Capítulo 1 - O Primeiro Beijo

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A primeira vez que eu me apaixonei, foi pelo meu melhor amigo Felipe. Eu estava na 4ª série, e era a idade que comecei a ver ele com outros olhos. E eu a garota mais boba que já existiu. Não me perdoo por me apaixonar por ele.

Felipe era o típico garoto mais popular de toda a escola e como ele era de família rica da alta sociedade, era bem popular na cidade também. Nasceu com o dom da beleza. Ele era muito lindo, sempre bem vestido, tinha o sorriso mais perfeito, tinha a pele bronzeada e os olhos de castanhos claros. Os pais dele fizeram ele muito bem. Acho que ele era o Crush das meninas naquela época. E a idiota aqui tinha que ter se apaixonado? Claro.

Nos conhecemos desde bem crianças. Ele se mudou para a rua que eu morava quando tinha 5 anos. Ele foi estudar na minha escola, e eu logo quis fazer amizade com ele. Ele me achava engraçada, logo ficamos amigos.

Sempre estávamos juntos. Todos os dias estávamos juntos, dormíamos um na casa do outro. Nossos pais até se tornaram amigos. Ele era muito inteligente, me ajudava quando tinha dificuldade em algum dever da escola. Ele só tinha a mim como amiga e eu só tinha ele como amigo. Mas quando chegou a fase de parar de brincar e começar os "namoricos" de escola. Nossa amizade oscilou.

Ele começou a ter novos amigos, amigos ao qual eu achava que não eram legais. Eles achavam besteira eu e ele sermos tão amigos. Felipe então me afastou um pouco – nós ainda éramos amigos, mas ele não falava comigo quando os amigos idiotas dele estavam perto. Eu tive que arrumar outras companhias então, tive outras amigas. Eu ainda não tinha largado tanto da fase de meninona, eu ainda brincava na rua.

As meninas na escola ficavam loucas atrás dele, e eu tinha um sentimento estranho dentro de mim quando via ele perto delas. Eu não sabia identificar, eu era muito ingênua.

Vou parar de enrolar, eu vou dizer logo quando vi ele com outros olhos além dos de amiga. Eu era muito lenta.

Eu tinha ido à casa dele pois íamos estudar para as provas que íamos ter. Os pais dele estavam trabalhando, a irmã dele trancada no quarto e nós estudando. Fizemos uma pausa para o lanche. Era uma tarde quente. Fomos para o quintal, que era enorme, tinha piscina, grama e tudo mais que uma casa de gente rica tinha. Tinha dois balanços que costumávamos sentar para nos balançar para ver quem ia mais alto que o outro. Que saudade daquela época! Sentamos neles para descansar e aproveitar uma leve brisa.

Felipe então perguntou de repente:

- Cat, eu vejo você muito grudada naquele seu amigo Ícaro. Vocês por acaso já se beijaram?

Olhei assustada para ele. Meu rosto ficou bem quente, eu estava bem vermelha de vergonha. Como ele teve essa pergunta maluca na cabeça dele?

- Ficou doido? Eu não faço esse tipo de coisa Felipe! Que pergunta é essa?

Ele ri da minha cara.

- Se você pudesse ver a cara que fez Cat! – ele solta uma gargalhada. – Você corada fica tão fofa. Ei olha, é só curiosidade sua boba.

Mordo os lábios e olho para o outro lado.

- Você sabe como fico quando começa á falar dessas coisas. Não me importo se você acha que sou boba, eu não sou como aquelas meninas da escola.

Ele saiu do balanço e ficou na minha frente. Olhou firme para mim. Pegou minhas mãos nas dele.

- Catarina, não fica assim. Não falei tentando te chatear. Eu sei que não é como elas, e é por isso que acho fofo quando você fica vermelha assim. – ele fala sincero. – Olha para mim, por favor.

Eu olhei.

- Então porque essa pergunta? Ícaro me respeita muito, ele e eu somos só amigos.

Confissões de um coração em crise (pausada) Onde histórias criam vida. Descubra agora