Prólogo

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Essa história contem linguajem inapropriada, cenas de violência e sexo. Não leia se for menor de 12 anos. Todo Começo de capítulo terá uma frase que eu achei legal, bonita ou inspiradora. 

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"Mas o Paraíso está trancado e enclausurado.... Precisamos fazer a jornada ao redor do mundo para ver se uma porta dos fundos talvez esteja aberta" -Heirich von Kleist 


Nicole abre seus olhos e dá um longo suspiro, hoje era o aniversário de morte de seus pais. Ela odiava profundamente esse dia, mas tinha aturar aquele monte de gente em sua casa dizendo o quão boas pessoas seus pais eram. Quase todos eles odiavam os pais de Nicole por serem os chefes, todas aquelas pessoas sendo falsas com ela por medo, ela odiava isso. 

O dia passou lentamente, cada segundo parecia demorar uma eternidade, mas ele tinha finalmente chegado ao fim. Nicole foi até o tumulo dos pais como sempre fazia, era a única parte do dia que ela se sentia em paz. 

- Fazem quase 10 anos e eu não consigo me acostumar com esse bando de falsos.- ela diz se encostando no túmulo a da mãe.- Tem horas que minha vontade é doar meu corpo em um culto satânico e esquecer tudo, mas não acho que isso seja um ideia sábia.

-Nem eu.-diz um cara se aproximando.

-Momento privado aqui, amigo.

-Eu preciso falar com você, Nicole.

-Como você sabe meu nome?!

-Meu nome é Elena. Eu sou um anjo do Senhor.

-Um anjo? E você espera que eu acredite nisso? Amigo, você é um homem, não se se percebeu. 

-Nicole, isso não é uma piada. Você é meu receptáculo, a forma real dos anjos não podem ser vistar por humanos ou seus olhos pegam fogo, isso foi um improviso de última hora, você é meu verdadeiro receptáculo, Nicole, está no seu sangue.

- Um receptáculo? Quer dizer que você quer... me possuir?

-Eu ia dizer, pegar seu corpo emprestado, mas isso também serve.

-Olha, eu estava brincando quando eu disse que ia doar meu corpo pra Lúcifer.

-Eu sei, você não poderia fazer isso, não é o receptáculo dele.

- Acho que você fumou demais.- Então o homem a frente de Nick fecha os olhos e quando os abre de volta eles se tornaram de castanho escuro para um azul intenso, trovejadas ecoam pelo cemitério e relâmpagos projetam a sombra de suas majestosas asas na parede da Cripta.

- Eu não tenho muito tempo, esse homem não pode suportar por muito tempo.

- Precisa da minha permissão?

-Anjos não são do mal, não podemos obriga-los a fazer a obra de Deus, seria contra as regras do livre-arbítrio.

- O que quer que eu faça?

- Diga sim, Nicole.

-Sim...? 

Uma rajada de luz atingiu os olhos de Nicole a impedindo de enxergar, então ela sentiu um enorme desconforto. Era isso, Nicole estava tinha sido possuída por um arcanjo muito poderoso que não planejava sair dela tão cedo. 

Elena veio a terra para encontrar Anna, uma fiel amiga que havia se rebelado no céu. Ela parou na porta de uma casa e onde Anna supostamente estava, quando um homem a agarrou por trás e a levou para a garagem.

-Ora, ora, ora, o que temos aqui?

- Não sabem quem eu sou, demônio?

-Um receptáculo... você vai nos ser muito útil, querida. Você e  sua amiguinha de cabelos vermelhos são preciosas demais para andarem soltas pelo mundo.

- Anna? - Elena olha para o lado e vê Anna desmaiada. Ela era humana agora.- Vá em frente, docinho, mate-nos.

-Ah, não, você entendeu errado, meu bem, o chefe quer vocês duas vivas.

- Imagino quão irritado ele ficaria se algo desse errado.

- Ele não é muito tolerante, mas é bem melhor do que aqueles ratos com asas.

- Cuidado com o que fala.- Elena pega a arma da mão do demônio e bate a mesma em seu rosto o fazendo cair. Em seguida, ela coloca a palma de sua mão sobre a cabeça do rapaz matando ambos. 

-Anna?- pergunta Elena dando leves tapas no rosto do anjo.

- Quem é você?- ela pegunta assustada.

- Aqui.-Elena tira o cordão do pescoço devolvendo a Graça de Anna.

-Elena! O que faz aqui?

-Eu fui mandada para te capturar.

-Eu não posso voltar, irmã, nunca.

- Eu sei, Anna. Por isso quero que corra o mais rápido possível até os Winchester.

-Os receptáculos?

-Eles a protegeram.- Anna se levanta e vai até a porta, mas para olhando para a amiga mais uma vez.

-Obrigada.- Ela diz com leve sorrido.

- Vá.

Ela sabia que isso havia sido desobediência e temia que seu destino talvez fosse o mesmo de Anna, mas ela estava cansada de assistir as coisas de cima, de receber ordens que não faziam sentido algum. Deus não estava mais dando as ordens e ela sabia. 

Elena retornou ao céu, mas sabia que não ficaria lá por muito tempo.

- Elena!- Diz Zacariah furioso.- Suas ordens foram claras! Seu dever era matar Anna.

-Eu jamais a mataria por querer ser livre, sabiam disso quando deram a tarefa a mim!

- Você tem noção do que acabou de fazer!?

- Sim, eu fiz a coisa certa.

- Será punida por isso!

- Mate-me, se esse é seu desejo.- Ela diz abrindo os braços.

- A morte seria uma punição pequena demais.- Zacariah pega sua lâmina e corta a garganta de Elena retirando sua graça. Depois o anjo coloca a mão em sua testa a curando a apagando todas suas memórias do Paraíso.- Você está expulsa do Paraíso, Elena.

- Que a justiça seja feita, um dia todos nós pagamos pelos nossos crimes e se o meu foi ser justa, então que minha punição caia sobre mim.- Ela diz amargamente.

Suas asas queimavam e ela sentia como se seu pulmão estivesse sendo cortado por uma faquinha sem ponta, era quase insuportável, mas ela não se arrependia de nada. Ela sabia que não havia feito nada de errado, não havia cometido um crime.



Memories from the PastOnde histórias criam vida. Descubra agora