Involuntários

Prólogo

Alguns dizem que cheguei ao topo do sucesso, mas isto para mim é um terrível equívoco, o topo para mim é quando não se há mais o que conquistar, e neste quesito ao meu ver eu estava bem longe.

Fazendo uma breve introdução de quem vos fala, me chamo Jorge Juss, tenho 32 anos e posso dizer que tenho a vida que muitos desejam, mas não é meu desejo de vida final. Sou Proprietário e Diretor Geral da JJuss Construtora, modéstia a parte, a maior do País, herança de papai e mamãe que resolveram aposentar-se e deixa-la sob meus cuidados.

Considero-me alguém calmo e tranquilo, exceto quando atravessam o meu caminho.

Amor verdadeiro? Que nada! Isso já existiu para mim no passado, quando eu era um idiota que acreditava nessas baboseiras de amor! Agora eu só queria curtir a vida, e as mulheres (É claro!), mas não qualquer mulher, ela tinha que ser linda e estar na mesma classe social, eu jamais me envolveria com alguém de classe mais baixa que a minha! Sou alguém importante, tenho que manter as aparências, para mim, cada um deveria ficar em seu devido lugar, ricos de um lado e pobres do outro! E os pobres servindo aos ricos, lógico.

Mesmo cercado de pessoas me "babando" eu só tinha um amigo, que era o Breno, amigo de infância, o restante eram apenas sanguessugas que sempre que podiam tentavam arrancar algum favor de mim.

Esse foi um pequeno resumo da minha vida, vocês me conhecerão melhor no decorrer da minha história, e se você já não gostou do que leu, eu sinceramente não estou nem ligando para sua opinião.

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Alguns dizem que vou conseguir tudo o que eu quero um dia! Bom, eu espero muito que isto aconteça, e farei tudo o que puder para realizar todos os meus sonhos, mas claro, sem passar por cima de ninguém!

Sou Lara Martins tenho 24 anos, e posso dizer que mesmo não tendo ainda a vida que eu sempre quis, me sinto feliz com o que tenho hoje, que não é muita coisa, moro em um bairro bom, tenho uma casa própria e tenho meu carro do século! (Do século passado! rsrs), eu considero-me feliz!

E como todo cidadão deveria ser, sou a favor das causas públicas, tentando sempre que possível ajudar aos mais carentes. Odeio gente que acha que só porque tem dinheiro pode humilhar qualquer um, porque esse povo rico acha que pode mandar em tudo! E geralmente sempre querem o que é nosso! Mas eu luto sempre pelos meus direitos como cidadã e luto também por todos os pobres.

Amor verdadeiro? Não é que eu não acredite, mas tenho meus pés no chão, não sou movida por sentimentos, acho exagero as pessoas agirem por impulso por causa de um "suposto amor".

Por ser bastante comunicativa, tenho muitos amigos, amigos que lutam comigo em favor da população, e posso dizer que realmente são amigos verdadeiros, porque eu não tenho nada a oferecer a eles senão minha amizade, e sempre estão comigo! Mas como no meio da roda de amigos sempre temos um melhor, eu tenho o meu! E se chama Felipe Pollino, conhecido no bairro como "Nilo" e mais conhecido por mim como "Popó".

Atualmente sou voluntária e vice-coordenadora no Centro Comunitário do meu bairro, o Direito de Viver, é um centro muito carente, onde contamos com cerca de 20 voluntários e em média 75 pessoas carentes, divididos em crianças e adolescentes. Eles aprendem de tudo, de arte até ajudar outra pessoa mais carente. Eles não vivem sem o Centro e eu não vivo sem eles. Amo cada um! Aprendi bastante neste tempo que estive aqui, aprendi a dar valor a um prato de comida, a um abraço, a ouvir as pessoas, eles me ensinam muito diariamente. Eu jamais deixaria que acontecesse algo com eles, e jamais perdoaria alguém que tentasse a eles fazer algum mal.

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