VIII

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Eu juro que não queira ir a escola, mas me sinto obrigada pelo fato de ter perdido aula.

-Deyne, Deyne, Deyne! Grito em sua porta várias vezes, até que ela aparece.
-Por favor eu preciso ficar aqui, eu fico no teu quarto e você fala para os professores que eu fiquei doente ou algo do tipo.
-Amiga acho que não é uma boa idéia.
-Você está certa, querendo ou não eu vou ter que ver ele, falta apenas 1 mês para acabar as aulas.
-Lise eu acho que você tem que escutar o lado dele, você sabe que aquela garota é capaz de udo.

Depois de Deyne falar isso eu reflito, mas eu não conseguiria olhar para a cara dele.Entramos na escola, olho para os lados e nenhum sinal dele, acerto meus passos com a idéia de que ele não apareça, ando em direção a porta até que ouço um grito.

-Lise não entre!.

É ele,eu diminuo meus passos e aperto minhas mãos .

-Lise você não quis me escutar, eu sei que pra você é difícil de engolir essa história, mas tudo não passou de uma armação.
-Eu preciso de um tempo!
-eu entendo, mas se você não acredita em mim então não podemos continuar! Ele dá um beijo molhado em minha testa e segue em direção à sua sala.

Eu não queria que tivesse chegado a esse ponto.Difícil de aceitar as fotos e mais difícil ainda de aceitar o fim.

"Eu sei que um grande amor não é fácil de se encontrar, mais difícil ainda é deixar de gostar"

Vou para casa sem rumo e sem direção, realmente era o fim.

Derrepente vejo tudo desabar como uma avalanche sobre mim, eu só precisava de um tempo e ele não esperou!
Passam-se dias, semanas até que chega a bendita férias. Nossos desencontros não eram nada agradáveis, o clima era pesado.

Já estávamos à uma semana de férias, e como eu não proibi Deyne de falar com Darwin , eles sempre se falavam, dessa vez Deyne me trouxe uma notícia muito ruim, do tipo que te deixa refletindo para toda a vida, como se não houvesse nenhum solução ou algo que eu possa fazer.

     

    Os pais de Darwin o mandariam para Califórnia onde faria sua faculdade, então ele passaria três anos fora do Brasil, aquilo acabaria comigo em pensar que ele vai embora do Brasil e nós estamos brigados, sem nenhuma esperança de volta amorosa.Acho que para ele deve ter sido fácil de me esquecer.

Darwin.......

Já se passaram semanas e Lise não me mandou nenhuma mensagem, talvez para ela esteja sendo normal sem mim.Cada dia que passa não consigo esquece-lá, mas se ela não manteve a confiança em mim como posso manter a confiança nela?
Meus pais vão me mandar para Califórnia, ficarei bem longe do Brasil, talvez seja um tempo bom para esquecer.

Meu celular está tão próximo! Pego ele e de repente entro no perfil de Lise, tão linda, com seu sorriso encantador! Penso em mandar um "oi", ou algo  que chame a sua atenção,mas talvez ela não responda, deixarei o orgulho falar mais alto! Bloqueio a tela do celular sem sair de seu perfil, deixo em cima da cama e vou para um banho gelado.

      Lise.....

Minha vontade nessa hora era de mandar uma mensagem para que fique no Brasil, mas depois de tudo já deixo um pouco de lado.Deyne me chamou para ir à uma festa de noite, bom não era uma boa idéia mas tenho certeza, se algum amigo de Darwin chamasse ele, concerteza ele iria.Então concordo com Deyne e resolvo ir.

Alguns minutos para a festa e eu não estou um pouco animada.Escolho uma roupa que não chame muita atenção, talvez uma camisa preta e uma saia acompanhado de uma alpargata, tão simples quanto o nome simples.Pego minha bolsa, desço as escadas olho para o relógio 19:00, o ponteiro estava parado na hora em que eu costumava ir no cinema com Darwin, derrepente minha vontade de voltar para meu quarto era maior mas não deixei que a tristeza falasse mais alto.

Passo na casa de Deyne.
- Vamos amiga espero me divertir.
-Ô amiga não queria te chamar, mas essa sua cara de abóbora ta assustando as pessoas, elas já começaram a perceber que você não anda bem garota!

Chegando na festa, eu entro finjo colocar o sorriso mais irado que tenho e vou, entro na pista de dança e me solto, começo a misturar vodka e emoções e dão em um resultado de lamentações.

Um garoto vem vindo em minha direção, eu vou desaparecendo no meio das pessoas para que ele me perca de vista,mas parece que ele está com um binóculo que me acha em cada buraco que me meto.Derrepente consigo despista-lo quando entro no banheiro, eu só queria dançar sozinha e não me envolver com ninguém.

Quanto mais lembrava mais eu queria dançar e tudo parecia rodar, acho que bebi várias doses, já estava na hora de ir pra casa! Procuro Deyne em meio a multidão e lá está ela com um garoto.

-Amiga precisamos ir, puxo ela e o menino fica sem entender o que estava acontecendo.
-Mas, mas, mas...nem à deixo falar e então corto suas palavras para que as minhas entrem.
-Amiga não foi uma boa idéia vir.Então foi uma noite ruim onde o que ficaria melhor só piorou.


     Passado algumas semanas.

Hoje será o dia em que Darwin irá viajar,seu voo será à tarde .Nenhuma mensagem e nem ligação, então ele vai embora sem se despedir, okay "tudo passa dê tempo ao tempo".
Aqui sentada na varanda começo a refletir, "que tal passar a tarde no parque para me distrair com a família?" Levanto e vou até a sala avisar meus pais.
-Ótima idéia Lise você está precisando sair para se divertir.

Começamos a arrumar tudo e lógico bastante comida, o que não poderia faltar.Eu estava à toda hora olhando no relógio, aquilo já estava ficando automático,13:00 e já estávamos partindo nenhum sinal de Darwin e eu ainda alimentava a esperança de ele aparecer por aqui, entro no carro e pela rua tento reconhecer o carro da mãe ou do pai de Darwin, mas nenhum sinal.


Darwin.........

Não vou conseguir viajar sem falar com Lise mas prefiro fazer isso pessoalmente.Vou passar em sua casa preciso dar um abraço apertado talvez pela última vez.

-Mãe vamos mudar a rota antes de chegar no aeroporto.
-

Darwin vamos chegar atrasados, você não pode perdee o vôo!
-Prometo que será rápido, preciso passar na casa da Lise para me despedir dela.

Entro no carro e penso  como será a reação de Lise, vejo meu celular e ainda aguardo sua ligação, quando percebo já estamos na esquina de sua casa, o carro vai parando devagar, posso sentir a suavidade das rodas, abro a porta do carro e  olho para a casa de Lise, vou em direção à porta de sua casa, minhas mãos tremulas para bater e finalmente dou três batidas na porta, ninguém aparece vejo que as janelas estão fechada, bato palmas, grito e nada,vi que minha tentativa de consertar as coisas falharam, vou partir sem dizer um simples adeus.

-Vamos mãe acho que não tenho mais o que fazer aqui.Abro o vidro da janela e deixo o vento refletindo para mim, a cidade é grande vai deixar saudades.

Minha vida do avessoOnde histórias criam vida. Descubra agora