Capítulo 7

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        Aniversário macabro

Eu não queria vir sem o Rocio, porém ele não podia vir comigo e nem minha avó. Vovó não suportava ela, e nem eu na verdade. Só vim por causa do meu pai. É seu aniversário de trinta e nove anos e pediu que eu estive aqui.
Tudo está elegantemente arrumado, impecável. Todos os empregados bem vestidos, banhados e cheirosos. Ela odeia sujeira. Vou dormir no quarto de hóspedes com Amma, odeio sentir medo dela ainda. Porém não esqueci do dia em que vim e ela cortou todo o meu cabelo, fiquei horrível de cabelo curto.
Dessa vez eu não a deixaria chegar tão perto de me, Symon estava me ensinando a lutar como homem, Rocio não sabe disso. Ele odeia Symon. Mais eu preciso saber me defender. Ela é maldosa, não vai gostar de me ver aqui. Não em sua amada casa.
- maninhaaaaa- Isabel gritou ao me ver. Esperei ela chegar mais perto para abrir meus braços, ela estava mais linda ainda, dava para ver os traços DELA na minha irmã. E isso me dava raiva as vezes, não que eu não amasse Isabel. Eu a amo muito. Mais odeio minha amada mãe. Mãe não, ela me proibiu de chama-la assim. Seu nome é Sra. Amélia Brito esposa do Sr.Lionel Brito, era mais velha que ele dois anos. Por isso morria de ciúmes do meu pai.
- olá- dei um abraço apertado em Isabel.
- papai comprou vestido lindos para nós- Isabel disse animada.
- a Sra. Amélia viu os vestidos?- Amma perguntou atrás de me.
- sim. Mamãe os viu hoje- Isabel disse batendo palmas- ela disse que o seu era feio, porém eu achei lindo. É de sua cor favorita-  Isabel amava rosa, isso todos percebiam. Eu amava lilás.
- quero vê-los- tentei soar o mais animada possível. Mais eu sabia que ela já teria destruído o vestido.
- está em meu quarto- Isabel correu na frente.
- a senhorita sabe que não haverá vestido não sabe? - Amma sussurrou.
- sei, Amma.
- então pra que se ilude?
- Não estou me iludindo- respondi ríspida- Isabel não percebeu o humor de sua mãe ainda.
- é sua mãe também.
- nunca mais repita isso, Amma.- dei uma parada brusca- ela não é minha mãe. Nunca será. E nem venha com sermões. Fale com os empregados e arrume um quarto para o Lucran. - falei chateada.
- não sei por que trouxe ele- Amma balançou a cabeça em negativa.
- Rocio estava ocupado, Symon é muito chato. Tenho que ter um par, lembra? Então vai ser o Lucran- respondi zangada.
- certo.- Amma saiu.
- vem logo Rebecca - Isabel esperava na porta do quarto.
- estou indo - dei um meio sorriso. Ao entrar no quarto de Isabel, me senti muito estranha. Eu havia morado ali até os meus seis anos, sempre no canto do quarto. Depois foi o Colégio interno e ir morar com a vovó em Londres.
- esse era o seu vestido - Isabel disse triste, o vestido estava sujo, rasgado e queimado em alguns lugares. Ela caprichou dessa vez.
- parece exótico- comecei a sorrir.
- vou saber quem fez isso- Isabel saiu zangada do quarto. Eu apenas observei o vestido por uns minutos. Devia ser lindo mesmo, o peguei e o joguei no lixo.
- esse é o seu lugar também- ela disse da varanda. Ela estava esperando o momento certo.
- Sra. Amélia- comprimentei ao baixar a cabeça e me inclinar. Vovó me ensinou isso. Devíamos esconder tudo até o desprezo.
- já está moça- ela disse ao me observar.
- tenho 13 anos, a Sra. já sabe-  a encarei. Ela continuava linda porém havia uma mancha roxa no canto do olho esquerdo.
- fará 14 amanhã - deu de ombros.
- não estarei aqui amanhã.
- que ótimo. Já basta vê-lá aqui hoje. Não gosto de você.
- digo o mesmo.
- não me responda sua ninfeta- gritou ao se aproximar com a mão levantada.
- se eu fosse a Sra abaixava essa mão- me aproximei, eu era do seu tamanho de salto.- não quero que algo ruim aconteça a seu belo rosto.
- você não teria coragem- ela sibilou.
- vovó me ensinou várias coisas - eu a observei de perto- Vovó disse que senti saudades.
- odeio aquela velha- ela se afastou - nunca mais quero ver aquele rosto. Nunca mais.
- mantenha-se longe de me e vovó não vira aqui- a informei.
- ninfeta- ela disse ao sair do quarto batendo os pés com raiva. E eu suspirei aliviada.

Todos estavam sorrindo bastante com taças nas mãos, casais dançavam já bem animados.
- quer dançar?- um rapaz loiro de olhos claros estendeu a mão.
- Rebecca esse é Edgar- papai disse dando uns bons tapas nas costas do coitado.
- olá Edgar - sorri.
- olá Rebecca- Edgar tinha uma sorriso lindo - aceita dançar?
- não sei dançar
- eu lhe ensino rápido- Edgar insistiu.
- olha eu sei dançar - sussurrei- mais não quero dançar. Na verdade eu nem queria está aqui- falei ao olhar para a multidão.
- tudo bem - Edgar disse sem jeito- posso pegar algo para beber?
- se tiver suco- dei de ombros.
- ele gostou de você - Amma disse empolgada.
- muito bobo.
- você prefere os durões?
- prefiro homens.
- ele é encantador
- ele é... Chato - disparei. Vi ela se aproximar de Edgar e afagar seu rosto, dando um beijo no canto de sua boca, ele se afastou.
- acho que sua mãe gosta dele- Amma também observava tudo como eu.
- Ela gosta de todos .
- lá vem ele- Amma se afastou. Edgar trazia na mão uma taça com algo amarelo.
- sua mãe é linda - Edgar disse meio culpado.
- ela não é minha mãe.
- desculpa não sabia que era adotada.
- o que ela lhe disse?
- nada demais.
- Ela lhe convidou para ir pro quarto principal não é? - sorri.
- como sabe? - ele me olhou surpreso.
- tem que ir. Ela não gosta de ser desprezada- o alertei.
- não gosto de mulheres comprometidas.
- meu pai não se importa.
- prefiro ficar aqui com a senhorita- Edgar disse ao beijar minha mão. E tudo mudou. Eu senti isso no ato, aquele menino não devia ter desprezado ela.
- querida - ela se aproximou com um sorriso falso.- venha cá. Quero falar em particular com você - ela agarrou em meu braço com força. Me arrastando para fora do salão, eu acompanhei sem fazer escândalos.
- agora pode soltar meu braço- falei ao sairmos pela varanda.
- sabe quantos meses venho tentando levar aquele rapaz para minha cama? - disse ríspida.
- não sei - responde seca- não moro aqui. E eu nem o conheço.
- você é uma ninfeta mesmo- ela me deu um soco e eu cai, veio do nada.
- a Sra é louca?- falei com a mão no rosto.
- Edgar é o único que não me aceitou. E não vou deixar uma ninfeta nova o tirar de me- ela estava tremendo de raiva.
- não vou ficar aqui escutando suas loucuras. Não quero nenhum homem daqui- me levantei com raiva - não tenho culpa se esta ficando velha e eles não ficam mais tão encantandos com a Sra.
- sua vadia - ela tentou agarrar meu pescoço.
- estamos errando de pessoa aqui. Não sou vadia - a empurrei.
- Tobias- ela começou a gritar. Eu odiava aquele jardineiro, ele me comia com os olhos.
- sim, Sra- ele veio correndo.
- lembra que lhe prometi a ninfeta- ela agarrou em meus cabelos.
- sim- ele babava me olhando.
- vamos realizar minha promessa- ela disse ao puxar meu cabelo. Tentei me soltar porém ela segurava firme em meus cabelos. Saiu me arrastando até a cabana daquele nojento homem.
- devo amarra-lá?
- claro seu imbecil- ela gritou. Me jogando na cama. Ele amarrou minhas mãos na cabiceira da cama e depois meus pés.
- me de uma faca - ela disse me olhando com ódio- vou destruir esse vestido.
- aqui senhora
- espero que aproveite cada segundo- ela disse ao começar a rasgar meu vestido.
- eu irei me vingar- a informei.
- não irá não - ela sorriu- você estará muito, mais muito machucada e traumatizada. Irei informar seu pai de seu sumiço amanhã pela tarde. - disse ao afagar meu rosto - eu odeio você desde o dia que nasceu. Tentei de tudo, tudo mesmo para lhe perder. Porém como filha daquele demônio, você acabou nascendo. Eu odeio aquele homem também. Apesar do sexo exelente.
- meu pai saberá.
- ele não é seu pai
- o quê?- olhei a com mais raiva ainda.
- parabéns querida- disse ao sair da cabana.
- Não vai doer nada- Tobias disse ao lamber os labios, me dava nojo seus dentes podres. Já havia comentado isso com Amma e ela sorriu bastante.
" tenho nojo dele" falei ao vê-lo boldar as rosas.
" é apenas um pobre jardineiro" Amma disse dando de ombros.
" não gosto do jeito que me olha" falei o olhando com raiva.
" você é linda, filha. Todos lhe olham" Amma tocou meu rosto " todos a admiram"
" obrigada" falei com desprezo. Ser linda, era algo que me dava nós nervos, graças a isso, ela me odiava.
Agora estou amarrada a cama do maldito, minha adorada mãe me jogou aqui depois que Edgar a desprezou.
- meu pai saberá disso- o informei calmamente. Ele continuava me observando.
- não - ele sorriu tirando seu casaco preto encardido, revelando uma camisa amarela que um dia foi branca. Eu já sabia o que ele iria fazer, ela já havia me contado que iria fazer isso comigo se eu entrasse em seu caminho.
- só não me beije- ordenei. Eu não estava com medo, sim raiva, uma raiva que congelava qualquer outro sentimento.
- porque?- ele tirou as calças revelando seu pênis já ereto e começou a acaricia-lo vagarosamente de cima para baixo. O olhei com mais nojo ainda, ele se aproximou e subiu a minha camisola de renda, a única coisa intacta, pois meu vestido estava destruído. Expôs meu sexo e lambeu os labios.
- não quero beijos- falei ao fechar meu olhos. Senti a sua respiração quente em minha buceta depois veio sua língua molhada, fiquei parada o sentindo chupar feito louco.
Não senti nada, os gemidos dele eram altos, senti algo entrar em me, um dedo, depois dois, doeu, apenas uma lágrima caiu e seria a última. Enquanto seus dedos trabalhavam ele beijava cada pedaço de me, sugando meus seios, o sentir entre minhas pernas e ele me penetrou com força, reprimi um grito de dor, senti cada estocada como se fosse uma parte de me morrendo. Ele terminou arfando cansado.
Depois de várias horas é vezes, eu não sentia nenhuma parte do meu corpo, estava suja e tanto meu ânus como minha página sangravam.
Ele me dessamarrou e se deitou ao meu lado, vi o sangue na cama, era meu somente meu, fazia anos que ele não tranzava. Eu estava tão dolorida e o sangue escorreu pelas minhas pernas bambas.
- obrigada- falei ao observa-lo. Enquanto ele dormia o amarrei e fui até a mansão, o chão estava frio devido a fina chuva, entrei. E vi Raimundo vindo do último quarto do corredor. Ele congelou, seus olhos arregalados abriu a boca e não saiu nada.
- sei que estava com a minha Amma- sibilei - continue calado e me acompanhe- pedi. Ele veio a passos largos.
- Quem fez isso?- Raimundo tentou pegar em meu rosto porém me afastei.
- pegue apenas aquela maleta- apontei para o canto do quarto- chame o Timão- falei ao sair do quarto.
- Sim , senhorita- ele correu com a maleta. Me olhei por uns minutos no espelho, hoje eu tenho 14 anos e ganhei um Belo presente.
Meus cabelos estão uma bagunça, um lado de meu rosto roxo do soco que ela me deu. Camisola rasgada e suja.
- Senhorita - Timão disse suavemente, talvez tentando não me assustar.
- casa de Tobias- falei olhando para minhas mãos sujas- já chego lá.
- porque?
- faça o que eu mando
- sim, senhorita- os dois foram como o vento. Tobias me pagaria, eu iria me divertir bastante com aquele corpo. Rocio me ensinou algo muito bom sobre o corpo humano, meu coração abertou ao pensar em Rocio. Uma parte de Tobias iria para o quarto da Sra Amélia e Edgar também iria conhecer uma parte da mesma.

Tocada Pelas TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora