Capítulo 1 - O pequeno Vilarejo.
Eu andava lentamente pela rua escura. Que bela noite. Muito bela, para uma jovem dançar entre seus passos, sem ao menos saber a onde está as quatro horas da manhã. Parece uma coisa inútil, olhar para o céu, mas é muito melhor do que uma noite na balada. Na verdade tudo isso me faz refletir, por que eu nunca fiz isso antes. Quantas oportunidades.
E esse vento, que se atreve a dançar comigo? Na verdade ele está refrescando lindas memórias. Que coisa maravilhosa. Por algum motivo tudo isso e simplesmente fascinante.
A rua estava escura... como eu disse estava, até minha sombra, me perseguir, após a luz da Lua fazer cada detalhe daquele lugar parecer cada vez mais especial. Que delícia de vento que insisti a cruzar minhas pernas em um incrível bambolê. Me arrepiei.
Várias lembranças em minha mente.
Pensamentos distantes, fazendo me destrair inúmeras vezes.
Era como se eu tropeça-se em mim mesma, quer disser, em meus próprios pensamentos confusos. Sobre a vida não há nada a esconder.Eu sou sem dúvida desastrada. Me destraio em coisas sem sentido. São pensamentos que se embaralham. São visões desagradáveis. São lembranças ruins. São noites mal durmidas.
Não estou preparada...Meus olhos se abriram lentamente, com o barulho que o despertador transmitia sobre todo o quarto. Eu estava um pouco confusa, acordei calmamente. Era a primeira vez que o barulho agoniante desse objeto, não me fez sair do sério, ou ao menos destruí-lo.
Bato no despertador gentilmente, e o barulho de sua queda ecou. O silêncio invade o ambiente. Logo me deparo com a poeira, que invadiu meu quarto, acompanhado das folhas secas das árvores, que se atreveram a entrar a onde não devia. Me levanto, e ando em direção a janela aberta, quando um vento frio me faz dar leves arrepios. Fecho a mesma, e me viro, observando a bagunça que o vento havia feito enquanto eu dormia.
Pelo visto dormi bem. Sorrio com meu pensamento irônico.
Ando até o criado mudo, que permanece intacto ao lado da minha cama, e pego o pente que estava sob ele. Encarando minha face a frente do espelho, pentio mecha por mecha, daqueles cabelos morenos. Meus olhos verdes rodeava, vendo a cena, dos objetos caídos sobre a mesinha.
Suspiro fundo, pois eu estava realmente sem ânimo algum para arrumar tudo aquilo novamente.
Hoje era um dia um pouco constrangedor, e eu não estava preparada, para visitar o colégio novo. Pois é, a minha sorte, é que Luna estará comigo nessa.
A direção de meus olhos, mudam para a porta do guarda-roupas. Com os passos lentos, ando até a frente do mesmo, abrindo a porta, e observando calmamente cada peça de roupa que estava dispota ao cabite. Passei minha mão por cada conjunto, que como sempre tenho mania de deixar. Vejo os que uso com mais frequência, está limpo. Ótimo vai ser esse!
Pego a peça, e a jogo por cima da cama. Fecho a porta do guarda-roupas. Sento na minha cama, e pego meu diário que estava na pequena gaveta do criado mudo, junto a caneta enfeitada com pequenos detalhes de estrelas.
Abro ele, e observo a onde parei."Hoje acordei um pouco disposta, do que eu costumo acorda pelas manhãs. Mas hoje não foi totalmente diferente, pelo fato que o vento insistiu em invadir meu quarto novamente, acompanhado de folhas. Olá novamente diário, deposito aqui, minhas palavras, e a saudade do tempo que isso foi diferente. Meus pensamentos agora se resumem em : Será que isso vai mudar? Espero que sim, creio que sim... "
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No Mundo Da Lua
Random"A Terra é o berço da Humanidade, mas ninguém vive no berço pra sempre." Antes de começar a ler está obra... Imagine... Tornados... Tsunamis... Mudanças climáticas exageradas... Mortes... Aos 16 anos, Murphy perdeu sua mãe em uns desse acidentes na...