MEIA-LUA

*capitulo 2

Quando acordei já estava vestida, demorei um pouco para abrir os olhos já que estava com muita dor de cabeça, mas quando consegui abrir vi minha tia conversando com um homem que parecia ser medico pelas vestimentas e maleta. Sinto uma mão sobre meus cabelos e viro a cabeça com dificuldade me deparando com lindos olhos verdes e cabelos ruivos era Merry:

-- que bom que acordou me deixou muito preocupada - falou manhosa

-- não foi minha intenção - falei com a voz roca

-- como esta queria?? - perguntou minha tia ja ao meu lado.

-- estou bem - menti - so estou com um pouco de fome.

-- é claro, vou buscar algo para você comer - disse saindo do quarto em direção as escadas. Me virei para Merry e ela estava me olhando.

-- Merry por um quantas horas estou dormindo? - perguntei olhando para ela, mas ela apenas abaixou a cabeça.

-- por 48 horas - falou olhando pro chão

-- OQUE!! EU DORMI POR 2 DIAS!! - gritei assustada

-- calma Anny - disse calma e pondo a mão sobre meu ombro.

Depois de alguns minutos no silencio minha tia aprece na porta com um prato de sopa, q olhei querendo respostas ate as palavras saírem:

-- oque eu tenho?? - perguntei rápido e senti uma lagrima 'teimosa' rolar sobre meu rosto.

--nada querida - falou, mas sei que estava mentindo vi em seus olhos.

-- tia fale, eu aguento não quero que minta pra mim por favor.- ela me olhou e procurou as palavras certas.

-- na verdade eu não sei e nem mesmo os médicos sabem, não sabem se é algo grave ou não - falou meio triste e as lagrimas começaram a cair mais rápido em meu rosto.

-- isso é ruim? - Merry perguntou preocupada

-- não sei - falou e logo seus olhos estavam vermelhos e as lagrimas caiam sobre suas mãos que agora estavam em seu rosto...

Semanas passaram com a mesma sensação de algo errado comigo, pessoas sempre faziam a mesma pergunta - você esta bem? - na real elas não queriam saber a resposta então por que perguntar?. Eu ia para o hospital com frequência e voltava sempre sem resposta. Depois daquele incidente, aconteceu de novo so uma vez, oque foi bom.

No final da tarde de uma Sexta-feira fui ao quintal e estendi uma toalha na grama me deitando sobre ela, fiquei olhando as estrelas a procura de respostas, mas elas não apareciam e isso estava me deixando louca, minha cabeça estava realmente brincando comigo. Quando ouço uma voz cantando chegando cada vez mais próximo de meu ouvido.

A musica eu me lembro muito bem era a mesma musica que minha mãe cantava pra mim quando era pequena, aquela voz não me era estranha mas também não me lembrava dela, olhei para os lados mas não vi ninguém.

-- quem esta ai? - perguntei ainda procurando

-- você não sabe quem sou? Não lembra de mim?

-- deveria??

-- ja se esquecei da minha voz "florzinha"?

Não, não podia ser era minha..minha mãe, so ela me chamava de florzinha, senti uma lagrima rolar.

--ma-mamãe?? - perguntei

-- oi florzinha!! - falou alegre, mas ainda não via ninguém

-- onde a senhora esta??

-- estou aqui - olhei de novo para os lados, mas não tinha ninguém ali

-- aonde??

-- olhe para o céu - olhei para o céu mas não entendi para que - oh meu bem entre as estrelas mais brilhantes eu estou piscando para você.- sorri

-- escute bem oque vou le falar, você não esta doente e não tem que se preocupar.

--oque eu tenho mamãe??- falei sem voz

-- você vai descobrir com o tempo.

-- oque?? - perguntei mas ela não respondeu aquela estrela que piscava parou e começou a chover.

Acordei e estava no meu quarto. Será que foi um sonho?? Oque eu iria descobrir?? Os dias passavam e o mesmo sonho me vinha - estava chovendo e eu estava no meio da estrada entre dois caminhos um estava claro e o outro escuro e uma voz se aproxima do meu ouvido dizendo: "agora você que escolhe" um vento batia na minha cara- ai eu acordava era sempre assim.

Já fazia um mês que ocorrera aqueles acidentes eu estava quase de ferias era noite de lua cheia e a lua gritava meu nome a escuridão chegou e eu "desmaiei" , acordei no jardim de manhazinha e o sol logo iria aparecer estava na mesma situação coberta por sangue, sem roupas e com arranhões no meu braço.

Não vou menti fique apavorada e sai correndo para meu quarto, não queria falar nada a minha tia então me encolhi no canto da parede chorando ate a hora de ir para a escola, me limpei e por incrível que parece não estava com fome.