A Ilha

Te encontrei!

Eu estava com medo, não sabia meu nome, nem onde eu estava. Eu só sabia de uma coisa, eu estava apavorada!
Começei a chorar e abraçar meus joelhos em cima de uma cama que eu não me lembrava de ter me deitado, estava chorando baixinho, com medo de que alguém me ouvisse.
Olhei ao meu redor e vi que a cama em que eu estava era grande e estava do lado direito do quarto encostada na parede virada para a esquerda, uma televisão logo há frente fixada na parede, uma mesa no centro com duas cadeiras, ao lado da minha cama tinha uma varanda e ao seu lado uma parede com um desenho muito lindo de uma flor, que deveria ser o banheiro, logo há direita da televisão ficava uma porta. Eu tinha medo, muito! E nem sabia o por que de temer algo ou alguém! Levei as mãos até o rosto e quando estava tentando minimizar minhas lágrimas notei meus pulsos, estavam vermelhos, e notei que meus tornozelos também, minha cabeça, doía muito. Passei os dedos no local da dor e percebi que tinha algo alí.
De repente a porta se abriu e eu gritei!

Era uma homem! Peguei a primeira coisa que vi em minha frente e joguei nele. Não acertei! Ele estava com uma bandeja, correu para a mesa e a colocou lá, depois olhou para mim e disse com um sorriso no rosto:
-

Que bom! Você acordou! Poderia me dizer seu nome por favor? Estive aqui a manhã inteira e vc não acordou! Quando saio um minuto, você acorda?! - ele não me parecia mal, ao contrário, ele me parecia a pessoa mais doce do mundo!
- Eu não me lembro, de n-nada... - começei a chorar de novo. Foi quando ele se ajoelhou ao pé da cama e pegou minha mão.
- Ei! Tudo bem! Não chore, eu estou aqui, vou te ajudar, olha, meu nome é Alexandre, mas pode me chamar de Alex, tá bom? - ele disse tudo aquilo tão tranquilo que eu senti que podia confiar nele.
Passei as mãos no rosto e perguntei:
- Então? Como me encontrou?
- Tudo há seu tempo! Vou lhe contar tudo mas você vai se sentar comigo aqui para comer - falou apontando para a mesa e me oferecendo sua mão.