Capítulo 05

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Nós partimos direto para o centro da cidade, passamos por vários parques, por um monumento, por lojas antigas, ruas estreitas que eram lindas e floridas, visitamos a catedral, o enorme estádio de hóquei e por fim, fomos ao museu.
- Nossa, a cidade é mesmo linda, eu disse.
- E olha que nós nem fomos a todos os lugares ainda.
- Sim, mas já anoiteceu, acho melhor irmos embora.
- Tudo bem podemos continuar outro dia. Mas antes temos que passar em um lugar.
- Onde?
- Calma, você vai ver, disse ele sorrindo.
Então ele me levou a uma sorveteria que tinha uma decoração muito divertida, toda colorida e fofa. Eu pedi sorvete de cereja e ele de pistache. Me sentei num banquinho cor de rosa perto da parede e ele se sentou ao meu lado.
- Sabe, você é uma garota legal, é diferente das outras, não se aproximou de mim só porque eu estou no time de futebol, não é superficial, é inteligente... eu gosto de você. ~Disse ele me olhando fixamente e sorrindo.
- Obrigado... eu também gosto de você, falei sorrindo.
Ele sorriu de volta, passou o dedo na cobertura do sorvete e passou no meu rosto.
- Cara, você está muita suja! ~Disse ele rindo.
- Eu não acredito que você fez isso! Falei e sujei ele também.
- Não garota você não fez isso!
Nós começamos a sujar um ao outro, estávamos muito lambuzados e grudentos.
- Meu Deus olha o que você fez, agora eu estou sujo e o meu sorvete está derretendo! ~Falou ele.
- Eu dou um jeito no seu sorvete, falei e mordi a casquinha.
- Ei!! Me dá o seu, agora!
- Não, o sorvete de cereja é só meu!!
Ele puxou minha mão e mordeu meu sorvete.
- Ah agora eu fiquei sem nada. Falei fazendo biquinho.
- Tudo bem, você pode ficar com o meu. Quando eu estiquei a mão para pegar o que tinha sobrado do sorvete dele, ele me lambuzou toda, e não parava de rir.
- Você destruiu todo o sorvete! ~Falei rindo.
-Ops... disse ele rindo da minha cara.
- Eu vou até o banheiro me limpar, e você deveria fazer o mesmo.
Nos levantamos e fomos cada um pra um banheiro. Depois fomos embora. Enquanto caminhávamos pela rua, Justin pegou minha mão. Quando ele tocou minha mão foi como se as minhas veias tivessem pequenas luzinhas, e todas elas estavam se acendendo, meu corpo todo se arrepiou, e eu apertei a mão dele mais forte, queria que ele nunca mais me soltasse. Caminhamos em silêncio, apenas o som da nossa respiração e não soltamos nossas mãos, até chegarmos ao portão da faculdade, quando ele parou e se aproximou do meu rosto.
- Foi uma ótima noite, disse ele.
- Foi sim, muito obrigado por ter me levado pra conhecer um pouco da cidade.
- Então, amanhã é sábado... você vai fazer alguma coisa?
- Não, não tenho nada pra amanhã.
- Nós podemos sair o que você acha?
- Vamos sim!
Ele sorriu e colocou a mão no meu rosto, se aproximou e me beijou. E de novo todas as luzinhas do meu corpo se acenderam. Nós estávamos lá, em frente a universidade, sozinhos, iluminados pela luz da lua, eu usando o casaco dele, e eu estava recebendo o melhor beijo de toda a minha vida. Parecia um sonho.

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