Controle

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» LAUREN JAUREGUI - POV «

Algum tempo se passou desde a praia, e as coisas estavam cada vez melhores.

Quem dissesse há um tempo atrás que as Jaureguis e as Cabellos teriam algum tipo de amizade, eu diria que essa pessoa era completamente maluca, mas agora, qualquer notava que não existia Jauregui sem Cabello, e isso se aplicava também aos nossos pais. Parecia que as duas famílias eram agora uma única coisa, e a sensação era incrível.

As Cabellos traziam uma energia completamente diferente do que estávamos acostumadas. As coisas eram divertidas e leves de um jeito que nunca tínhamos conseguido levar. Na escola, a diferença entre nós ficava ainda mais clara. As Cabellos eram calorosas e simpáticas, e tinham o poder de conquistar qualquer pessoa ao redor delas, enquanto eu e minhas irmãs continuávamos com nosso ciclo de amigos limitado que basicamente só consistia em nós mesmas, e agora nas Cabellos. De qualquer forma, as coisas funcionavam bem para todas nós.

Minha relação com Camila também melhorou nesse meio tempo. Se antes as coisas estavam boas, agora estavam muito melhores, e até mesmo mais intensas.

Desde aquele momento na praia, demorou pouco tempo para eu perceber que, quando estávamos sozinhas, Camila armava algumas situações que pareciam ter o objetivo de me provocar. Nós nunca falamos sobre isso, claro, mas eu não precisava que ela admitisse para saber que ela estava jogando esse jogo, e eu comecei a jogar também. Apesar das provocações e dos flertes serem tão sutis que me deixavam na dúvida se aquilo era só um jogo ou algo a mais, existia uma tensão que nenhuma das duas era capaz de admitir em voz alta, e isso envolvia um autocontrole que eu não sabia que existia dentro de mim. Mesmo assim, nunca nada aconteceu entre nós duas, e Camila nunca deu a entender que queria. Existia um tipo de limite subentendido, que era a linha tênue entre a nossa amizade e esse joguinho maldito, e era isso que não deixava as coisas atrapalharem nossa amizade, que também tinha se tornado algo importante para nós duas.

Eu também estava sentindo falta da adrenalina de disputar um racha, e isso estava começando a me deixar inquieta. E desde que comecei a levar Camila para escola eu não conseguia nem passar dos 60km/h sem que ela reclamasse da velocidade.

Eu não tinha tido notícias de Adam durante todo esse tempo, o que era estranho já que ele nunca tinha passado tanto tempo sem uma corrida. Resolvi ligar pra ele quando pensei que ele pudesse ter se metido em alguma merda, mas ele só me disse que estava ocupado com algo e que logo eu saberia. A resposta dele era o suficiente pra mim. Eu confiava em Adam como um irmão mais velho, e apesar de ser frustrante não ter disputado, eu esperaria por ele.

Pelo menos, o tempo tinha passado tão rápido que agora faltavam poucos dias para as férias.

O anúncio das férias despertou em Dinah, Vero e Normani a vontade de fazer uma festa de encerramento das aulas, e do jeito que as coisas estavam indo, parecia que elas estavam organizando o Coachella. Claro que todas nós topamos, assim como Ally e Troy, mas eu estava começando a me arrepender com o tanto de trabalho que teríamos.

— Vamos chamar a escola toda, claro. — Vero disse sentada na cama de Lucy com uma prancheta na mão, igual a de Dinah e Normani, enquanto conversávamos sobre a organização da festa.

— Tem que ser a escola inteira? — Camila perguntou emburrada — Podemos deixar as fãs insuportáveis da Lauren de fora? Ninguém aguenta uma festa inteira com um bando de garotas se jogando nela por aí — completou cruzando os braços, me fazendo soltar uma gargalhada e levar um tapa forte no braço.

Ela estava realmente muito brava comigo, e eu sabia que tinha sido vacilo meu. Além de não ter passado o intervalo com ela, dando atenção para a novata da aula de literatura, eu também tinha esquecido nossa noite de filmes e acabei dormindo na casa da novata. Não era a primeira vez que isso acontecia, e por causa disso, Camila sempre fechava a cara quando eu estava com outra garota.

Minha relação com Camila quase me lembrava de como eram as coisas com Izzy. As duas eram gostosas e divertidas, apesar das coisas com Izzy terem tido alguns benefícios a mais que não existiam entre Camila e eu, e estava tudo bem. Eu continuava dormindo com outras garotas, e passava a maior parte do meu tempo com Camila, mesmo não parecendo o suficiente pra ela.

— Deixa Lauren faer isso — Dinah disse me trazendo de volta para a conversa. Eu nem sequer estava prestando atenção, enquanto elas dividiam as funções da festa, mesmo assim eu concordei sem saber com o que.

— Eu vou com ela. — Lucy se prontificou, e eu dei um sorriso pra ela que foi retribuído. — Mas como vamos fazer para os nossos pais saírem de casa?

— Taylor tem um plano. — Vero respondeu — Não se preocupe, linda.

O tom galanteador da minha irmã, fez Lucy revirar os olhos. A relação entre essas duas era algo divertido de acompanhar. Vero nem escondia mais que estava completamente caída por Lucy, e Lucy fingia não saber.

(...)

— Lo, você nem está assistindo o filme! — Camila exclamou emburrada, me cutucando com força.

Já era noite e estávamos no meu quarto assistindo filmes desde que a reunião da festa acabou. Eu tinha deixado a decisão dos filmes com Camila, já que ela continuava brava comigo, e isso pareceu amenizar as coisas.

— Desculpa, Camz. — pedi baixinho, me ajeitando entre Camila e a coberta — Estou com sono.

— Isso é culpa sua! — ela me acusou irritada, se desvencilhando de mim e sentado na cama — Ninguém mandou transar a noite inteira com alguém que você mal conhece!

— Ah não, Camz! Para de brigar comigo. — reclamei manhosa, agarrando sua cintura e a puxando de volta — Deita aqui comigo. — pedi ouvindo ela suspirar pesado e, sem protestar, deitar de novo no meu lado.

Agarrei pela cintura e apoiei minha cabeça na barriga dela, prendendo para que ela não escapasse de novo.

— Você não presta, Jauregui. — ela reclamou, passando a mão no meu cabelo num carinho gostoso.

— Eu sei. — respondi baixinho, aproveitando o momento.

Passei a mão por dentro da blusa dela, sentindo a pele quente e macia de Camila, e retribuí o carinho deslizando meus dedos pela cintura dela. O barulho da televisão começou a ficar distante cada vez que eu abusava um pouco mais no toque, subindo até sentir que estava perto demais do limite. O som dos suspiros satisfeitos de Camila ficaram mais nítidos, e o carinho no meu cabelo se tornaram apertões leves, enquanto seu peito começou a subir e descer mais descompassadamente.

De repente o quarto estava mais quente do que o normal.

Subi um pouco mais a blusa de Camila, deixando a barriga exposta e, sem me controlar, colei minha boca deixando algumas mordidas na região, o que fez Camila enterrar a mão no meu cabelo e me puxar involuntariamente para mais perto. Eu sabia que isso era ela me incentivando a continuar.

Abandonei a barriga e me arrisquei subindo aos poucos meu foco para o pescoço dela. Passei a ponta do nariz devagar, sentindo aquele cheiro que tinha se tornado o meu favorito, e senti Camila encravar a unha no meu braço cada vez que se arrepiava quando minha respiração batia no pescoço dela.

Aquilo era novo para nós duas. Talvez um pouco mais longe. Eu não queria parar, e Camila não parecia querer que eu fizesse, mesmo assim, quando senti que as coisas estavam perdendo o controle, me forcei a parar.

Isso exigiu muito de mim.

•••

N O T A S

OOOOOOPSSSSSSS!

Te amo Normani kordei, te amo ot5.
Jubilesca - @gloriosxs

Street RacerOnde histórias criam vida. Descubra agora