All the love ➳ L.S

Capítulo Único

Cartas, o meio de comunicação mais antigo do mundo, cujo já era utilizado pelos reis da antiguidade no Oriente Médio. Também há por volta de 21 cartas na bíblia, mesmo tendo registros de que já se era um meio desde por volta de 4 mil anos da Época Cristã, no antigo Egito.

No decorrer dos anos, as cartas foram evoluindo, tomando uma forma própria e estrutural, mesmo nem sempre havendo pessoas que sigam este padrão, pois a única coisa que realmente importava era o conteúdo. O que havia escrito naquele pedaço de papel? O que a pessoa que me remeteu este epistola quer me dizer? E após alguns anos de cartas serem usadas apenas para se comunicar com pessoas que estavam distantes, os jovens apaixonados encontraram outra função para este missiva. Esta é o que hoje denomina-se:  Cartas de Amor.

Palavras tímidas e sinceras postas em um manuscrito delicado onde o destinatário é aquele que faz borboletas voarem por todo o seu meio intestinal. Palavras estas que muitas vezes não se são possíveis pronunciar. Isto havia acontecido com um jovem há pelo menos uns dois anos atrás.

Era dia dos namorados, o amor exala no ar daquela pequena escola localizada no  interior do Sul de Yorkshire, um pequeno condado metropolitano da Inglaterra. As tão típicas cartas de amor em formato de coração nos mais diversos tons de rosa e vermelho eram deixados nos armários de grande parte dos jovens estudantes. Na maioria das vezes o remetente  não era informado, apenas com o típico pseudônimo de "admirador secreto", porém uma simples falta de atenção fez com que o jovem de dezessete anos, Louis Tomlinson, assinasse na mais despojada letra de forma, seu nome com uma simpática carinha desenhada ao lado. Ao perceber este erro, a carta já se encontrava aos fundos do armário do aluno mais querido em meio a tantos professores e colegas, Harry Styles.

Com seus olhos verdes esmeralda, seu físico descrito por grande parte dos estudantes como "perfeito", e suas mais diversas combinações de roupas, que mesmo assim, não deixavam de ser meramente estilosas, era caracterizado por ser o garoto mais bonito e desejável de todo o colégio. Garotos e garotas desejavam poder receber sequer uma piscadela do mesmo, que secretamente tinha preferência por rapazes.

Louis mais do que se encaixava naquela enorme fila de garotos que fariam horrores por sua atenção, no entanto seu desleixo pode trazer o que tanto queria.

Ao final da manhã, seus xingamentos internos a si próprio faziam com que o mesmo estivesse próximo a loucura. Sua mente turbulenta, suas mãos trêmulas e seu cérebro cansado de tanto tentar entender a aula anterior o faziam querer deitar em qualquer lugar confortável que encontrasse, mal saberia que o tal local confortável que encontrou foi o peito de Harry Styles que foi diretamente de encontro ao seu rosto distraído. Um sussurro de desculpa e um sorriso de despreocupação foram a única coisa que pode ser percebida por Louis antes de sair correndo para a saída.

Este mínimo momento foi o que se passou na mente de Louis durante as próximas semanas, além das inúmeras cartas que recebia de algum admirador secreto que, estranhamente sabia seu nome.

As cartas continham o mesmo conteúdo que haveria em uma conversa via mensagem de texto comum entre dois adolescentes. Dentre perguntas curiosas para saber mais características sobre seu admirador, haviam brincadeiras levadas para o lado sexual sobre as vestimentas diárias do rapaz, que segundo o remetente anônimo, "esboçavam de maneira grandiosa suas definidas curvas".

Semanas se passavam, e as cartas não cessaram, continuando no mesmo método de encontrar o epístola que lhe remete em seu armário, e remetê-la novamente, deixando-a na segunda gaveta da mesa do professor, que se encontrava na sala 22. Em um determinado dia onde a curiosidade supria seu bom senso, Louis decide observar de longe a sala, após o horário de saída, para ver se algum aluno entraria, e assim houve. Após se passarem exatos 28 minutos do sinal de saída, Harry Styles entra no local, saindo minutos depois com uma folha de papel em mãos e um enorme sorriso no rosto.