Olá praia! Olá vida! Olá caras gostosos! Olá sexo sem compromisso!
Eu decidi viajar sozinha e sem dizer uma palavra pra ninguém. Apenas minha melhor amiga sabe onde estou. Eu queria fugir dos problemas. Fugir da minha vida. Agora eu vou aproveitar o momento. Chega de ser boazinha. Chega de acreditar em todo mundo. Chega de ser a menina recatada. Nessa viagem eu quero beber sem que ninguém fique me controlando. Eu quero curtir caras aleatórios. Eu quero sexo sem precisar ter que ligar no dia seguinte.
Agora é o momento que vocês se perguntam porque estou revoltada dessa maneira, certo? Eu respondo. Eu dediquei seis anos da minha vida para um canalha. Eu fui fiel a um cara que saiu com todas as garotas da faculdade. Como eu pude ser tão cega? Tão idiota?
Agora eu vou aproveitar o momento. E o momento está ali parado de frente para o quiosque assim como todos os dias. Oh Deus, eu me sinto uma perseguidora. Desde que cheguei à cidade eu tenho visto esse segurança todos os dias. Ele faz a ronda aqui da rua em que estou hospedada.
Ele é um verdadeiro deus grego de uniforme. Eu sempre tive uma queda enorme por homens de uniforme. O babaca do meu ex usava uma da marinha. Mas não vamos falar dele. Vamos falar do deus moreno e com enormes mãos que está ali parado conversando casualmente.
OMG...está um calor enorme. Eu estou sentada numa das mesas do quiosque enquanto fico observando ele conversar com o outro segurança baixinho. Ele leva aquelas mãos ao boné que está usando e arruma levemente. Eu já disse que está calor?
Eu sei que dentro de uma hora ele vai trocar o plantão com outro segurança corpulento. Eu sei a direção que ele toma para ir embora. Eu sei onde seu carro está estacionado. Eu não disse que estava agindo como uma perseguidora? Que vergonha.
Fico enrolando por uma hora na esperança de que ele me note ou eu tome corangem de ir até ele. Eu nunca tenho. Eu fiquei babando por ele nos últimos cinco dias e nunca tive corangem de me aproximar. Olha só para ele? Ele é lindo e sabe disso. As mulheres que passam pelo quiosque sempre babam por ele. Até já consegui ouvir o nome dele. Henrique. Eu gosto de como ele soa em minha boca.
Eu vejo quando o outro segurança chega e Henrique começa a se despedir. Eu saio na frente porque não quero que ele ache que estou indo atrás dele, mesmo que eu esteja fazendo isso. Eu ando em direção do carro dele e quando vou virando a rua eu esbarro em alguém. Peço desculpas rapidamente e tento sair, mas alguém está me segurando. É o cara que por acaso esbarrei e ele não sai da minha frente. Levanto a cabeça para olhar para ele e pedir que me solte, mas sou totalmente surpreendida por quem está me segurando.
Henrique me segura fortemente contra seu peito duro. Eu solto um pequeno gemido. Ele sorri maliciosamente quando ouve. Acho que estou tremendo um pouco quando ele diz com uma voz rouca.
_Suponho que você estava me procurando!
Estou totalmente congelada com essa afirmação dele. Eu sou uma péssima perseguidora. Eu tento responder, mas ele desce a cabeça até está com os lábios próximos ao meu. Ele sussurra.
_Você não é muito boa em seguir as pessoas.
Como eu sou tonta. É claro que ele saberia que eu estava andando atrás dele. Eu gaguejo um pouco.
_Eu...eu não sei do que você está falando. Eu estava voltando para o meu hotel.
Ele sorri maliciosamente enquanto me pressiona mais ainda contra seu corpo.
_Ah, você sabe sim. Eu te vi me seguindo nos últimos cinco dias. Estava pensando quando você tomaria coragem de falar comigo. Pelo o que eu vi...nunca seria a resposta, certo?
