Capítulo 31- O que essa garota está fazendo comigo?

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Brian's POV

- Não, sério. Me conta. -Alice disse após tomar mais um gole do seu Café. Ela era linda com aquele cabelo pegando as costas enquanto olhava para a janela que se encontrava ao lado de nossa mesa. - Brian, por favor. Já contei da minha vida pra você, da decepção que tive, da perda da minha irmã e a decepção recente com Peter. - Rimos encarando o copo em nossas mãos.

- Certo. - Disse e então continuei. - Quando eu era criança eu conheci uma garota, viramos verdadeiros melhores amigos no primeiro dia de aula dela no meu colégio, ela derramou tinha no uniforme e ficou super envergonhada, todas as crianças começaram a rir e não gostei então caminhei até ela e tirei meu casaco colocando nela, aos 10 anos meus pais viajavam para trabalho e eu ficava com ela e sua família, tudo fazíamos juntos. Aos 17 anos ela se apaixonou por um garoto e começaram a namorar então nos distanciamos por um logo tempo. Ela sofreu um acidente e perdeu a memória sendo assim me esquecendo também, esquecendo de tudo exatamente, ela só lembrava dos pais. Depois desse choque na minha vida, eu conheci uma garota, eu estava apenas tentando sobreviver eu acho minha vida não existia mais. Me apaixonei por ela e não demorando muito a gente começou a namorar, ela me levava para igreja dela me sentia a pessoa mais feliz do mundo quando ia,  principalmente quando estava com ela, até que um dia a convidei para ir jantar na minha casa meus pais a adoravam muito minha mãe principalmente, tratava ela como uma filha era lindo ver, nesse dia meu pai estava de plantão no hospital por ser cirurgião e então só íamos jantar nós três, após o jantar minha mãe sugeriu que fôssemos ao cinema como sempre fazíamos e então aceitamos.
No caminho para o cinema um carro perde o controle e colide com o nosso. Minha namorada e minha mãe morreram naquela noite. -Digo com os olhos marejados.- eu sobrevivi não sei nem como, sou a prova viva de que milagres existem. Atualmente, moro com meu Pai na Califórnia porque tenho avós e tios lá. Hoje tenho 22 e nunca mais me apaixonei por ninguém é meio complicado pra expressar mas estou aberto para que as coisas aconteçam é assim que funciona.

- Caramba Brian. - Ela me olha perplexa.- É-é bem difícil, eu sinto muito.

- Não quê isso, é passado.- Sorrio fraco. - Tá tudo bem.

Alice não sabe mas ela é quem é a garota de que estava falando, os pais dela entram em contato comigo sempre que podem, depois que fui pra Califórnia ficou difícil manter contato então assim que recebi a ligação da senhorita Fabray, vim passar uns dias pra cá, ela perdeu a memória mas ainda sente algumas coisas que a fazem lembrar e eu estou disposto pra fazer isso acontecer.

Quando meu amigo me mandou mensagem me chamando para a festa dela logo achei o nome familiar, depois quando conheci Tammy e a vi falar o nome e sobrenome de Alice, meu coração disparou foi como um botão que tivesse o poder de acelerar tudo dentro de mim. Quando a vi, eu tentei disfarçar o máximo possível, ela não mudou nada, sempre foi aquela menina que sabe o que fazer e ter uma forma bonita ao falar.

Peter é um idiota que não soube cuidar como devia e depois vai se lamentar quando ela encontrar a pessoa certa, encontrar alguém que a mereça como tem que ser.

- Hoje faz mais ou menos duas semanas que te conheci. Significa muito ter alguém que me entenda, um amigo irmão sabe.- Ela gesticula com as mãos e sorri.

- Amigo irmão? - Sorrio. - Tudo bem.

- É, eu gosto assim.

- Certo.

Rimos e nos encaramos por uns 3 segundos.

- Espero que possamos ser bons amigos. - Alice diz.

- Perdão não entendi, meu bem. Já não somos?

- Sim somos e muito obrigada por isso. Só que não quero que você vá embora como as outras pessoas, pessoas que juraram que estariam aqui. Encontrar pessoas assim como você é difícil. Há uma conexão entre a gente familiar é como se já fôssemos amigos em outra vida. - Após ela ter dito isso sorriu mais uma vez e não me importo nem um pouco de ficar eternamente aqui o vendo, ele é lindo exatamente igual a ela. - Você é exatamente um exemplo de um verdadeiro garoto, quero que continue assim. Não vai demorar muito pra achar alguém que o ame de verdade, você tem um respeito e humildade absurdo é lindo ver.

- Não faz isso, Não agradeça como se fosse um adeus, eu é quem espero que possamos ser bons amigos ou até mais que isso. -Dou uma pausa e solto uma risada.- e com essas palavras só me dá mais motivos. Sorrio e passo a mão no cabelo mas sem tirar o meu olhar à ela.

- Você é bobo.

- Sou, por esse sorriso.

Pago a conta e caminhamos de volta para a universidade, a cafeteria ficava perto. No caminho ela me contava que estava difícil a faculdade os conteúdos e tudo mais, pra ser franco, eu não me importaria de me mudar pra Harvard faço faculdade de Medicina na Califórnia mas estamos de férias e acho que se me mudasse pra cá até poderíamos tirar um dia e estudar juntos, seria melhor para a cabeça dela realmente é muita coisa, mesmo o meu curso não tendo nada a ver com o dela. Daqui até lá eu poderia ver isso direito e me mudar pra cá. Aqui com certeza tem, se não tiver eu me mudo para alguma que tenha o que eu realmente quero é estar perto dela, somente isso.

- Bom, eu adorei o passeio. Foi legal, espero por mais dias assim. -Ela diz se encostando no batente da porta virada para mim.

- Eu quero dizer o mesmo, Alice. - Encaro o chão sorrindo com as mãos no bolso.

O Abraço dela era inexplicável, é como se fosse uma anestesia que tivesse poder pra controlar tudo dentro de mim. Droga, Eu não posso me apaixonar por ela, vai estragar tudo.

- Espera, antes de você ir. -Alice disse enquanto eu já estava indo, então a vi entrar no seu dormitório e pegar algo, logo vi que era uma caneta. - Agora acho que é válido. - Disse ela após ter escrevido seu número em meu braço.

- Nossa, pensei que nunca ia conseguir isso. - Gargalhei. - Obrigada senhorita, não diga para sua mãe que irá receber mensagens de um estranho.

- Um estranho conhecido. -Ela sorri colocando uma mecha do cabelo pra trás da orelha.

- Um estranho conhecido.




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