vamo gentee corre, na hora da academia pra aumentar essa bunda murcha de vocês, vocês ficam no maior pique, e aqui estão parecendo um monte de zumbi! - Exclamou Théo ja sem paciência.

- Bunda murcha é a tua! - Digo e ele ri.

- Olha que não é murcha não em. - A Sara diz com um riso safado, e eu já saco tudo

- Mas o quê? Agora que não corro mesmo. - A garota parou no meio do caminho de braços cruzados.

- Então morre! Capeta.- Digo rude, mas não irritada.

- Não tô pra drama hoje. - Diz a Sara, revirando os olhos.

- Eu nunca tô pra drama! - Digo, indo em direção a menina.

- Pode ir, você tá indo com suas pernas, não com as minhas. - A menina diz levantando uma sobrancelha, em tom desafiador.

- Não tá com as minhas pernas mas faz parte do mesmo grupo que eu! Se fosse pra arregar, ficava lá mesmo no ponto de partida. Não sei se você já cresceu sua mentalidade ou ainda é uma criança de cinco anos! - Digo em tom elevado. - É pegar ou largar, ninguém aqui tá de babá sua não.

A garota de imediato, se sentou no chão.

- Ótimo. Liga pra sua mãe e fala que você esqueceu a babá em casa. - Digo dando as costas. - Bora lá. - Digo me referindo ao grupo.

A menina desde então, ficou calada. Esticou as pernas no chão e apoiou suas costas na pedra logo atrás de si.

Imaginei que ela fosse logo em seguida atrás de nós, mas não, ela decidiu ficar lá.

Continuamos nosso trajeto, até encontrar a primeira bandeira.

- Olhaa, ali tem uma bandeira roxa! - Uma menina exclamou, apontando para a bandeira, e o Théo pegou a mesma.

- Primeira bandeira achada com sucesso, fiquem atentas meninas.

...

Já havíamos recolhido quatro bandeiras, eu achei a amarela por sorte, já a Sara não achou nenhuma, a última estava bem difícil de achar.

- Gente, a última está para o lado do rio, então, todas segurem na mão de Deus e se joguem! -Ele disse.

-Sapoha tem pique até pra entrar dentro da água nesse frio. - Digo com a boca curvada, realmente não estava com a mínima vontade de entrar na água, principalmente na do Rio que é mó gelo.

- Tenho pique pra esses bagui não. - Sara diz, também indignada.

- Miga, piranha tem pique pra tudo. Principalmente quando o assunto é água. - Digo brincando.

Ainda estávamos atravessando o Rio , que havia águas claras e correntesa moderada, quando uma menina, que se alegava chamar Fernanda no meio do percurso, disse:

- Essa piranha ai tem pique até pra respirar fora da água. - Disse rindo

Sara, parou de andar, respirou calmamente e se virou para a menina, logo atrás dela.

- Pega uma tesoura, finge essa intimidade que você tem comigo é papel e corta. Aproveita e corta sua língua. - Ela disse calma.

- O que devo fazer se você além de fazer papel de troxa, tem que fazer o de piranha também? - A menina diz.

- Será que piranha respira mesmo de baixo da água? - Sara diz se aproximando da menina.

- Não sei, faz o teste. - A menina desafiou.

Foi naquele exato momento em que vi minha amiga puxar a menina pelos cabelos com toda a força possível e a jogá-la para o fundo do rio.

Fiquei pasma com a reação de Sara! A menina se debatia, mas Sara não soltava. Seu olhar era frio diante à situação. Ela não media esforços algum. Sara parecia mesmo ter a intenção de matar a garota, pois a segurou abaixo da água por diversos segundos.

- Sara! Solta ela! - Gritei para que Sara parasse.

- Não, eu quero ver ela morrer nas minhas mãos. - Sara disse com o tom de voz totalmente frio.

- Ei, chega Sara! - Theo diz puxando seus braços, na intenção de fazer com ela soltasse a garota.

Foi ali então, que vi a garota respirar ofegantemente. Nem eu após um sexo violento com Diego estava tão ofegante quanto ela. ( Só que Diego não me afoga em águas e sim nos prazeres )

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