Capítulo 45

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Demorou,ficaram quase até a hora do almoço, mas ela aprender e achou a coisa mais divertida do universo. Chegaram em casa rindo com ele escondendo a chave do carro dela,que o rodeava tentando pegar.

Poncho:Sai menina!Se controla!-Passou a chave para a outra mão.

Annie:Você vai ver!-Foi pra cima dele,mas ele a jogou em seu ombro e ela gritou.Os dois gargalharam,mas a gargalhada dela continuou a dele parou.

Poncho:Mãe?-Se assustou com o rosto da mãe e colocou a namorada no chão.-O que houve?

Anahí parando de rir:Ruth?-Os dois sentaram ao lado dela,que tinha os olhos vermelhos.

Poncho:Mãe o que foi?Por que está chorando?

Ruth tremendo:Teu pai.

Poncho:O que ele fez?

Ruth negou:Nada!Ele não fez nada! Ele...Ele...Morreu.

Poncho:Morreu?

Ruth:Sim.-O filho abriu a boca para falar,mas nada saia.Anahí o olhou,abraçando a sogra pelo ombro, mas ele não esboçou qualquer tipo de reação.

Annie:Eu sinto muito.-Fez um leve carinho.

Poncho:Como?

Ruth:Ele foi atropelado.-Encostou a cabeça na nora.-Eu...Ligaram,eu....

Poncho:Você avisou alguém?-Acariciou a mão da mãe e ela negou.-Eu vou ligar pro meu tio.

Ele levantou para pegar o telefone.A mãe chorava,mas não por amor,por tudo que tinham construido juntos e ele morrer assim,de uma forma tão besta.Era o pai de seus filhos,como falaria para Maite e Carolina?Anahí falou palavras de carinho para ela,que agradeceu,mas de certa forma,quieta.O tio dele logo chegou em casa e foi com Ruth para o hospital,acertar tudo.

Annie:Eu sinto muito-Abraçou o namorado,ainda sentados no sofá.

Poncho:Me sinto um monstro.

Annie:Por quê?

Poncho:Porque não sei se estou sentindo muito a morte dele.-A olhou um pouco incomodado.-Claro que queria que ele estivesse vivo,bem,mas…Não sinto.

Annie:É porque você tem muitas mágoas dele.-Alisou seu rosto.-Nâo porque é um monstro.

Poncho:Ele nunca foi meu pai.-Levantou os ombros.-Era para as meninas.Eu admito que sim,mas pra mim...-Lamentou.

Annie:Eu sei.E sabe que pode falar o que quiser pra mim.-Beijou sua bochecha.

Poncho:Eu sei.Acho que devo contar pra Mai e depois ajudar minha mãe com a Carolzinha.

Annie:Sim.-Ele entrelaçou os dedos com os dela e ficou pensativo.

A hora em que Maite chegou da rua com Dulce e os respectivos namorados,já sabiam que algo bem grave estava ocorrendo.Alfonso foi para o quarto com a irmã e lá contou o que houve com paciência.Depois de alguns minutos em choque,ela começou a chorar desesperadamente e ele a abraçou.Tentava acalmá-la,mas ela não conseguia parar,dizia que era mentira,falava coisas sem nexo.Ele não sabia mais o que fazer e então chamou Christian na sala,que já sabendo do assunto correu para falar com ela.Alfonso ficou do lado de fora,sentado no chão encostado na parede,agora sim queria chorar,aquilo sim o afetou.Ver a irmã daquele jeito.Ele tampou os ouvidos,mas tinha que estar ali caso ela precisasse,por ela tinha que estar. Na sala,uma Anahí impaciente andava de lá pra cá,até que não aguentou e foi em direção ao quarto. 

Annie:Mi amor?-Falou carinhosa e ajoelhou ao seu lado.Logo recebeu o impacto de um abraço.-Príncipe?-Ele negou com a cabeça.Não chorava,mas estava agoniado com o choro e gritos da irmã.-Tudo bem,eu prometo que vai passar.-Sentou direito e sussurrou passando a mão em seus cabelos.-Pode chorar,não tem problema nisso.

Tu Mirada (AnahiyAlfonso)Onde histórias criam vida. Descubra agora