Capítulo 15

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Fui fazer a maquiagem, marquei bastante os olhos e a boca. Coloquei um vestidinho preto que era aberto nas laterais na cintura e um salto alto. Passei bastante perfume e deixei o cabelo solto. Saí pela porta com a Kim que foi na frente com o Ryan, Justin estava escorado na parede e logo sua atenção se voltou pra mim. Ele me olhou de cima a baixo, mordeu os lábios e passou a mão nos cabelos.
-Uau! Você tá muito linda!
-Obrigada, você também meu amor. E está muito cheiroso. Falei roçando o nariz no seu pescoço e percebi que ele estava com uma marca grande de chupão.
-Tem certeza que você quer ir? Por mim eu ficava aqui.
-Seu safado! Nós vamos sim. Falei o beijando e puxando seu lábio inferior.
Tranquei a porta e guardei a chave na bolsa de mão, saí na frente.
-Esse vestido não tá curto demais?
-Não, tá do tamanho certo. Respondi

Fomos pro carro, sentei atrás com a Kim, pois o Ryan já estava no banco da frente do carona. Chegamos a uma casa enorme, muitas pessoas dançando no jardim e a música alta, o lugar estava lotado. Entramos na casa e os meninos começaram a cumprimentar algumas pessoas. Fiquei um pouco assustada, eu não era acostumada a frequentar festas assim. Não demorou dez minutos e Ryan já estava rodeado de garotas, imaginei se Justin não estivesse comigo se também seria assim, óbvio que seria. Olhei para Kim e pude ver raiva em seus olhos.
-Kimberly, porque você não faz amizade por aí? Ela só me olhou brava, susurrei em seu ouvido: "faça ele ficar com ciúmes de você da mesma forma que ele faz você ficar." Ela arqueou a sobrancelha e se foi na multidão.
-Vou pegar uma cerveja, disse Justin
-Te espero sentada aqui. Me sentei no sofá e fiquei vendo aquelas garotas todas muito bonitas e pensei, 'como Justin foi gostar de mim?' ele voltou com a cerveja me tirando de meus pensamentos.
-Você quer? Disse ele erguendo a cerveja, tomei um gole, não era minha bebida preferida.
-Então, você quer dançar? Falei
-Vamos!
Peguei Justin pela mão o arrastando para algum lugar em meio aquelas pessoas.

Paramos no meio e começamos a dançar, tocava uma música eletrônica. Eu basicamente mexia o corpo e os braços, Justin chegou perto de mim ficando a  centímetros do meu pescoço, o beijando, senti todo meu corpo se arrepiar. Comecei a rebolar e ele mordeu minha orelha. Dançamos e nos provocamos durante cinco músicas, até eu dizer que precisava me sentar. Justin pegou duas cervejas, tomei alguns goles da minha. Eu estava suando.
-Você tem um ótimo movimento de quadris. Disse Justin, comecei a rir e o beijei. Um beijo calmo e molhado.
-Estou com fome, falei.
Fomos até a cozinha da casa e pegamos alguns salgadinhos que tinham ali. Ficamos comendo em pé. Passou um grupo de garotas por nós e todas falaram em coro 'oi Justin' com aquelas vozes de meninas mimadas. Justin abriu a terceira cerveja e tomei um gole com ele. Depois voltamos a dançar. Até que alguém me cutucou, virei e era a Kim.
-Hã, eu vou ir dar uma volta com um amigo e depois ele me deixa na universidade.
-Tudo bem, se cuida.
Eu e Justin dançamos mais um pouco até ficarmos cansados de mais.
-Vamos lá fora, sair desse barulho, falei.
Fomos pra rua mas lá também estava cheio de gente, então nós fomos até os fundos da casa, onde não tinha ninguém. Não tinha nenhum banco ou lugar onde desse pra sentar, apenas grama. Justin se deitou no meio do gramado, esticando os braços.

-Três cervejas te deixaram assim? Falei rindo.
-Não estou bêbado, só quero ver o céu. Deite ao meu lado.
Sorri sem que ele pudesse ver e deitei ao seu lado.
-Não é lindo a calmaria que as estrelas nos passa? Falou
-É sim, e o modo como completa o brilho da lua.
Justin segurou minha mão enquanto encarava o céu. O som de dentro da casa ficou abafado e só ouvimos nossas respirações. Depois de um tempo, Justin quebrou o silêncio, jogando as palavras como quem os guardava querendo falar tudo de uma vez.
-Meu pais vão se mudar pros Estados Unidos, vão trabalhar em uma empresa grandiosa.
Apenas fiquei processando as palavras, com medo do que viria a seguir. Mas ele não continuou.
-Você vai embora? Falei de uma vez. Houve uma pausa, até que ele continuasse.
-Eles querem que eu vá. Mas eu não quero ir.
Senti meu coração se apertar de um modo que nunca tinha sentido antes, nem quando deixei meus pais no aeroporto.
-Eles não podem te obrigar a ir certo? Você tem o time aqui, a faculdade... tudo.
-Sim, eu disse isso a eles.
Apertei a mão de Justin que estava entrelaçada a minha.
-Mas você vai fazer de tudo pra não ir não é?
-Sim, eles não podem me obrigar.
Uma lágrima brotou do meu olho e eu me virei para olhar pra ele, com medo dele ceder a proposta dos pais.
-Justin... será que muda alguma coisa se eu te pedir pra ficar? Ele sorriu
-Você é a parte mais importante por eu querer ficar. Não vou te deixar.
Eu respirei aliviada, algumas lágrimas caindo, o abracei apertado.
-Eu te amo, sussurrei, você precisa ficar.
-Eu vou ficar. Por você.

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