Hoje libero o meu adeus.

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Após tempos e tempos, paro hoje, agora e percebo que desde o início eu deveria ter fugido.. corrido o mais distante possível, de todos e dela. Ahhh, ela.. ah quem diga que toda a culpa seria dela, todinha. Ah quem diga que seja minha, das duas ou, dela. Por que meu coração foi bater dessa forma logo por ela? Tinha que ser ela? Caraca. Menina linda, porte de modelo, sorriso doce, sincero, olhar penetrante, marcante.. como não me apaixonar? Chegou toda, toda, conquistando e derrubando as barreiras de meu coração. Lutei, fiz o Anderson Silva, fiz o Mutante, e nada adiantou. Passei por cada barreira, ah, mas o sorriso dela sempre recompensava. Recompensava, pois hoje não recompensa mais. Acordei, me desliguei. Percebi que preservar alguém na sua vida só por estar, seria o maior erro possível. Ninguém merecer ter essa posição, e nem dar essa posição. Preciso de alguém que lute por mim, que invista e creia em mim. Não quero metades. Nunca gostei de frações na escola, muito menos gostarei na vida. Não quero partes, terços e pedaços. Quero sentimentos inteiros, pessoas inteiras. Que viva o amor recíproco! Amor que eu deveria ter, mas não tive, pois me fechei, e esperei por ela. Agora feliz digo, hoje posso ter o amor que mereço. O amor intenso, verdadeiro e apaixonado. Ah, e recíproco, meu amor preferido. Parei e entendi que para tudo há motivos, e que talvez as melhores coisas não sejam as que eu quero. Parei de me enganar, meu limite estourou. Há quem diga que hoje sorrio, danço e canto. Com ela não fui assim. Só espero que ela não deixe para me ligar depois. Qual o número dela mesmo? Desculpa, apaguei. Ela foi um furacão, um vulcão em erupção, e um tsumami, porém se afogou em si mesma. Fechei o modo "ela", liguei o modo mundo. Há quem diga que estou amarga. Que nada, sou doce. Doce de amor, e hoje vivo de outros amores.

junho/2016

Cartas Para VocêWhere stories live. Discover now