O vale da dama da noite!

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Eu estava com uma calça jeans, bota cano alto e uma blusa de alcinha leve com uma blusa xadrez. Klaus e eu fomos no carro dele ao vale, no caminho eu perguntei o que havia acontecido entre ele e a Lana e ele me disse, mas sem nenhuma culpa nos olhos ou no tom de voz. Ele ficava dizendo que eu iria adorar conhecer o vale e iria me apaixonar. Se ele pensa que vou gostar dele pela aparência, jeitinho sedutor, e lugares fascinantes, ele está completamente enganado. Acho que acabei de citar tudo que uma mulher gostaria em um homem não é? Ok, mas ainda falta algo. O amor.
- pronto. Chegamos. Espera, deixa que eu abro a porta.- Klaus falou. Abri a porta, mas parece que ele correu.
- eu não disse para esperar? - sorriu.
- disse.
- e então? Por que não esperou? - estendeu a mão para mim.
- por que eu não sou obrigada a esperar você abrir a porta.- sai sem pegar em sua mão, estava incrivelmente brava com ele.
- o que...onde...- fiquei atônita com aquele lugar.
- falei que você iria gostar. - fechou a porta e estendeu a mão para a minha frente em sinal de que eu poderia ir até as árvores que estavam diante de nós.- será que consegui arrancar um sorriso de seus lábios? - eu nem percebi que estava sorrindo, naquele momento exato parei de sorrir.
- não vai pensando que é por sua causa não. A beleza do vale que me impressiona, não você.
- um...o que preciso fazer para você gostar de mim?
- peça desculpas para Lana.
- só isso?
- simplesmente isso.
- ok. Vem anda. - pegou minha mão e me puxou.
O vale era lindo. As árvores pareciam com flores gigantes tanto na coloração, como no formato. Algumas tinham no lugar de folhas, pétalas gigantes aveludadas. Algumas eram laranjadas, roxas, azuis...multi cores perfeitas. Klaus me levou para o meio da floresta, tinha uma árvore diferente de todas as outras. Todas tinham o tronco mais fino e verde, esta tinha o tronco muito grosso e azul cintilante. As outras tinham todo tipo de cor mais nenhuma branca, está por sua vez era branca como a neve e não tinha pétalas aveludadas mas flocos de neve que não derretiam no calor num formato de floco de neve deitado.
- vamos Elena!
- estou correndo o mais rápido que posso.
- chegamos.- Klaus afirmou ofegante. Estávamos de frente para a árvore.
- vamos subir nela? - perguntei.
- claro que não - sorriu.
- e então?
- vamos entrar nela. Dama da noite?- chamou batendo na madeira.
- olá Klaus querido.
- olá minha ninfa.
- minha o quê? - eu disse.
- Elena, ninfa. Ninfa, Elena.- ele nos apresentou.
- prazer. - dei um sorriso tímido.
- o prazer é meu. - devolveu o sorriso.
- entrem.
- na verdade, a ninfa é a árvore sabia? - disse Klaus. Ele parecia mais relaxado, calmo.
- como assim? - perguntei.
- eu sou a árvore. Sou a árvore mais velha dessa ilha, todo o poder do vale está concentrado em mim. Posso sentir quando tem algo de errado com a ilha. Com todo esse poder, eu consigo me transformar em ninfa, em uma pessoa - neste momento ela se transformou em mim -, em um animal - se transformou em um cachorro -, e até mesmo em uma planta - se transformou em uma margarida e logo depois na ninfa que era.
Sua "casa" era enorme, os móveis eram todos de madeira. Em um canto tinha uma escada em espiral no momento estávamos na sala. Na parede enfrente a porta tinha um sofá com almofadas, uma mesinha de centro com alguns enfeites em cima. Na parede em que o sofá estava tinha uma prateleira logo acima do sofá com flores belíssimas. Klaus me levou para cima e encontramos um quarto, tinha uma cama grande com um abajur em cima de cada mesinha, uma ao lado direito e outra do lado esquerdo da cama. Ele se sentou em uma cadeira e disse.
- aqui é onde eu me sinto livre de tudo sabia? - olhou para o chão.
- por que? - perguntei.
- é ela, a árvore fez parte da minha vida.
- então você tem um coração afinal. - me aproximei e peguei suas mãos.
- tenho, mas não vai se acostumando não tá?! - sorriu.
- a..então você também tem um sorriso sincero e que não é descarado. - tentei encontrar os seus olhos.
- sim, Elena. Eu não sou "o cara mal". - levantou a cabeça e pude ver seu sorriso.
- então quem você é?

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