12|Mommy

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Anteriormente em "College":

"A sério? Olha que bom porque enquanto tu tentavas não te apaixonar, eu já me tinha apaixonado à muito!" solto o ar preso dentro de mim.

"O quê?" ele pergunta surpreso.

Atualmente em "College":

"Sim Harry. Enquanto tu tentavas não te apaixonar e apenas me fazias sofrer eu já há muito que te amava, fui uma parva eu sei, uma idiota apaixonada que se deixou levar por todos os seus sentimentos. Mas olha aqui, Harry, eu não sou a mesma rapariga de dezasseis anos. Tenho dezoito a caminho dos dezanove, não sou mais uma miúdinha tal como tu também já não és um rapaz, tens dezanove a fazer vinta porra. Não entendes que tens de parar com eses jogos?" atiro tudo de uma vez faltando-me ar no final. Olho para ele esperando alguma reação mas tudo o que recebo é apenas o seu olhar sobre mim.

"Vai-te embora, Harry." digo depois de uns minutos de silêncio. Depois que solto a frase no ar, vejo Harry mexer-se até à porta. Ele coloca a mão na maçaneta, roda-a e vira-se para mim.

"Tens razão Caroline. Já não somos crianças." diz e vai embora.

Continuo com o meu olhar sobre a porta pela qual ele saiu. O que quis ele dizer com aquilo?
Suspiro e passo uma mão pelo cabelo. Olho em volta do dormitório procurando algo para fazer, mas não encontro nada de especial. Solto uma respiração pesada e uma ideia passa-me pela cabeça. Não é algo agradável, mas vou-me sentir bem ao fazê-lo. Agarro na minha mala e nas chaves do carro de Bonnie. Ela não se deve importar e se importar, foda-se. Saio do dormitório e corro até ao carro dela. Abro-o e sento-me no banco do condutor, ajusto o banco e coloco as chaves na ignição. Pouso a minha mala no banco de pendura e ligo o carro. Vejo como o tempo começa a ficar horrível e reviro os olhos com a ironia da situação.

"Lá porque vou ao cemitério não significa que tem de começar a chover." murmuro para mim mesma e continuo com o caminho até ao local desejado.

Passado alguns minutos vejo uma florista a meio do caminho e decido parar, saio do carro e entro dentro da loja, arrasto os meus pés pelo tapete e entro vendo as gardénias brancas que a minha mãe tanto amava. Peço à florista para que me faça um arranjo e ela lamenta quando lhe respondo à pergunta para quem são, sorrio e agradeço pelas flores pago e saio da loja, entro no carro e coloco as flores com cuidado no banco ao lado.
Algum tempo depois, estaciono perto dos portões daquele sítio e arrepio-me quando saio do carro por causa do frio.

"Devia ter trazido um casaco."

Penso comigo e meto um dos meus braços à volta do corpo depois de trancar o carro. Agarro as flores com força numa mão enquanto protego o meu corpo do frio com a outra. Mal ponho um pé dentro daquele sítio sinto uma sensação diferente. Estranho. Começo a andar até à campa da minha mãe, vou a passos pequenos e lentos.
Assim que chego à campa da mulher da minha vida, suspiro. A sua foto antiga faz-me sorrir. Ela não queria mesmo nada tirar aquela foto, estava tão irritada que discutiu com o fotografo, lembro-me de o meu pai agarra-la para que a mãe ficasse quieta enquanto eu estava sentada num banquinho ao lado do fotografo, quando lhe disse que a amava ela sossegou e sorriu-me o que me agradou pois o homem finalmente conseguiu lhe tirar a foto. Solto um pequeno riso com a lembrança e sinto as lágrimas nos meus olhos. Limpo-as antes que elas desçam e olho para o lado quando sinto uma presença perto de mim. Pelo canto do olho consigo ver uma criança, um rapazinho mais própriamente, ee tem o cabelo longo liso e castanho. Ele tem uns olhos castanhos também. Ele deve ter por volta de quatro anos. O que faz ele aqui?

 O que faz ele aqui?

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