capítulo 2

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Boa leitura :)

O duque acabou se aborrecendo, não somente por ter que guarda segredo sobre esses encontros, como também pelo fato de lady Millie insistir em tê-lo sempre ao lado dela.

Ele estsva acostumado a ser livre. A ir de Londres ao campo; de uma corrida ade cavalos às competições de criquê; de Cowes, onde invariavelmente ganhava as corridas, a Epsom, onde possuía cavalos em treinamento. E tudo isso sem planejar previamente.

Lady Millie começa a ficar amuada sempre que ele a deixava w também quando voltava para vê-la, depois dessas viagens.
O duque achava a situação insustentável e irritante.
Finalmente, quando o luto se findou, ela decidiu, sem o consultar, que iria a Monte Carlo.
A enorme vila toda branca, com seus fantásticos e exóticos jardins tropicais, fora construída pelo pai do duque e era suficientemente Grande para abrigar cinquenta hóspedes.

Não havia razão para o duque não desejar encher a casa de convidados, exceto o fato de que ele tencionava passar algumas semanas sozinho, a fim de repousar, após inverno extenuante.

Extenuante? Sim, em parte devido a atividades esportivas mas também por estar ele profundamente envolvido em política. Embora seus amigos não soubessem, tinha grande influência na Câmara dos Lordes.

- Será muito bom ir a Monte Carlo outra vez!- lady Millie opinara para convencê-lo.- Não podemos mais continuar neste jogo de esconde-esconde! Além disso, daqui a um mês vou tirar o luto e serei um mulher livre, enfim!

Não havia dúvida sobre o que ela queria dizer por "livre", e o olhar que lançou ao duque foi um convite aberto a um pedido da casamento.

Mas tal não aconteceu.

Ele tinha na mente um vaga idéia de que teria inevitavelmente de se casar com lady Millie, mas alguma coisa o impedia de se declara.

Irritava-se muito quendo seus amigos punha seu nome junto ao de Millie, com segundas intenções.

Contudo, ele via nela uma esposa aceitável. Ambos pertencia à mesma camada social e Millie seria com certeza excelente anfitriã. E os diamantes dos Atherstone eram completamente perfeitos à beleza dela.

Mas, oa mesmo tempo, não estava certo de querer tê-la como esposa.

Quando Millie estava em seus braços, quando os lábios dela procuravam os seus avidez, o duque sentia-se mergulhado num mundo sensual e excitante que o deixava alheio a qualquer crítica desfavorável. Então, esquecia-se de tudo, menos da paixão que lhe despertava.

Ao chegar a Monte Carlo, uma aversão estranha, da parte dele, começou a surgir. Não queria se expor como amante de Millie aos olhos de todos os hóspedes. Não podia explicar o porquê de tão esquisita revolta.

Havia alguma insinuação no modo como os amigos lhe diziam "bom dia". Isso o irritava. Também não gostava de se rastejar pelos corredores de sua própria casa, depois que todos estavam recolhidos, para se dirigir ao quarto de Millie, fechar a porta com extremo cuidado.

Sabia que ela o esperava como uma leoa, com os braços abertos para recebê-lo e torná -lo carivo do insaciável desejo que a dominava.

Nos primeiros dias da estada em Monte Carlo, lady Millie não falou nada sobre casamento. Era bastante esperta e experiente para saber que não deveria tomar a iniciativa. No entanto, havia uma acusação no modo como se dirigia a ele e nas pequenas indiretas, mal disfarçadas, pelo fato de ele não se declarar.

Mas, para o duque, uma coisa era uma mulher despertar seu desejo e outra exigir isso como se josse um direito seu.

E ele desconhecia que lady Millie pensava assim... Ela esperava ter esse direito, que seria expresso muito en breve a todos, sob a forma de um convite de casamento.

O sol brilhava em Monte Carlo, onde os jardins eram uma dádiva preciosa à Vista. O aroma das flores enchia o ar. O cassino estava repleto de amigos e conhecidos do duque.

O imperador e a Imperatriz da Áustria, a Imperatriz da Rússia, os reis da Suécia, Bélgica, Sérvia e a rainha de Portugal eram hóspedes do Hotel de Paris.

Havia no cassino arquiduque russos e marajás, acompanhados de cortesãs parisiense carregadas de plumas e joias de incrível valor. A roleta estava em plena atividade.

Na noite anterior à viagem, o duque se encontrou com a condessa de Minthorpe, uma grande dama da velha guarda e amiga íntima da rainha Vitória.

Ela cumprimentou o duque afavelmente e ele conversou com a habitual cortesia até o momento em que ela disse:
- Ouvi dizer que dançou com minha neta, Daphne, no baile da marquesa de Salisbury, na semana passada.

Com alguma dificuldade o duque se lembrou de um insignificante e tímida jovem à qual ele fora apresentado pela anfitriã e com quem se sentirá maus ou menoa obrigado a dançar.

- Vocês também jantaram juntos, creio- a condessa acrescentou.

Mais uma vez, após certa hesitação, o duque se recordou de ter acompanhado uma senhora casada para jantar e a moça em questão sentara-se ao lado deles, também. Tudo isso na mesma noite.

Não podia nem ao menos se lembra se havia falado ou não com ela, mas tinha certeza de que a jovem estava presente.

- Sim, sim, agora me lembro. Ela está debutando agora, não é?
- Isso mesmo- a condessa de Minthorpe confirmou-, e estive relatando a Sua Alteza Real, o príncipe de Gales, seu interesse por Daphne, o qual, muito gentilmente, me íntimo a que ele e a princesa Alexandra fossem os primeiros a tomar conhecimento das boas novas.

A condessa sorriu, inclinou a cabeça numa saudação amável, e se retirou, deixando o duque pasmo e sem palavras para replicar.

Ele não ignorava que a condessa, no caso de uma recusa de sua parte, pudesse lhe torna a vida difícil.

O duque não se esquecera de que seu amigo, o marquês de Dorset, havia sido pressionado a um casamento dessa mesma maneira, por uma dama íntima do príncipe de Gales. E o marquês não fizera nada mais do que levar a donzela para um passeio nos jardins da casa onde se realizava uma festa.

- Você prejudicou a reputação da menina- Sua Alteza Real dissera prontamente- E agora precisa se porta como um cavalheiro casando-se com ela.

Dorset cedera, mas o duque de Atherstone não tencionava se deixa prender nas mesmas malhas.

Ele se enfureceu. Tinha sempre sido tao cuidadoso em não de envolver com jovens casadoiras! Por que isso agora?

E, por estar aborrecido com que se passara, foi à mesa de jogos à procura de lady Millie.

Lá estava ela, linda como sempre. Usando plumas na cabeça e um vestido verde-esmeralda com decote bastante exagerado, diamantes no pescoço e orelhas, parecia uma deusa.

Alguém lhe havia dito certa vez que ela borbulhava como champanhe, e Millie nunca se esquecera disso. De fato, sempre reluzia como um efeito numa árvore de Natal, e os homens que de costume a rodeavam riam de suas respostas, geralmente com duplo sentido e demonstrado grade rapidez mental.

Para o duque, ela era como o porto de salvação, após o choque recebido, parte do mundo a que ele pertencia... mundo esse bem distante do mercado de casamento onde as debutantes desfilavam como cavalos na pista.

Ele se uniu ao grupo de homens que lhe faziam a corte e todos se afastaram, como que reconhecendo seu direito de propriedade.

- Ah!aqui está você, Draco!- lady Millie exclamou quando o viu. - Estive procurando por você. Dê-me cinco mil francos, perdi todod o meu dinheiro!

O duque tirou a quantia do bolso e deu a ela.

Millie pegou o dinheiro com displicência e, fitando-o, bem nos olhos, disse:
- Ao menos... você é rico!

Não havia dúvida quanto ao duplo sentido dease frase, acompanhada de um olhar d ressentimento e frustração.

Por segundos, o duque ficou ali parado, despois retirou-se do cassino. Sabia que a reação de Millie se devia ao fato de ela o ter esperado em vão por cinco noites consecutiva. E não ignorava que, pedindo-lhe dinheiro desse modo, ela exibial a todos os presente sua autoridade e direito sobre tudo o que ue lhe pertencia.

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